twenty-seven

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No final da tarde, Demi foi para casa e Wilmer foi buscar Melanie na escola.

— Papai! — Ela correu até ele, que a esperava na frente da escola.

— Oi meu amor, tudo bem? — Ela assentiu e ele a pegou no colo. — Que bom, como foi seu dia?

— A prof ensinou a gente a fazer contas de divisão. Eu odiei. — Ela disse e Wilmer riu, e foi andando até o carro.

— Mas matemática é tão legal. — Ele disse.

— Não é não. Eu sou péssima. — Ele abriu a porta para ela.

— Sabe quem é muito boa em matemática? — Ela negou.— A Demi.

Ele se sentou no lugar dele, e pelo retrovisor viu Melanie revirar os olhos.

— E daí? — Ela perguntou.

— Você pode pedir ajuda a ela.

Ele disse e ela negou.

— Não preciso da ajuda dela. — Wilmer suspirou e deu partida.

— Coloca o cinto. — Wilmer pediu, e Melanie não pôde deixar de perceber que ele estava sério.

— Você está bravo? — Ela perguntou.

— Eu só não entendo o por que de você não gostar da Demi.

Ele disse.

— Eu só não gosto. — Ela disse e ele riu irônico.

— Melanie, você não tem mais cinco anos, e sabe muito bem o que está acontecendo aqui. Demi vai ser sua madrasta e não seria legal se ela fosse má, não é?

Melanie negou.

— Então ótimo. Trate-a bem. — Ele disse.

***

Demi havia tomado banho, e já tinha ido ao mercado perto da casa deles, e comprado os ingredientes para a torta.

Melanie e Wilmer chegaram, e Demi percebeu que algo estava estranho.

Wilmer estava sério, e Melanie estava com o rosto com nenhuma expressão específica.

— Eu comprei algumas coisas para fazermos um torta. — Demi falou e Melanie a olhou.

— Ok, eu vou tomar banho e já desço. — Wilmer disse e deu um beijo na bochecha de Demi. — Melanie, banho. — Ele apenas apontou para o andar de cima, e a garota subiu.

Demi foi para a cozinha, e Wilmer subiu.

***

Melanie e Wilmer já haviam tomado banho, agora estava os dois na cozinha, esperando Demi dizer o que tinham que fazer.

— Eu não quero fazer torta. — Melanie disse e Wilmer se virou para ela.

— Por que?

— Por que eu só gosto da torta da minha mãe, e não posso comer comida de estranhos. — Ela disse e Demi abriu a boca chocada.

— E quando a Demi virou estranha? — Wilmer perguntou, e Demi notou que ele tentava se manter calmo.

— Eu não conheço ela direito. Minha mãe disse...— Wilmer a interrompeu.

— Sua mãe está aqui? — Ela negou. — Quem está aqui?

— Você.

— Ótimo, você me obedece, e se eu estou dizendo que você vai fazer a porra da torta, você vai. — Ele disse.

— Mas eu não quero.

— Em algum momento eu te dei permissão de querer ou não algo? — Ela negou. — Perfeito.

Melanie se encolhei na cadeira, e Demi viu seus olhinhos encherem d'água.

— Bem, amor você pode ligar o fogo do forno? — Demi pediu e Wilmer assentiu. — Mel, vem me ajudar a fazer a massa. E depois, Wil, desfia o frango para mim, por favor.

Assim que cada um tinha sua função, tudo começou a fluir.

Melanie ainda parecia meio triste, mas Demi tentava ao máximo a colocar para cima, enquanto Wilmer apenas tentava aproximar elas.

— Você quer uma bordinha? — Demi perguntou.

— Quero. — Melanie disse. — Eu posso te ajudar e enrolar?

Ela pediu e Demi assentiu.

Wilmer pegou as coisas que elas já haviam usado e foi lavar.

Após elas fazerem a borda, Demi arrumou tudo na forma e colocou para assar.

— Prontinho. — Demi disse. — Fizemos um ótimo trabalho. — Ela levantou a mão e esperou Melanie bater de volta.

Antes que Demi desistisse, e começasse a achar que elas nunca iriam ter um amizade, Melanie bateu de volta.

— Espero que esteja boa, em. Senão vou fazer vocês duas fazerem tudo de novo.

Ele disse e secou as mãos.

— Você não fez nada. — Demi disse.

— Ei! Eu cortei o frango, liguei o fogo, e lavei a louça.

Ele apontou para a pia limpa.

— Hm. — Demi disse e Wilmer riu.

— Eu vou assistir TV no meu quarto. — Melanie disse e eles assentiram.

Melanie subiu para o quarto, e Demi suspirou.

— Viu? Minha alegria dura pouco. — Demi disse.

— Está tudo bem.

Eles foram para o sofá, e ligaram a TV, colocando em qualquer canal.

— Não sei como ficou tão calmo na hora que brigou com ela. — Demi disse e colocou o braço atrás do pescoço dele, fazendo carinho no cabelo dele.

— Muito tempo de técnica. — Ele riu. — Não vejo o por que de se estressar, lógico, às vezes sim, mas foi uma situação que é tão repetitiva, que eu não dou muita atenção.

— Você acha que esse negócio dela não gostar de mim, tem dedo da Vanessa? — Ela perguntou.

— Acho que não.

Demi assentiu.

Ela acreditava que ali tinha sim dedo da Vanessa, até por que uma criança não podia a odiar tanto assim.























Fake Love | DilmerWhere stories live. Discover now