Contos de sobremesa

Encontro de amor (Part. 1)

Eu me chamo Danielly e vou contar minha história com Heitor, uma pessoa que nunca imaginei que conheceria e mais ainda, que me apaixonaria e viveria um amor.

Eu sempre fui fã de antiguidade, esse traço vem de família, minha avó preservou a casa da minha bisavó e minha mãe cuida dela mantendo limpa e decorada como minha bisavó amava, eu sempre vou com minha mãe pra ajudar na limpeza, mas não é só por isso, eu adoro olhar as coisas que tem lá, cada uma com uma história, minha vó conta até hoje, a casa é enorme, então eu me divirto muito lá. Leio os livros do meu avô, claro que com cuidado por estarem mais frágeis e alguns era do pai dele, meu bisavô era matemático e meu avô seguiu o caminho semelhante dando aulas de matemática, muito do que sei foi graças a eles, enfim, lá é um paraíso pra mim. Eu sempre fui sonhadora com o amor mas queria que ele gostasse de antiguidade assim como eu, que eu pudesse levá-lo lá, mostrar aquela arte e compartilhar as histórias da família, tive alguns romances mas eles detestavam antiguidade, diziam que era coisa de velho, por isso nunca levei nenhum lá, e até já estava acostumada estar solteira desde que eu estivesse em paz com minhas obras e pesquisas sobre o lugar, mesmo já tendo 27 anos.

Um dia foi noutra cidade fazer uma pesquisa a respeito de um método matemático que vi nos livros do meu bisavô, a biblioteca que eu fui era ampla e tinha mais conteúdo do que o da minha cidade. Naveguei nas minhas pesquisas quando escuto certa discussão próximo dali, eu queria ignorar, mas já estava ficando tensa com aquela zoada, então fui verificar, tinha um rapaz com um grupo de umas 5 pessoas num canto da biblioteca falando sobre algum tipo de exploração em algum lugar, eles pareciam bem interessados no assunto, estavam com muitos livros a respeito do assunto, eu fiquei olhando do canto até que topei num livro e deixei cair sem querer acabei chamando atenção deles, o rapaz que estava falando veio até mim.

- Posso ajudá-la em algo moça? (Tom amável e gentil)

- Desculpe, eu estava estudando, mas a conversa de vocês tirou um pouco minha concentração. (eu estava tímida diante daquele olhar tão doce)

- Desculpe moça!! Estávamos tão empolgados com nossa pesquisa e plano pra amanhã que esquecemos que estamos numa biblioteca rsrs.

Nossa que sorriso lindo ele tem...

- Prazer meu nome é Heitor (estendeu a mão)
- Danielly
Ele pegou na minha mão e deu 3 beijos no rosto.

- Você é daqui? ( ele parecia interessado)

- Não, vim de a cidade vizinha fazer uma pesquisa sobre uns métodos matemáticos que vi nós livros do meu bisavô.

- Sério? Que legal você ainda ter os livros dele, são uma joia que dinheiro não paga.

- Tenho não só os livros como a casa inteira rsrs
Ele fez uma expressão de entusiasmo que nunca vi em ninguém? Mas confesso que estava com medo de falar das antiguidades da minha família e ele detestar como os outros.

- Nossa!! Você deve viajar quando tá lá né, é muito legal e tem muitas histórias.

- Sim rsrs muitas mesmos, escuto desde pequena, amo o lugar.

- Eu também adoro antiguidades e inclusive eu e essa cambada ali trabalhamos com isso, bom, nos descobrimos casas e casarões antigos e abandonados e filmamos lá. Amanhã mesmo vamos pra mansão que dizem ser assombrada aqui perto.

- Eu sei qual é, mas nunca fui lá.

- Heitor deixa de namorar aí é vem pra gente terminar essa pesquisa que já tá ficando tarde. ( companheiro dele falou em tom animado e olhando pra gente como um casal )

Confesso que fiquei sem graça quando ele disse "namorar", mas agi naturalmente.

- Este bem Wagner, com licença! (Ele falou olhando pra Wagner sair, ficou sem graça rsrs)

- Bom, tenho de voltar... Mas fiquei curioso sobre essas histórias dos seus bisavôs. Posso te passar meu Whatsapp?

- Sim rsrs

Peguei o número dele, demos um abraço e sai, terminei meus estudos e voltei pra casa, não parei de pensar nele no caminho, que cara legal, a noite mandO mensagem, agora tenho de fechar essa pesquisa e arrumar meu quarto que está uma zona, a casa dos meus bisavós que tem mais de 150 anos é mais arrumada que meu quarto, como pode? Rsrs

(Continua...)