Capítulo 9

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Arabella Salazar

Havíamos pego o avião pra Nova Iorque por volta das sete da manhã. Todos nós estávamos com disfarces, identidades e passaportes falsos. Eu usava óculos escuro e uma peruca ruiva, o Junsty um bigode fajuto e um penteado esquisito e o Duke era um careca com óculos de grau. Por sorte, conseguimos passar pelo revista e dentro das malas não havia nada suspeito.

Como eu não ainda tido tempo de me explicar para ninguém, nem para os meus amigos, conhecidos, familiares ou lá no meu serviço, no banheiro do aeroporto, antes de pegarmos o avião, eu decidi deixar uma mensagem no gravador do telefone : oi, aqui é a Arabella Salazar. Se for da Universidade, não poderia comparecer por alguns dias por conta de que irei viajar para Nova Iorque, com os planos de resolver alguns assuntos pendentes. Quando voltar, explico melhor.

Alugamos um carro e deixamos o Duke na própria casa. Ele saiu e foi para trás do carro, na intenção de pegar sua bagagem no porta-malas. O mesmo tentou, tentou mas não conseguiu abrir.

— Junsty, vem aqui me ajudar com o porta-malas por favor.

Apareceu na janela do motorista. Junsty bufou e saiu do carro, indo auxiliar o amigo.

— Eu tô avisando, essa garota vai nos arrumar ainda mais encrenca. Você já a trouxe pra cá, fará o que agora?

— Você ouviu o capitão. Ela está praticamente sozinha.

Começaram a cochichar.

— Conversa com ele de novo, tentem entrar em um acordo e entrega ela para as autoridades. Eles saberão o que fazer.

— Relaxa, eu vou arrumar um local seguro pra ela ficar e depois a gente se resolve com o capitão.

— Então seja rápido.

Abriu o porta-malas e pegou suas coisas. Conclusão, ele não precisava de ajuda nenhuma.

— E se cuida.

— Você também.

Duke começou a caminhar até a entrada da casa enquanto Junsty voltava para dentro do carro, começando a dirigir.

— Ele acha que sou uma ameaça, não acha?

Me pronunciei, do banco de trás.

— É, ele acha. Estou torcendo para que esteja errado.

— Sou só uma professora universitária de literatura.

— Que estava prometida em casamento a um lunático contrabandista que trabalha para o seu pai, que alias, é um mafioso de mão cheia e que estamos atrás.

— Nunca estive envolvida em nenhum dos negócios deles. Quantas vezes terei que dizer isso?

— Até o Duke confiar em você.

— Não vou beijar o chão que ele pisa só para provar que estou fora dessa.

— Se for preciso, você vai sim porque se está viva agora mocinha, é graças a ele. Eu fui te salvar, mas foi ele quem descobriu até em que quarto você estava.

Ele se dividia entre me olhar pelo retrovisor e a estrada. Virei o rosto para a janela, desviando o olhar e ficando quieta por não ter mais argumentos.

JUNSTY RIVER -Homens Da Lei -[L1]Plussize 2019Onde histórias criam vida. Descubra agora