Capítulo 1

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JUNSTY RIVER

México, 00:06

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México, 00:06

— Isso querido, me agarra de manera!
(me pega de jeito)

Entramos afobados e ofegantes para dentro do quarto de hotel, nos beijando ferozmente e esbarrando em coisas como abajur e o telefone de fio.

— Cómo eres linda...
(como você é linda)

Mordi seu pescoço, a sentindo ficar com as pernas bambas. Fechei a porta e a joguei na cama, começando a encará-la com uma cara maliciosa enquanto subia as mangas da minha blusa social e abria os primeiros botões. Já ela, retribuía o olhar mordendo os lábios e tirando os saltos juntamente com a meia-calça preta.

— Que suerte tuve en encontrarte en el bar de la discoteca. Nunca te vi antes por aquí, y mira que es mi negocio.
(que sorte eu tive em te encontrar no bar da boate. Nunca te vi antes por aqui, e olha que é meu negócio)

Deu uma risadinha, tirando o próprio vestido e ficando apenas de lingerie.

— Normal. Soy no yo... não, pera. No soy y-yo... Yo no soy de salir mucho, es por eso.
(normal. Eu não sou de sair muito, é por isso)

Me enrolei todo, olhando para ela e torcendo para que a mesma não tivesse notado a minha falha. Mas pela sua cara, era tarde demais.

— Eu estraguei tudo, não foi?

— Puede estar seguro.
(pode ter certeza)

— Okay, já deu.

Antes que eu pudesse tomar qualquer atitude ou falar alguma outra coisa, ela foi mais rápida, puxando uma arma de dentro do sutiã, o que me obrigou a levantar as mãos na mesma hora.

— Nossa... como conseguiu botar essa coisa aí dentro? Não incomoda, não?

Comecei a brincar com a situação.

— Hasta que usted iba bien. Me supo engañarme... Pero por lo visto necesita mejorar en algunos aspectos.
(até que você estava indo bem. Soube me enganar direitinho... Mas pelo visto precisa melhorar em alguns aspectos)

— Valeu pela dica. Vou me lembrar disso da próxima vez. Por isso não gosto do México, é muito complicado ter o sotaque de vocês e eu me confundo todo com essa coisa de soy, yo, joy. Espero não estar sendo xenofóbico.

— ¿Quién es usted de verdad y qué quiere conmigo?
(quem é você de verdade e o que quer comigo?)

— Não vai me contar como fez pra arma caber no seu sutiã sem te machucar? Quero tentar fazer o mesmo dentro da minha cueca. Se eu coloco na cintura, já dói.

Ela disparou pela primeira vez, acertando o quadro atrás de mim.

"Cara, o que tá acontecendo aí? Eu vou mandar o pessoal entrar."

Duke perguntou do outro lado do ponto eletrônico, preocupado.

— Relaxa, eu tenho tudo sobre controle.

Sussurrei, tentando ao máximo não mexer os meus lábios e fazer com que ela não percebesse.

— ¿Quién te mandó? Camina, habla!
(quem te mandou? Anda, fala!)

Começou a balançar a arma, na tentativa de me intimidar.

— Olha pra baixo...

Assim ela fez -bem rápido com medo deu fazer algo- olhando as luzes vermelhas em pontos, no máximo umas seis, todas apontadas para ela.

— Um único movimento e você morre. Então por favor, não faça nada. Seria um desperdiço.

Abaixei as minhas mãos.

— Barbara Sanchez, você está presa por posse de armas ilegal, contrabando de drogas, prostituição com menores e mais uma pá de merdas que o juiz ainda vai te acusar.

Demais polícias arrobaram a porta, usando fardas, coletes e com grandes armas, partindo pra cima dela, tirando a pistola da mesma e a algemando.

— Desgraciado, hijo de un asna. Me pagas! ME PAGAS!
(desgraçado, filho de uma jumenta. Você me paga! VOCÊ ME PAGA!)

Saiu enxotada do quarto, gritando e esperneando.

Aiai, como eu amava o meu trabalho! Há uns sete anos atrás eu entrei para o departamento e fui direto ser um policial a paisana, isso quer dizer, eu me disfarçava e andava pelas ruas, as limpando dos bandidos. Então, a um ano atrás mais ou menos, fui nomeado detetive. Viajo por cidades, países e estados estrangeiros para me infiltrar em gangues, grupos de máfia, investigar e juntar informações que podem ajudar, capturar e matar aqueles "cidadãos" que só sabem tornar do mundo um lugar ainda pior. Atualmente eu só trabalho com o meu parceiro, Duke Baker. É a única pessoa que preciso e confio cem por cento. Ele é mó nerd e apesar de viver 25h em frente a uma tela de computador, é muito prestativo e pode me colocar dentro de qualquer lugar.

Muitos acham, principalmente aqueles que eu já coloquei atrás das grades, que eu sou o vilão da história quando na verdade me considero um justiceiro. Claro que possuo os meus demônios, quem não? Tenho os meus vícios em cocaína, bebida alcoólica e posso ser bem agressivo quando quero. É aquela coisa, eu posso ser um príncipe encantado, mas também posso ser o senhor maldade. Estou lutando contra tudo isso, subindo um degrau a cada dia, até porque sou um agente da lei e tenho que dar um bom exemplo.

— Próxima missão?

Perguntei ao Duke enquanto abotoava novamente a minha camisa.

— Por hoje é só. Vá pra o hotel e descanse. Eu vou ficar de olho.

— Tá certo. Boa noite, amigão. Até amanhã.

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  Oie meninas tudo bem?

 

JUNSTY RIVER -Homens Da Lei -[L1]Plussize 2019Onde histórias criam vida. Descubra agora