Capítulo 17

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Arabella Salazar

Cheguei ao hotel e fui direto para a área de lazer, evitando a recepção

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Cheguei ao hotel e fui direto para a área de lazer, evitando a recepção. Coloquei a arma disfarçadamente na cintura, por dentro da calça, e a tapei com a blusa. Como Xavier havia dito, meu pai estava relaxando na beira da piscina, com a camisa aberta, de bermuda havaiana, chinelos e usando óculos escuros.

Dei a volta e passei por trás dele, me encostando cuidadosamente na espreguiçadeira ao seu lado. Ele não notou minha presença logo de cara. Deduzi que estivesse de olhos fechados embaixo dos óculos.

- Olá, Beto.

O cumprimentei, olhando para frente, como quem não queria nada. Ele estranhou no começo, moveu os olhos na minha direção e tirou os óculos.

- Bella?

O encarei, levantando uma sobrancelha.

- Como vai, papai?

- Querida... O-o que faz aqui?

- Por que? Eu devia estar em outro lugar? Talvez no México, sob a tutela do Xavier?

Engoliu em seco.

- Você é um maldito mentiroso.

- E-eu posso explicar.

Se sentou na cadeira.

- Não precisa. Eu já sei de tudo.

Também me sentei, ficando cara a cara com ele.

- Sobre você estar em dívida com o Richards, quitá-la dando a sua empresa e eu de bônus, com a desculpa que era pra eu não ficar desamparada, o plano de vocês de matar a minha mãe e agora mais essa descoberta, de que você não está morrendo. Consegue ser mais baixo que isso?

Disse entredentes, enfurecida e com os olhos cheios de água.

- Olha como fala comigo.

- E por que eu devia te tratar com respeito? Por que você é o meu pai? Certamente é o cara que me criou, mas está longe de ser uma figura paterna.

- Entenda meu bem, eu fiz isso...

- Não, entenda você.

Puxei a arma e a apontei em sua direção, olhando disfarçadamente para os lados, certificando-me de que ninguém estava prestando atenção em nós. Ele se mexeu um pouco na cadeira, surpreso.

- Vamos levantar calmamente e iremos até o estacionamento, okay?

Funguei o nariz, engolindo o choro.

- Ouça bem, eu estou montando um novo império aqui na Itália e tenho homens espalhados por todo o lugar, prontos para darem a vida por mim.

- Anda logo.

- Estou nesse ramo há mais tempo que você. Não sou nenhum iniciante. É aí que eu te pergunto, quer mesmo fazer isso?

- Se não levantar essa sua bunda agora, eu vou atirar contra a sua cabeça aqui mesmo, sem dó nem piedade. Está nas suas mãos, quer ir por bem ou por mal?

Ele ficou meio receoso no começo, exitando. Mas logo decidiu mudar de ideia, se levantando.

- Escolheu bem.

Me levantei e peguei-o pelo braço, encostando a arma em seu quadril. Tive de escondê-la embaixo daquela blusa cafona.

- Mais cedo ou mais tarde, você irá se arrepender muito disso.

- A única coisa da qual me arrependo é de ainda não tê-lo matado com as minhas próprias mãos.

Sussurrei em seu ouvido.

Chegamos até o carro o qual Junsty já estava dentro. Xavier me esperava do lado de fora, encostado na lateral do veículo, com um sorriso que ele era incapaz de controlar.

- Beto! Como é bom vê-lo outra vez.

- Nós tínhamos um acordo. Eu vim embora pra cá para te deixar com tudo lá no México e pra quê? Pra você se juntar com a minha filha e me apunhalar pelas costas?

- Eu não tenho nada haver com isso, ela é quem quer fazer vingança. Quem mandou irritá-la?

Xavier dizia, debochando. Enquanto isso eu prendia as mãos do meu pai com amarras.

- Entra aí.

O ordenei, forçando-o para dentro da traseira do carro. Bati a porta e guardei novamente a arma.

- Saiba que eu estou muito orgulhoso de você. Tem demonstrado ser uma garota mais séria, sagaz, sem emoção e de garra. Gosto dessa sua nova versão. Combina melhor com esse seu rostinho.

Me puxou para um beijo, mas eu desviei o rosto.

- Valeu. Mas... se me considera uma pessoa séria, então sabe que vou preferir entregar esses dois primeiros para depois partir para as comemorações.

- Tem razão.

Saiu de perto do carro e foi até o banco do passageiro enquanto eu caminhava para o posto de motorista.

- Quem é você, rapaz?

Meu pai perguntou.

- Junsty River, agente do FBI. Eu trouxe a sua filha até o senhor.

- Eu já estava pensando em como poderia te ferrar tanto quanto você me ferrou, mas como estamos no mesmo barco... Acho que você já está tendo o que merece.

- A sua filha não era assim. Não sei que tipo de lavagem cerebral fizeram nela, mas a Arabella que eu conheço tinha nojo dessa vida de crimes.

- Sei disso, meu jovem. Mas uma hora ou outra as pessoas mudam. E eu detesto admitir, mas estou impressionado com a minha menininha. Ouviu isso, Arabella? Papai está de queixo caído.

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kakkakakaka ARABELLA tá só o veneno

#comentem muito#

JUNSTY RIVER -Homens Da Lei -[L1]Plussize 2019Onde histórias criam vida. Descubra agora