Depois daquele dia inesquecível começamos a namorar sério, tivemos um verão maravilhoso na casa de praia que ele alugou pra gente, vivemos muitas coisas, meus pais adoravam ele, eu gostaria de conhecer os pais dele, mas moram na Alemanha, é difícil virem pra o Brasil, ele vive num pequeno apartamento na outra cidade, não é longe, é independente, e até sabe cozinhar. Eu não podia acreditar que aquele laço se fortaleceu, estávamos muito felizes, só que precisamos ter em mente que nossas rotinas poderiam nos afastar, eu tenho pesquisas a fazer e estou prestes a fazer pós-graduação em matemática aplicada, ele abandonou a faculdade de advocacia porque não se identificava mais, começou fazer cursos técnicos em fotografia, publicidade, cinemática, até fez curtas bem interessantes sobre antiguidades que chamou atenção de uma revista que chamou ele pra trabalhar la, mas eu sabia dos sonhos dele em estudar e trabalhar na Alemanha, la tem vários lugares para ele fotografar e montar uma exposição, ele sempre fala em me levar, me inclui em todos os seus planos, mas eu fico com receios, morar na Alemanha nunca esteve em meus planos, ele fala alemão fluente, e poderia me ensinar, mas eu não sei se deixaria minha pós graduação e a casa dos meus bisavós, sei la, é uma decisão que tenho de tomar bastante cuidado.
"Danyyyy!! Fui aceito na universidade de Heidelberg para arte fotográfica, estou muito feliz quero te ver."
É claro que fiquei feliz por ele, mas isso também trouxe uma questão, a distância, será que nosso amor vai resistir a distância? Eu não pretendo ir pra fora agora, ainda não tomei minha decisão, o resultado do vestibular para a pós-graduação sai esses dias, ainda não formei uma opinião, e fui chamada para dar aulas de matemática para o sexto ano na escola, confesso estar receosa, mas vou vê-lo, preciso parabenizá-lo.
Ele me da um abraço me erguendo e girando depois me solta e me beija com doçura, esta de fato muito feliz, fiquei com receio de estragar aquela alegria com meus receios então evitei expor meus pensamentos naquele momento. Saímos pra o restaurante que fomos da primeira vez e conversamos bastante, ele estava com um brilho enorme de alegria no olhar.
- Estou tão feliz Dany, estou prestes a dar mais um passo no meu sonho, e o melhor é que você pode vir comigo, tem matemática la, podemos ficar na casa dos meus pais por um tempo ate conseguir um lugar pra nos dois, com sua formação e cursos você vai conseguir um emprego rapidinho, meu pai pode te indicar, e eu posso te ensinar alemão, não é perfeito?
- Sim é sim... Respondi mas não tão animada como ele.
- O que aconteceu Dany? Não quer ir comigo pra Alemanha?
- Quero sim Heitor, mas não pretendia agora, não estava nos meus planos, e agora que fui chamada pra dar aula, o resultado da pós, prestes a sair, não sei, perdão.
Ele ficou com um semblante com um misto de tristeza e dúvida, insistiu pra que eu aceitasse ir com ele, pegou na minha mão beijou e pediu pra que eu pensasse com carinho, teríamos um futuro, ele queria realmente algo sério comigo, queria ate encontrar um lugar só pra nos dois, eu me senti mal por não estar na mesma sintonia, por estar com um pé atrás, será essa uma prova pra nos? Eu quero ir à mesma vibração que ele, não quer ir so porque ele quer que eu vá agora eu pretendia lecionar, não sei se eu conseguiria estar em harmonia la, mesmo estando com o homem que aprendi a amar, nossa nem posso pensar nele que me vem uma onda de sentimentos bons, sinto algo forte, leve, sutil, algo que vai além do corpo, só de pensar nele já me sinto feliz, o sorriso vem nos lábios, será que podemos conviver com a distancia? Ele disse que iria dar um tempo para minha resposta, precisava ir pra Alemanha o mais rápido possível, pra fazer a matrícula, pois as aulas ja começariam no próximo mês, ficaríamos mantendo contato a distancia enquanto eu não fosse pra lá, isso ia doer, porque fazíamos muita coisa juntos, não sei. Depois do jantar ele me levou em casa e nos despedimos brevemente, vi uma pontinha de tristeza no olhar dele, mas sei que tinha esperanças de eu ir pra lá.
No outro dia ele me ligou a tarde chamando pra sair, fomos um museu em outra cidade e de lá fomos pra uma lanchonete onde tinha uma coxinha maravilhosa, conversamos animadamente sem tocar no assunto, eu vi que ele não queria me pressionar, só queria estar comigo antes de partir, e não é que eu estava certa, a noite fomos pra o apartamento dele, fez um jantar delicioso, ajudei ele com a salada, mas o jantar e os petiscos foi ele quem fez, jantamos e depois ficamos bebendo vinho, ele colocou uma música que gostamos e dançamos no meio da sala, não posso negar que amei o momento, até esqueci que ele estava partindo, ia ser duro a distância mas nós amamos e isso é o mais importante. Depois fomos para o quarto e nos amamos intensamente, foi algo surreal, cada beijo, cada toque, cada movimento, tínhamos a necessidade de estar dentro do outro como se procurássemos ser um, queríamos unir as almas a se tornar um, foi perfeito. No quarto dele tem uma pequena varanda, por ser próximo do 20° andar da pra ver um pouco as estrelas, ficamos abraçados na varanda, complementando nus, nus ate por dentro, não foi só do corpo, ali eram apenas 2 almas e unidas e nada mais, sentindo uma conexão além dos limites do olhar físico.
Ele me abraçou beijando minha nuca, é olhou nós meus olhos, sorriu levemente e me beijou como se fosse a última vez. Amamo-nos novamente ali mesmo no tapete da varanda, sob o olhar das estrelas, sob a bênção do universo, nossas almas tornando-se um.Acordamos abraçados no chão, o sol já ia alto, ele olhou pra mim e sorri, eu me sentia tão bem e tão segura nos braços dele, ficamos um pouco ali olhando um para o outro, ele acariciando meu rosto, beijou minha testa e me abraçou, senti uma emoção mais forte tomar conta de mim e acabei deixando cair algumas lágrimas, ele veio limpar e vi que ele também estava emocionado.
- Eu te amo Dany!
- Eu também te amo Heitor!
Tomamos um banho e depois tomamos café e fui com ele tirar a licença pra viagem, ele já tinha o passaporte, mas essa burocracia cada vez maior agora tem de tirar uma licença. Fui com ele e de lá ele me levou pra casa. Iria me ver só a noite pois tinha de falar com a equipe dele e dar instruções a respeito das explorações que faziam. Nossa noite foi perfeita isso me fazia sentir mal por não ir com ele, mas fazer o que. Ele chegou a noite, já tinha comprado a passagem, iria a uma semana, jantou lá em casa e depois fomos pra varanda lá de casa conversar um pouco. Depois ele foi embora, tinha de acordar cedo pra organizar umas coisas no trabalho e deixar tudo em ordem antes da viagem.
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Contos de sobremesa
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