19. Too love (pt. 1)

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Yoon : Hoseok, venha pra minha casa assim que estiver disponível.

Hobi : Eu tenho um trabalho hoje, mas assim que terminar eu vou.

Yoongi pegou o copo de whisky com gelo em cima da bancada na cozinha, depois de ver a resposta. Claro que Hobi iria até ele, afinal não era um pedido, e sim uma ordem. Estava se sentindo cansado, sua cabeça tão bagunçada que só conseguia descontar bebendo ou fumando, coisa que fazia muito raramente. Tomou mais um gole, deixando o álcool fazer sua garganta arder, e em seguida seu peito, como se pudesse queimar todas as dores e preocupações.

Quando conheceu Taehyung, não esperava que o doce menino de cabelos cinzas fosse bagunçar as coisas tanto assim. Estava tão estável, e agora parecia que as coisas estavam fora de seu controle. E céus, como odiava perder o controle.

Não culpava o garoto de forma alguma, afinal ele não tinha nada a ver com suas loucuras, e sentia ainda mais pesar em imaginar que poderia o magoar.

Estava compenetrado em seus pensamentos quando a campainha tocou, e abriu para o Jung, que logo entrou e sentou no sofá grande da sala, parecendo acuado.

– Me desculpe pelas coisas que eu disse. – proferiu, de cabeça baixa. – Sei que já pedi mil vezes, mas o senhor não respondeu minhas mensagens.

– Eu não queria ter sido grosso com você Hobi. – sentou ao lado dele, o puxando para que encostasse a cabeça em seu peito. – Mas sabe que passou do limite.

– Sim, eu sei, e sinto muito por isso. – inspirou forte o perfume de Yoongi, finalmente se sentindo melhor. Depois que o arquiteto deixara ele em casa naquele dia, o Jung só se culpava por se intrometer no que não era da conta dele, e por tocar em assuntos que sabia que seu dominador detestava falar. – Eu só quero o seu bem.

– Eu entendo, mas não pode tentar me dizer o que fazer, ainda mais quando se trata desse assunto.

– Eu sei que a culpa é minha, não precisa ficar reforçando. – o apertou com mais força, querendo chorar outra vez.

– Não fique assim, meu solzinho. – o mais velho beijou o topo de sua cabeça.

– Você vai mesmo levar ele pra Daegu?

– Vou sim, eu já prometi.

– Por que vai se aproximar mais ainda do garoto, sabendo que vai deixar ele? – Hobi não conseguia entender como às vezes seu dominador era tão trouxa. – Pensei que você era só sádico, não masoquista.

– Eu não sabia o que fazer quando ele estava tão chateado comigo. Eu sabia que tava fazendo merda, mas no impulso acabei o convidando. – explicou. – Pelo menos, no fim das contas, vou tratar ele bem, não quero que ele fique me odiando ou achando que só o usei e joguei fora.

Hoseok negou com a cabeça, já indignado em ouvir aquilo.

– Não percebe que isso é pior? – falou baixinho. – Yoon, nessa viagem, dá uma chance pra ele. E acima de tudo, dá uma chance pra você mesmo. – pediu. – Fica com o coração e a mente abertos, esquece essa ideia, e deixa as coisas fluírem, pra depois decidir se quer mesmo prosseguir com essa história de terminar.

– Não vou terminar, porque nós nem começamos, Hoseok.

– Você sabe o que eu quero dizer. – beijou a bochecha do mais velho.

– Não comece com essa conversa outra vez. – o Min o repreendeu.

– Juro que é a última coisa que vou dizer sobre isso. Pode me castigar o quanto for, mas eu preciso falar, depois não toco mais nesse assunto. – não conseguiu se aguentar, mais uma vez. – O Taehyung é diferente de mim, você sabe disso. É injusto o que está fazendo com ele. Se está apaixonado, devia dar essa chance pra ele e pra você, sem ficar remoendo aí dentro – apontou para o lado esquerdo do peito do menor. – coisas que não tem nada a ver com o Tae. Ele não é eu. – voltou o indicador para si mesmo. – Você tem que entender isso, porque não quero te ver triste por perde-lo, e não quero me sentir ainda mais culpado do que já sinto.

The chosen oneOnde histórias criam vida. Descubra agora