Por favor não vá

Capítulo 6

— Temos um quarto de hospedes se você preferir, quer dizer se achar estranho... — O que é, um pouco, pelo menos é estranho para mim. — Quer dizer, não é estranho. — Minto, é sim. — Nós somos apenas dois garotos que passaram a noite se agarrando dormindo na mesma cama e... — Olho para Nícolas e ele parece está esperando uma resposta concreta minha. — Eu falei muito e não respondi nada, não é?

— Mais ou menos isso.

— Tá, mas então... — Enrolo um pouco. — Você quer dormir comigo aqui?

— Ué, o quarto é seu, você é quem sabe, eu não ligo se for esse o caso. — Retruca Nícolas.

— Ah tanto faz para mim... — Minto, não tanto faz nada, eu estou tão nervoso que eu poderia ficar berrando por horas. — Acho que não tem problema, se você não se incomodar em dormir comigo é claro_ respondo meio tímido.

— Como eu já disse, eu não ligo, acredite vai ser um prazer. — Ele respondeu mordendo o lábio inferior.

— Nem faz essa cara, se você tentar qualquer coisa eu te dou uma porrada — falo o olhando sério.

— Ei calma eu só estava brincando, e aqui entre nós, tá mais fácil eu te dar uma porrada do que o contrario Thales. — Ele fala e me da um soco de leve no braço.

— Tá achando que só por que eu sou magro assim eu não tenho força para te dar uns tapas?

— Mais ou menos isso ai mesmo.

— Ora seu.

Eu pulei para cima de Nícolas brincando com ele dando alguns tapas de leve, nós rirmos um pouco e depois disso deitamos para dormir, Nícolas logo pegou no sono, eu demorei um pouco mais, meu senhor o que esse garoto tem de bonito tem de mau dormido, a criatura dorme parecendo que está lutando karatê, mas olhando pelo lado bom, ele é muito fofo dormindo, o jeito que a bochecha dele fica amassada quando pressionada contra o travesseiro chega a ser quase charmoso. Depois de alguns longos minutos eu consegui pegar no sono. Acordei próximo das 11hrs Nícolas ainda estava dormindo, e volto a dizer, ele é fofo dormindo, aproveito que ele ainda está dormindo e resolvo ir tomar um banho.

— Onde você estava? Eu ia morrer de vergonha se os seus pais estrassem aqui e me encontrassem. — Pergunta Nícolas no momento que eu entro no quarto.

— Acho que a toalha enrolada na cintura deixa meio obvio não, é quase exageradamente sugestivo, e os meus pais como sempre não estão em casa, estão no trabalho. — Respondo ironicamente.

— Nossa foi tomar banho e não me chamou? Que maldade Thales, que maldade — Fala ele fazendo uma cara de incrédulo e sendo dramático.

— Eu acho que o senhor tá muito abusado você não acha? Tá na minha casa e tem a cara de pau de me mandar uma dessas — Falo a ele. — E me faz o favor de olhar para o outro lado que eu pretendo me trocar, então por favor.

— AFF! — Ele resmunga. — Ok. — Ele responde quando finalmente se dá por vencido.

— Pronto, pode olhar já estou vestido. — Aviso a ele.

— Nossa você tá um pitelzinho em. — Ele fala com um sorriso malicioso.

— Se você acha.

— Ei, por que você tá assim comigo, tão seco? Até onde eu sei eu não fiz nada para te deixar assim, e você fica me tratando dessa maneira estranha, para isso tem que haver algum motivo... — Ele faz uma pausa. — Foi por causa de ontem? Se você não gostou a gente pode fingir que não aconteceu ok? Só não precisa ficar assim meio estranho comigo.