Capítulo Dois: "A procura de algo mais".

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- Ah que saco! Eu nem sei como começar uma porcaria de livro de memórias. Epa! O que eu disse? Livro de memórias? Achei a porcaria do nome! Livro de memórias... É, soa bem - Elena pensava alto enquanto digitava no topo da página "LIVRO DE MEMÓRIAS DE ELENA ALVAREZ", sorriu olhando para a tela do "seu" computador.
A garota morava na casa dos Poynter há quase um mês. E estava adorando! Dois dias antes de se mudar, Jazzie perguntou a ela com qual cor ela gostaria que a porta de seu quarto fosse pintada, já que a porta do quarto de Jazzie era roxa, a do antigo quarto de Dougie azul e da Sra. Poynter amarelo, então Elena logo disse que sua cor preferida era verde, mas para a porta do quarto ela queria vermelha.
Len cautelosamente comentou seu gosto musical durante o jantar, e a Senhora Poynter, a quem Elena apelidou de Tia, ficou muito feliz em saber que a garota gostava do McFly.

***

- Jazzie! Telefone!
- QUEM É? – Jazzie gritou do andar superior da casa.
- Sei lá! Eu não atendi! – Elena deu de ombros.
- ENTÃO ATENDE, NÉ?
- FOLGADA! – Elena gritou rindo - Alô?
- Alooou – uma voz risonha respondeu do outro lado da linha.
- Quem fala? – Elena tentava lembrar de onde conhecia o número que aparecia no detector de chamadas.
- Quem fala? – a pessoa a imitou rindo.
- É sério, quem tá falando? – Len bufou, começando a perder a paciência.
- Quem é você? – era claro que a pessoa estava se divertindo ás custas da garota.
- Você é quem tá ligando, então é você quem deve se identificar!
- Você está na minha casa, então você deve se identificar – a garota se xingou mentalmente por não ter percebido antes de quem era aquele número. E aquela voz.
- Oh, é o Dougie? – a voz de Elena saiu ligeiramente tremida.
- Sim, sou eu. E você deve ser a garota brasileira, né? A que roubou meu computador! – Len riu baixinho ao perceber que o sotaque dele era igual ao dos vídeos.
- Isso, sou eu mesma. Desculpa, Dougie, eu não sabia o número do seu celular, daí eu tive que exigir saber quem era... E eu realmente sinto muito pelo computador, deveria ter trago o meu, mas vou comprar um novo o mais rápido possível.
- Relaxa, garota! Eu estava brincando. Seu nome é Elena, certo? E sobre o computador, não precisa comprar um, eu só uso esse quando vou aí, o que eu não tenho feito com frequência ultimamente, por isso a partir de hoje ele é nosso, fechado? Não aceito não como resposta – a garota quase morreu de alegria ao ouvi-lo dizer seu nome.
- Sério? Ah, então se você não aceita um não, eu agradeço, e não se preocupe, eu não mexi em nada, nem tinha como também né? Aposto que você bloqueou seus arquivos. É... Você quer falar com a Jazzie? Sua mãe não tá em casa. – o costume de tagarelar quando nervosa veio com força.
- É eu bloqueei mesmo, meus primos fuçavam meu quarto de vez enquanto – Dougie ria ao falar - Ah é, quero falar com a minha irmã sim. Obrigado, Elena,  tchau! – ele disse pausadamente.
- Primos, sei bem do que você está falando – ela riu mais por ouvir a risada dele do que por outro motivo - Por nada, Dougie,  tchau. – logo mandou Jazzie atender no telefone do andar de cima. Elena não cabia em si de felicidade. Ela tinha mesmo falado com Dougie Poynter? Tudo em sua vida já parecia surreal, depois daquele telefonema? Ela poderia jurar que estava sonhando.

***

- Len, minha mãe ligou e disse pra nos arrumarmos pra jantar fora. Meu irmão tá voltando da turnê hoje, então vamos comemorar – Jazzie sussurrava para Elena durante a aula de química.
- Ah, tudo bem. Todos os garotos vão estar lá?
- Acho que sim. E pelo o que minha mãe disse, o Dougie acha que a Izzy e a Giovanna estarão lá.
- Certo – Elena preferiu não dizer mais nada; estava absorvendo a informação de que em poucas horas ela conheceria a sua banda preferida e que não estaria lá como fã, ela era uma convidada.

- MENINAS VAMOS LOGO! – a Sra. Poynter chamava da porta de casa as duas garotas que se arrumavam no quarto de Elena.
- JÁ ESTAMOS INDO, MÃE! – Jazzie gritou enquanto colocava um sapato rosa.
- Jazz, anda logo, eu tô pronta há dez minutos. Você tá linda, então para de trocar de sapato toda hora! – Elena ria da confusão que amiga fazia para escolher um sapato que combinasse com a roupa.
- Só porque você é super rápida pra escolher uma roupa e ficar perfeita, não significa que eu também seja ninja, ok?
- Rápida e ninja até que sim. Perfeita? 
- Perfeita! Você tem um dom sinistro, Elena Alvarez. Você e seus sapatos que magicamente transformam um visual – Jazzie falava com Len, mas não tirava os olhos de um sapato lilás de Elena.
- Garota, você tem problemas. A dica é se você se sente confortável e bonita com uma roupa, todos te acharão deslumbrante. E NÃO TROCA DE SAPATO DE NOVO! Sua mãe vai nos matar! Anda logo!
- Ok, Alvarez. Tô pronta! Vou com o sapato mesmo.
- Cinco horas depois ela termina, vem! – Elena teve de arrastar a amiga para fora do quarto, quando viu que Jazzie olhava uma bota de cano curto vinho.

A Garota da Porta VermelhaOnde histórias criam vida. Descubra agora