Cap. 7 - Sou reclamada

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Sonhos, e novamente David.

Ele estava correndo por um beco escuro, não sabia muito bem onde se localizava mas parecia do Harley. Algo o perseguia, era algo grande, ele segurava sua faca de bronze e corria o mais rápido que podia, havia um corte em sua testa, minava sangue. Ele parecia exausto, pálido e com dor muita dor. A coisa que o perseguia passou por um poste eu pude ver, era um gigante, com apenas um único e enorme olho. Um... Ciclope. Cara como ele era feio. Porque perseguia David? Eu queria poder ajudar mas eu não conseguia me mover, e minha voz não saia, ele continuou correndo até que ele caiu em um buraco, pude ouvir o eco do seu grito. Acordei ensopada de suor, já era dia, em meu pensamento o grito de David ainda ecoava, como se eu pudesse ouvi-lo dali de onde eu estava, uma coisa eu sabia, David estava em perigo, e precisava ajuda-lo. Mas como, se nem ao menos posso sair daqui?

Durante o café Saymon que andava sumido apareceu na mesa de Hermes- Say, preciso te contar uma coisa. - ele me olhou curioso e ao mesmo tempo com medo do que eu estava pensando. - me encontre nos estábulos depois do café, e aí conversamos, certo? - ele sorriu, era estranho olhar para um sátiro de mais ou menos 100 anos que usava aparelho, cara, esse mundo mitológico que não era mito, era uma doideira. Doido mesmo era ver as driades mexendo em tablets e iPods dentro d'água. Caminhei sozinha até os estábulos, Saymon não estava lá, mas havia alguém, que eu notará desde o dia em que cheguei, era um campista, o único do chalé de Poseidon, o deus do mar. O garoto tinha olhos tão verdes quanto as ondas do oceano. Cabelos negros, não era tão alto nem tão forte, mas era bonito, namorava uma garota do chalé de Atena, Anna... Annabeth, ouvi histórias de que ambos haviam sido grandes heróis, a cerca de um ano eles salvaram todos,desde o Olimpo até os mortais.

- Hey! - ele disse, - hum... posso ajudar em alguma coisa?

- E-eu sou...

- Julie Roberts, estou sabendo- ele sorriu, e estendeu a mão pra mim- eu sou, Percy Jackson, chalé de Poseidon.

- Estou sabendo também- sorri. Ele pareceu um tanto incomodado, imaginei como ele se sentia, não devia de gostar de toda a atenção voltada pra ele. - veio procurar um Pégasso para a aula? - ele me perguntou.

- Ah, não. Estou apenas esperando Saymon.

- Saymon...- Percy olhou para o horizonte. - ele me lembra muito o meu, han, melhor amigo. - aquelas palavra pareciam pesar uma tonelada. Olhei pra ele tentando buscar respostas. Mas elas não vieram.

-Béééé, Julie, desculpe a demora.. Ah, oi Percy. Grover tem mandado notícias?

Percy apertou os lábios, - Não Saymon. - ele ia saindo e se virou pra mim. - prazer em conhecer Julie, caso precise de um professor se esgrima ou de vôo com Pégassos, só me consultar. - e correu em direção ao rio de canoagem onde Annie o esperava.

David lembrei.

- Saymon, eu ando tendo sonhos e...

De repente Saymon estava jogado de joelhos aos meus pés e eu não fazia ideia porquê, até que ouvi uma voz grave e grossa.

- Sátiro, me deixe a sós com a minha filha.

Me virei para ver meu suposto pai, era alto os olhos azuis como o céu, jazia um raio em sua mão, os cabelos e barbas negros como os meus. Pensei que deuses vestiam roupas de deuses, meu pai vestia um terno de linho branco, o que o deixava um tanto ridículo, mas tentei tirar esses pensamentos da minha cabeça.

- S sim senhor, Zeus. - Saymon engoliu em seco e começava a mastigar a manga de sua camisa.

Zeus. Aquele nome...O deus dos deuses era meu papai.

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