Kevin Laurent
Colocar álcool em uma folha foi uma boa ideia, eles acordaram pelo cheiro forte, ficaram assustados e perdidos pelo que viram, quando perceberam que estavam amarrados, e quando percebera que quem os amarrou foram suas vítimas.
— Que... Porra! Soltem a gente seus filhos da mãe!
— Primeiro vocês vão responder a algumas perguntas. — Caleb fala sério.
— Não vamos falar porra nenhuma!
— Claro que vão... Do contrário serão carbonizados.
Eles riram. Os três homens amarrados à cerca riram como se tivéssemos contado a melhor das piadas. Caleb ficou vermelho de raiva, eu segurei firme a arma para não atirar.
— Observem...
Meu garoto teve a coragem de jogar toda a bebida que um deles procurava a pouco em suas roupas trancando de não esquecer nenhum, o álcool foi um complemento básico para os produtos altamente inflamáveis.
— Agora...
Ele tira um isqueiro do bolso traseiro. Desde quando ele estivera com um desses?
— Isso é meu!
O mais jovem dos caras fala. Ele tem os olhos pouco abertos, barba rala, pele bem clara.
— Eu sei... Apenas peguei emprestado... Se eu ligar o isqueiro e jogar a metros de mim, ou seja, em vocês... Enfim... Vocês sabem..
Impossível descrever o olhar deles, o desespero os tomou de repente como de tivessem a consciência de que estamos sim falando sério. Súplicas começaram, ofereceram promessas e dinheiro.
— Queremos apenas respostas.
— Certo, certo cara tudo o que quiser.
— Para quem vocês trabalham?
— Dyne Coller... Ele nos contratou para raptar vocês, ofereceu dinheiro.
— Quanto?
— Sete mil para cada um de nós, disse que faria a gente nunca se conectar... Não poderíamos falar dele para ninguém.
— Descreva esse homem para nós.
— Nunca o vimos, foi apenas chamada que fizemos...
— Acha que consegue reconhecer a voz dele?
— Talvez...
Caleb perguntou onde estava seu celular, Os homens se entreolharam como repensando suas atitudes, novamente o homem ao meu lado teve que mostrar quem é que manda e nossa... Ele fica muito sexy fazendo a pose de dominador.
— No carro... Porta-luvas. — O cara mais velho sabe.
— Sábia decisão.
Voltei a encarar os homens amarrados melados de álcool.
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Caleb Lima
Peguei o meu celular no local indicado, aproveitei para pegar o de Kevin que está sem bateria, ao contrário do meu que ainda possui uma pequena carga. Vai ter que servir.
— Escutei isso com atenção. — Falo para os homens.
Coloquei um áudio de Olavo de semanas atrás quando ainda estávamos juntos naquele namoro ridículo, repeti o áudio duas vezes.
— Sim... Esse é Dyne Coller...
— Não. Esse é Olavo Cart, vocês foram enganados.
Eles se olharam, confusos, perdidos. Começaram a gaguejar cada um falando algo que não sabíamos se era verdade ou não, mas enfim eles calaram a boca quando Kevin mandou.
— Contem para nós o plano dele... Vocês iriam nos deixar aqui e o que mais?
— Outro carro iria busca-los... Não sabemos exatamente, essa foi a nossa ordem. Por favor, caras... Nos deixem fora dessa.
— Vocês podem ir... Mas, antes vão deixar as armas.
— Tudo que quiserem parceiros.
Assim foi feito. Os homens foram soltos, mas Kevin deixou a arma apontada para eles a todo o momento, o mais novo e o de sotaque carregado do exterior deixaram suas armas comigo, quando se aproximaram foi inevitável o estômago não se revirar com o cheiro de álcool por toda a roupa. Eles deram um sorriso amarelo antes de entrarem no carro e dirigirem a toda velocidade nos deixando sozinhos ali naquele fim de mundo.
— Qual o plano? —Pergunto realmente perdido.
— Não sei, mas vamos ficar esperando o tal carro aparecer e aí fazemos o motorista nos levar até Olavo... Aproveitamos que estamos armados até os dentes.
— Se Olavo for o motorista?
— Melhor ainda, matamos ele após saber onde está meu irmão e minha mulher.
Minha mulher o jeito dele falar me fez ficar mal, passamos por muito e muito mais, mas ele ainda é casado, ainda não me pertence... como posso suportar isso? Que droga, eu nem lembrava.
— Desculpe. —Kevin falou percebendo minha cara.
— Tudo bem.
— Não, não está... Droga...
— Ei, está tudo bem...
O dei um beijo lento, provando que não estava nada errado, mesmo sabendo que estava, eu me sentia colocado para escanteio, uma segunda opção barata, estamos aqui no deserto nos beijando como se nada importasse, apenas nos dois e por um momento eu queria que fosse assim sempre, todos os dias só nós dois.
— Seu beijo se tornou uma coisa que não consigo ficar sem, não é loucura?
— Por quê?
— Nosso primeiro beijo foi uma loucura, eu senti milhões de coisas: raiva; insegurança; medo; prazer; náuseas... Tudo e muito mais, nem sabia o que estava fazendo, mas apenas fluiu e foi tão natural o jeito que você me tocou e nossas línguas se tocaram que eu apenas continuei, até que algo bateu em mim, dizendo que eu estava fazendo algo de errado porque ainda estava noivo no dia, me senti o pior dos homens. Agora. Nesse exato momento em que falo sem parar eu percebo que aquele beijo não foi um erro como falei, foi certo, mais que certo... Foi perfeito. Desculpa se estou falando demais, quero que saiba o quanto você é importante para mim de todo os jeitos.
Senti minhas bochechas ficarem rosadas, tudo o que queria ouvir da boca dele e muito mais. Não tive alternativa a não ser beijá-lo de novo. Estou exatamente sem palavras, não consigo nem pensar direito.
— Juro que quando sairmos dessa situação estranha e perigosa eu vou ajeitar as coisas para nós dois, ficaremos juntos finalmente.
— É ótimo ouvir isso.
Apesar de está com os o rosto no peito dele eu ouvi o barulho de carros e uma moto.
— Aquela não era a moto que estava atrás de nós? —Ele pergunta.
Olhei para a Honda vermelha acelerando casa vez mais.
— Não vi.
— Deve ser um informante, estava confirmando que os caras nos trouxeram para o local... Ele foi buscar reforços.
— Então o que estamos esperando?
— Nada... Pegue sua arma.
Obedeci. Segurei em sua cintura com uma mão e na outra apontei para o cara de moto e Kevin, com duas armas, apontou para os dois carros pretos que ficaram à direita e o outro à esquerda.
— Hora do show. — Escutei ele sussurrar.
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Minha Perdição | Série Irmãos Laurent-(Livro 2) (Romance Gay)
RomanceKevin Laurent é dono da empresa K.L.C., para melhorar seus negócios ele aceita se casar com a filha de um dos empresários mais renomados do exterior. Caleb Lima é um jovem que sofre muito preconceito por ser garoto de programa e gay. Já fez sexo div...