Capítulo 03

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— ok (...) — sigo em direção a rodinha e me sento ao lado de alguém que eu tenha o mínimo de simpatia. Era Mônica, das aulas de literatura.

— Que bom que você veio — ela me abraça meio de lado — eu também não sou muito de festas, mas venho por conta do will

— idem — eu sorrio para ela

— ok, já que a Jo foi a última a chegar, a pergunta vai pra ela. Verdade ou desafio?  — fala o moreno de olhos verdes, sentado de mãos entrelaçadas a Mônica

— verdade! — respondo rapidamente

— é verdade que quando  você e seu namorado fodem, vocês dispensam o uso da camisinha? — todos os garotos da rodinha começam a exaltar  Trevor, como se estivessem dando os "parabéns" por ele ter recebido algum prêmio ou algo do tipo. Naquele momento, me senti a pior pessoa do mundo. Simplesmente pelo fato de que não se passava de uma grande  mentira. Eu era virgem, e até onde eu sei, ele também. Fico sem reação.

— gente qual é? —trevor ri de nervoso — como se todos aqui transassem com proteção, seus vovôs!
— Seus olhos azuis me olham como se estivessem implorando para que eu não o desmentisse. Naquele momento, a única coisa que me coube foi desviar o olhar. Isso não está acontecendo comigo.

— ok, minha vez —will gira a garrafa — Hero.

— eu tenho mesmo que brincar disso? —o garoto tatuado pergunta enquanto bebe uma cerveja

— verdade ou desafio? — hero revira os olhos, e logo depois, seu olhar se encontra com o meu. O que isso quer dizer?

— Desafio — ele diz, ainda olhando para mim.

— Te desafio a ficar até o fim do jogo, com a namorada do sr. fodão ali no seu colo — ele diz enquanto olhava para trevor.

Consegui ver a face de trevor se transformar na mesma cor de sua camisa vermelha. A essa altura, meu rosto também estava mais vermelho do que o norma.
Sim, eu poderia simplesmente negar de fazer tal coisa. Mas, só de ver a cara impagável do trevor ao ouvir tal sentença, me faz querer cumprir o desafio. Quero que ele se sinta magoado, assim como eu me senti.
Hero se levanta do sofá de onde estava deitado, e para em frente a mim. Eu não tive reação.

— O que foi? — ele pergunta me olhando nos olhos

— O-que foi o que? — digo ainda envergonhada

— O desafio foi você ficar no meu colo, não o contrário — ele diz com uma de suas sobrancelhas levantadas

— ah (...) desculpa — me levanto da poltrona sem graça e dou espaço para que ele sente. Assim que hero se acomoda no assento, olho para seu colo e tento calcular em que lugar eu poderia sentar para não me comprometer. Mas não tem jeito, estou indo sentar no colo de um desconhecido. Calma Josephine. É só sentar na ponta. Ok, isso soa   estranho.

— Vai logo garota, a gente não tem todo tempo do mundo — uma garota da roda diz em alto e bom som

Devagar, me aconchego em seu colo. Ele pareceu desconfortável, já que pude ver ele se mexendo.

— jonathan, verdade ou desafio? — ele pigarreia e logo depois faz a pergunta com voz rouca, muito próxima de mim.

Depois que eu sentei no colo do desconhecido, parece que tempo congelou. Passaram-se somente metade de uma rodada e eu sinto que estou aqui por duas horas.
Foram-se feitos todos tipos de desafios. Tiveram topless, lambida no abdômen, beijo triplo, quádruplo, shots infinitos de bebidas coloridas e entre VÁRIAS outras coisas.
Passei o jogo inteiro sentada no cara que, aparentemente, se chama Hero. Eu não sei o por quê, mas até agora nunca notei o quão atraente ele é.
Ele tem os dois braços cobertos por tatuagens de todo o tipo.
Me pergunto qual foi sua primeira e se ele tem mais espalhadas pelo abdômen ou ao redor do corpo.
Mesmo com meu namorado bem a nossa diagonal, é difícil não pensar nisso quando se escuta a respiração dele ofegante no meu cangote durante todo o jogo.
Apesar das tatuagens, e do piercing no nariz, hero tem um rosto de menino inocente. Meio confuso, meio perturbado, mas daquelas pestes que aprontam e depois se fazem de desentendidas.
Seu perfume forte estava sobre minhas narinas dês do começo do desafio e agora parecia que eu podia sentir até seus olhos ardendo sobre mim.
Enquanto o jogo continuava, eu claramente estava começando a me sentir mal por estar sentada no colo dele, enquanto trevor nos observava toda hora.
Apesar dele ter sido um idiota, eu não ficaria nada bem ao ver ele abraçado com outra garota.

— está tudo bem doutora? — ele diz baixo ao meu ouvido, enquanto o jogo continua. Maldito sotaque britânico.

— S-sim (...) — respondo gaguejando. droga.

— imagino que esteja — ele diz sarcástico

— verdade ou desafio jo? — pergunta hannah,
enquanto divide um cigarro com noah

— verdade (...) — eu digo sem graça

— Tem que ser consequência, gracinha. O vale "verdade" já esgotou faz tempo rodadas atrás. — will volta a falar

— Consequência então.. — digo olhando para o chão

— Eu te desafio a abrir o fecho do seu vestido, e ficar só de sutiã. — a loira diz  e no mesmo momento eu coro. Sinto que hero fica desconfortável também, pois sinto ele inquieto atrás de mim.

— cala a porra a tua boca Hannah! — trevor praticamente berra do outro lado — isso já passa dos limites caralho!

— Olha como você fala com ela ô caralho!
— diz Noah, com os dentes cerrados. No mesmo momento os dois se colocam de pé, ficando a poucos metros de distância um do outro.
Automaticamente, me solto de hero e vou correndo separar a briga.

— Trevor, já chega (...)— eu tento afastá-los, mas sou suavemente empurrada  por Noah

— NÃO ENCOSTA A PORRA DO DEDO NELA SEU BOSTA!— trevor diz enquanto lhe dá um soco bem no meio da cara, fazendo-o cair no chão.
Quando ele se coloca de pé, pega trevor pelo pescoço, e lhe dá uma chave de braço. Merda. Tinha esquecido que Noah pratica karatê.

— Ei ei ei caralho, já deu! — will diz tentando separar os dois

— Noah, isso já passou dos limites. Solta ele a-go-ra — a loira diz enquanto tenta fazer o namorado soltar o pescoço de trevor

— Solta ele Noah, ele está bêbado, você também, todo mundo nessa merda está louco o suficiente pra fazer uma bosta das grandes.
— smith adverte. Depois de alguns segundos, noah solta Trevor, fazendo-o rapidamente procurar por ar.

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