Capítulo 19

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Junsty River

Eu e o Duke tivemos de voltar para Nova Iorque com a intenção de esclarecermos tudo com o capitão, dizer à ele que Alberto Salazar estava morto –para ele ser o primeiro a transmitir a notícia na televisão– que estávamos prestes a prender Xavier Ri...

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Eu e o Duke tivemos de voltar para Nova Iorque com a intenção de esclarecermos tudo com o capitão, dizer à ele que Alberto Salazar estava morto –para ele ser o primeiro a transmitir a notícia na televisão– que estávamos prestes a prender Xavier Richards na Itália, que depois de lá, ele seria transferido para uma cela especial em uma cadeia do México e que, quanto a Arabella, ela também seria deportada para o México.

Porém, ele disse que após aquela missão não autorizada, nós dois seríamos demitidos.

Saímos do escritório dele e fomos direto para a casa do Lenny, meu traficante. Já que o capitão não quis disponibilizar armamento para nós a não ser as armas que já carregávamos, eu achei alguém que podia. Além de armas, ele também nos deu granadas e me ofereceu o de sempre : coca. A minha resposta foi...

— Não cara, valeu. Eu tô tentando parar. Conheci uma garota e... quero andar na linha com ela.

Ele entendeu na hora e não persistiu. Se eu quisesse, já teria prendido o Lenny há muito tempo. Não sou nenhum policial corrupto. Mas é que tinha um porém, nós crescemos juntos e não importava qual profissão seguíamos, a amizade prevalecia, tanto é que eu o mantinha fora da cadeia e ele me ajudava sempre que eu precisava, fosse fornecendo cocaína ou armas para combater o inimigo.

Enquanto eu resolvia a compra com o Lenny, Duke abastecia o jatinho.

— Pronto, tem tudo aqui caso precisemos.

Disse ao chegar com as armas.

— Cara, eu tava aqui pensando. E se não conseguirmos?

— Como assim? É claro que a gente consegue.

— Eu tô falando sério mesmo. É muito arriscado. Somos dois contra... um batalhão. Já perdemos os nossos empregos e a sanidade também, pelo visto. Agora vamos perder a vida.

— Eu tô apaixonado! E já pisei na bola a deixando para trás. Tenho que consertar as coisas agora entre a gente e mostrar que por ela, eu vou até o fim do mundo.

— Okay, só se mantenha vivo, tá bom?

Dei risada, me aproximando dele.

— Pode deixar.

Nos abraçamos.

— Acho que é verdade quando dizem que toda loira é burra.

— Cala a boca, seu otário!

Empurrei sua cabeça, fazendo com que ele se afastasse de mim.

— Caso a gente não saia vivos dessa, pode ter certeza que foi um prazer ser seu parceiro por todos esses anos.

— Digo o mesmo, irmão. Digo o mesmo.

— A gente tá muito fodido!

Ele disse, começando a rir logo em seguida e deixando de lado aquele ar de seriedade, de despedida precipitada.

— Certeza.

— Eu vou lá ligar o jatinho.

Caminhou até a poltrona do piloto.

— E eu vou vasculhar esses armários para ver se encontro um gim bem forte.

Me afastei dele e peguei o celular não rastreável. Disquei o número da minha mãe e esperei até ela atender.

— Alô? Alô, quem fala?

Permaneci em silêncio. Eu só queria escutar a voz dela caso não pudesse mais voltar pra casa.

— Alô, tem alguém aí?

Deixei uma lágrima cair. Se eu dissesse alguma palavra, era bem provável eu começar a falar pelos cotovelos e quando visse, já estaria me despedindo e eu não queria que ela se preocupasse.

— Alô!!! Ah...

Desligou, impaciente.

— Te amo, mãe.

Apertei o celular contra o peito.

***

Arabella Salazar

Eu me encontrava no quarto de hotel aonde o meu pai estava hospedado, com um dos capangas do Xavier no canto, me observando, pro caso deu tentar alguma coisa

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Eu me encontrava no quarto de hotel aonde o meu pai estava hospedado, com um dos capangas do Xavier no canto, me observando, pro caso deu tentar alguma coisa. Infelizmente sobrevivente do tiroteio.

Depois que abri a minha boca, todo o meu plano foi por água abaixo e Richards soube na mesma hora que eu não estava do lado dele, tanto é que convenceu os homens do meu pai a se juntarem à ele; e mesmo tendo perdido alguns, ele ainda estava com a bola toda.

— Lucas... nos deixe a sós, por favor.

Pediu, entrando no quarto e me encontrando parada em frente a janela.

— Eu vou ser direto. O meu pessoal viu no radar que um jatinho se aproxima. Provavelmente é o seu namoradinho tentando te salvar. A empresa de petróleo do seu pai só será oficial e legalmente minha após você se casar comigo. Então deixe de enrolação e vamos logo com isso.

— O que você vai ganhar com isso, hein?

Me virei para ele.

— O seu pai nunca soube o significado de companheirismo, tanto é que, mesmo sendo sócios, ele ainda assim queria estar a minha frente. Se criássemos uma placa, mas eu tivesse o maior trabalho, o nome nele tinha que vir primeiro e não tinha nem haver com ordem alfabética, ele só era... egocêntrico e egoísta. Então além deu ter toda a fortuna da sua família, eu também terei você...

— Como troféu, querendo insinuar que você é vencedor, e não ele.

— Exatamente.

— Você é doente!

Deixei uma lágrima cair, engolindo em seco.

— Não pode obrigar alguém a ficar com você pelo resto da vida.

— Não será pelo resto da vida. Darei um jeito em você assim que disser sim, porque você vai dizer sim, querendo ou não. Porque se não disser sim, eu vou mandar matar uma certa mãe e uma certa filha muda.

Ele só poderia estar falando da Jennifer e da Mandy.

— Por favor, não. Faz o que quiser comigo, mas deixe elas fora disso.

— Eu vou fazer o que quiser com você. Mas não vou dizer agora porque... você não vai querer saber e eu não quero estragar a surpresa.

Deu um sorriso maléfico, abrindo a porta e saindo do quarto, mandando o tal do Lucas voltar para dentro.

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JUNSTY RIVER -Homens Da Lei -[L1]Plussize 2019Onde histórias criam vida. Descubra agora