Capítulo 21

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                 Diego Velasquez

    Depois da nossa visita ao hospital e Anna Beatryz conhecer a garotinha, filha da minha funcionária que faleceu, e soube que ela sofria maus tratos psicológicos por sua fisioterapeuta, decidiu a denunciar, nunca a tinha visto com tanta raiva como naquele dia, por isso pedi a ajuda de Adrien, que além de nosso amigo é nosso advogado. E quando soube do que se tratava, se empenhou na causa e agora estamos em um processo.

  Anna Beatryz agora resolveu adotar a menina, não que eu seja contra, só visitei Lily umas quatro vezes, ela ainda é um pouco retraída comigo, mais é super solta com Anna e os outros, mais aos poucos estou a conquistando e o processo de adoção está quase decidida e ela vai para casa com a gente. E se tornará nossa filha oficialmente.

    Há algumas semanas, antes e depois que fomos para a fazenda da minha família, Anna vem passando mal todos os dias, de manhã quando come qualquer coisa, exceto por algumas comidas, cheiros a enjoa, seus seios estão maiores, sua bunda e coxas também e sua barriguinha está maior. Anna vem dormindo além da conta, chora por qualquer coisa, outro dia ela chorou na fila do supermercado, porque a moça do caixa não tinha amendoins caramelizados, a moça entrou em pânico.

— Anna meu amor, isso não é normal. Nós vamos ao médico sim, nem adianta reclamar — digo.

    Estamos todos reunidos na minha casa, para tomar café da manhã, na mesa ao ar livre no jardim, o dia amanheceu lindo hoje.

— Não há necessidade de irmos ao médico, amor. Eu estou ótima — fala tomando um gole de seu suco de maracujá.

— Como não tem necessidade Anna, você coloca tudo o que come para fora — Sam diz a olhando incrédula.

— E além do mais, você está mais gordinha, seus seios, coxas e bunda estão maiores, fora que vem dormindo além da conta e também chora por tudo — argumento.

— Não acredito que você me chamou de gorda — Anna me olha indignada.

— Só prestou atenção nessa parte? — pergunto.

   Anna se coloca de pé furiosa e sai andando para dentro de casa, reclamando baixinho e tenho certeza que está chorando.

— Tenta convence-la a ir ao médico ainda hoje, já marquei a consulta para as onze. Me ajuda nessa Sam, já estou mais que preocupado com ela — me levanto pronto para sair.

— Claro, deixa comigo — levanta seus polegares em positivo para cima e sorrindo, com certeza para me tranquilizar.

                Anna Beatryz

  Não acredito que Diego disse que estou gorda.

  É claro que eu percebi que partes do meu corpo estão maiores, se até minhas roupas não querem entrar, como não vou reparar. Também sei que ando muito emotiva, estressada, meu humor vária, mais nem por isso, pode me chamar de gorda.

  Enchugo as lágrimas que insistem em cair, sentada na beirada da cama , a porta do quarto se abre, revelando uma Samantha, com cara de brava, parada a minha frente com as mãos em sua cintura fina.

— Você tem que contar sua suspeita para ele — diz me observando — Anna, você tem noção do quanto Diego está preocupado?.

— Eu sei, mais é só uma suspeita — digo.

— Só se for para você, para mim é certeza. Vo - cê - es - tá - grá - vi - da — fala pausadamente.

— Os sintomas apresentam isso, mais se não for, não quero decepcionar o Diego, não sei se estou preparada para ser mãe — quanto mais penso e falo sobre o assunto, mais lágrimas caiem dos meus olhos.

— É claro que está, Anna você criou o Vini, desde bebê — eu sei que criei Vini, desde de bebê, mais é diferente, agora o bebê vai sair de mim, nao da minha irmã— Se arrume logo, que vamos ao médico, já está quase na hora — diz olhando seu relógio de pulso.

— Está bem — concordo me levantando.

  Entro no banheiro, me dispo e entro debaixo do chuveiro, aproveito para lavar meus cabelos, saio vinte minutos depois entrando direto no closet, visto uma langerie cor de pêssego rosé, procuro uma roupa e encontro um macaquinho, faço uma make simples, o colar que Diego me deu e o relógio de pulso.

— Pronto, vamos lá — falo saindo do closet e encontrando Sam deitada em minha cama.

— Vamos — se levanta arrumando seu cabelo.

  Pego as chaves do carro que ganhei de Diego e saímos rumo a clínica.













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