Por favor não vá

Capítulo 13

Quando eu olho no relógio vejo que já são 20 horas e então me toco que eu e Nícolas acabamos dormindo, tento me levantar sem incomodá-lo o que foi uma tentativa sem sucesso algum, pois no momento em que eu me levanto ele logo acorda, poxa garoto custava ter um sono mais pesado.

— Sabia que é muito bom dormir com você? — Ele fala coçando os olhos. — Desse jeito eu vou acabar ficando mal acostumado.

— E desse jeito eu vou acabar me apegando bastante a você. — Falo meio que sem pensar muito.

— Então eu acho que eu vou passar a vir dormir a tarde com você com mais frequência. — Ele me olha com um sorriso, não seria má ideia, a companhia de Nícolas faz com que eu me sinta bem, mas logo lembro o único empecilho.

— Nem pensar, assim meus pais podem desconfiar de algo, ou talvez não, eles passam o dia todo no trabalho, mas mesmo assim, você não pode ficar vindo sempre aqui, seus pais também podem perguntar. — Falo ficando super envergonhado.

— Meus pais não são nenhum problemas, eu já falei para você, eles são super liberais, aliás já até comentei de você para eles. — Nícolas fala e eu congelo, aquela frase estava girando mais que uma carrossel na minha cabeça.

Como assim ele falou de mim para os seus pais? O que ele falou de mim? Será que falou como se eu fosse um amigo ou algo tipo "Ah pai e mãe, eu estou ficando com esse menino aqui olha", ele não faria isso né? Meu Deus o que eu vou fazer agora? Acho que ontem foi a primeira e ultima vez que eu colocarei os meus pés na casa do Nícolas pois se eu der de cara com os pais dele eu vou morrer literalmente de vergonha no mesmo segundo.

— Calma, não precisa fazer essa cara, pode recuperar a cor que tu já não tem por que se você ficar mais branco do que isso você vai ficar transparente, eu só falei para eles que você é um amigo muito importante para mim. — Ele pisca para mim e me da um selinho.

— Tá ok então, mas você poderia ter me falado essa outra parte antes de eu quase ter infartado né?

— Calma, eu não falaria nada além disso sem te consultar antes, por que se eu fizesse isso era capaz de você querer a minha cabeça em uma bandeja de prata. — Ele faz graça enquanto me abraça.

— Ainda bem que você sabe disso. — Falo e ele me da um selinho.

— Você é muito lindo sabia? — Ele fala olhando nos meus olhos fazendo eu desviar o olhar.

— E você ama me deixar envergonhado né? — Falo afundando minha cara no seu peitoral, e realmente o Nick consegue me deixar desconcertado.

— Só um pouquinho, mas é por que você fica fofo com vergonha. — Ele fala e da um beijo no meu pescoço.

— Não tá muito tarde para você voltar para casa sozinho não visita? — Pergunto lembrando e mostrando as horas para ele.

— Mais ou menos, para falar a verdade eu já sou acostumado a andar sozinho a pé, mas mesmo assim acho melhor ir indo mesmo, não estou a fim de ser assaltado a essa altura do campeonato né?

— Então nos vemos amanhã para ir para escola certo? — Pergunto.

— Claro, no mesmo lugar de sempre, antes de ir para escola também né? — Ele fala e sorri para mim.

— Sim claro sim, mas agora vai logo e quando chegar em casa me manda mensagem para eu saber que você tá vivo, ok? — Falo enquanto levanto para acompanha-lo até a porta de casa.

— Tá bom papai, eu aviso sim para não deixar o senhor preocupado. — Ele faz graça da situação.

— Besta. — Falo rindo.