Em tempo remoto nos confins dos tempos medievais, Victória, jovem camponesa, conhece Jorge, um dos cavaleiros do rei.
Ela estava colhendo flores que sua mãe havia mandado.
Na volta, Jorge passa perto com seu grande cavalo puro sangue e quando vê as flores na mão da moça para.Jorge: - Ladrazinha então é você que tira flores do reino.
Ela enrijece a face de raiva pelo insulto.
Victória: - Eu não estou roubando nada, os campos são livres sabia?
Ele fica furioso com a audácia dela e desce do cavalo pronto pra dizer umas verdades, quando chega perto seus olhos se cruzaram com o sol e a lua no eclipse, ela tinha um olhar cor de mel meigos e brilhantes que logo encantou Jorge, ela sem entender porque ele só ficou parado na frente dela pegou o cesto e saiu. "Ora quem ele pensa que é?" Pensou.
Ele acompanhou com o olhar.
A noite Jorge veio em seu pensamento como um cometa, lembrou-se da raiva que teve, mas logo passou quando viu seus olhos negros brilhantes de mistério e enigmáticos.
"Tinha um rosto tão bonito." pensou. "Não aquele idiota insolente. Tomara que não o veja nunca mais." Continuou decidida.
Alguém bate na porta.
Victória abre a porta e com cara de espanto olha pra o visitante.
Era Jorge.
Jorge: - Boa noite moça.
Ela fica sem palavras, mas gaguejou alguma coisa que não sei o quê.
O pai dela o chama pra entrar, pois tinham assuntos sobre as armaduras que ele fazia para os cavaleiros do rei.
Ela ficou na cozinha com sua mãe terminando a louça, mas sua mente estava na sala."Por que ele tinha de vir aqui? Papai vai ao castelo todo santo dia não precisa esse idiota vir aqui." Pensou.
Ia pensar mais algumas bobagens quando seu pai chama pedindo café pra o convidado. Ela leva mas evita olhar pra ele. Ele pelo contrário comia ela com os olhos, admirava sua postura e doçura, queria conhece-la melhor, tinha um olhar tão lindo, era tão linda.
Quando ele foi embora ela sentiu alívio, mas se perguntava por que das atenções dele com ela. Não parava de olhar pra ela.
Se seu pai desconfiasse ela estaria expulsa de casa e ele degolado.
- Não!
Gritou sem querer enquanto arrumava a cama pra dormir.
Não sabe se, assustou-se mais com o fato de pensar em ser expulsa ou dele ser degolado.
"Inferno!! Estou preocupada com o insolente que chamou-a de ladra. Que se exploda!"
Adormeceu enfim.
No outro dia sua mãe pediu que ela fosse à vila comprar umas frutas e verduras. No caminho escuta passos rápidos de cavalo atrás dela. Jorge por coincidência estava daquele lado vistoriando as redondezas do vilarejo e para.
Ele acena ela abaixa a cabeça pra pensar se continuava andando ou jogava na cara dele o quanto odiava aquele homem, mas logo levanta a cabeça e da um simples bom dia e segue seu caminho.
Jorge: - Ei quero me desculpar por ontem, o capitão disse que você tem permissão para pegar flores no reino.
Ela olha pra ele enigmática e continua andando.
Jorge: - você me perdoa? Continuou.
Victória: - Parece tão arrependido que se eu fosse buscar mais flores iria me criticar de novo. Enfim ela responde.
Ele ficou sério e queria lhe falar umas verdades, mas se conteve, porém não tudo.
Jorge: - Olha aqui você quer que eu rasteje é? Sinto dizer, mas mulher não me intimida.
Ele desceu do cavalo e ficou frente a frente com ela.
Victória: - Olha só, temos uma afinidade, você também não me intimida. Passar bem soldado.
Ela ia dando as costas quando ele a puxa pelo braço e beija seus lábios com fervor.
Ela tenta soltar-se, mas sente aquele beijo tão quente e tão espontâneo.Eles param e se olham nos olhos com um misto de desespero, surpresa e euforia.
Ela depois de solta-la corre pra o vilarejo sem saber o que fazer quando lembra que sua mãe precisava das verduras pra o almoço. Volta pra casa as pressas esqueceu algumas coisas, mas nem percebeu só pensava no beijo.
Os dias seguiram-se e nada de Jorge aparecer. Ela sentia- aliviada até, mas aquele beijo não saia de sua cabeça quando.
Jorge: - Boa tarde moça.
Jorge chega com uma flor ao encontro dela no lago. Ela fica sem palavras não sabia se tinha raiva ou não.
Aceita a flor e ele senta debaixo da árvore olhando pra ela.
Victoria senta também, mas um pouco distante. Eles se olham longamente.
Victória: - Você não devia ter me beijado. O que você acha que eu sou?
Jorge continuava a olha-la quando enfim respondeu.
Jorge: - Uma linda moça e uma onça também.
Ela enrubesceu ia responder mas ele se aproximou e a beijou novamente. Só que dessa vez ela não relutou.
Beijaram- se por um longo tempo. Até que enfim pararam e ele falou. O limite do orgulho chegou junto com a notícia.
Jorge: - O rei declarou guerra pra o reino inimigo e vou ter de ir. Mas antes... Quero te dizer que se eu sobreviver eu venho te buscar. Quero casar com você.
Victoria fica enrubescida novamente e responde.
Victória: - Como quer casar comigo se nem me conhece? Não sabe se quero.
Ele riu e respondeu.
Jorge: - Se tem coragem de me enfrentar tem de casar comigo. Você tem um gênio difícil, mas acho que dá pra aturar. E ri gostosamente.
Ela ri também sem perceber, depois se recupera e fica apenas olhando pra ele só que dessa vez seu olhar espelhava medo.
"Ele vai pra guerra." Pensou.
Jorge: - Você gostou de mim também. Ele falou num impulso.
Ela ficou misteriosa rolando a flor entre os dedos. Levantou, ele também.
Victória: - Sim eu gostei. Falou enfim, duro admitir.
Ele a abraçou e a beijou intensamente como se fosse à última vez que a beijasse.
Ela se surpreendeu com lágrimas nos seus olhos. Ele limpou e sorriu.Jorge: - Eu vou voltar.
Beijou a mão dela e subiu no cavalo e sumiu no horizonte.
A noite ela não parava de pensar nele. Tocava os lábios lembrando-se do beijo dele.
O tempo passa e nada. Já fazia dois meses desde aquele dia, soube que o rei estava muito bem preparado e a vitória dele era quase certa mas a batalha foi muito sangrenta.
Como de costume, a tarde foi ao lago onde se beijaram e deixou sua tristeza fluir. Lagrimas caiam sem ela conter quando.
Jorge: - Espero que essas lágrimas sejam de alegria em saber da vitória.
Ela tem um susto e olha pra trás. Ele estava sorridente e com uma flor na mão.
A abraça e a beija. Ela sorri e ao mesmo tempo não sabe o que dizer.Jorge: - Agora vai ter de casar comigo.
Ela riu e ele foi com ela em sua casa pedir a mão ao pai dela. Ele depois de muito insistir e relutar aceitou.
E entre seus altos e baixos foram muito felizes.
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Contos de sobremesa
Short StoryAqui é um espaço para degustar de uma leitura gostosa com contos variados, desde contos infantis á contos de drama e suspense. Sente-se, pegue um café e deguste.