Como uma flor

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Peter acordou pela manha se sentindo completamente bem, já até mesmo se conformava mais em ter que andar com o desconhecido e talvez se ferrar ao ter Deadpool o seguindo e possivelmente dar um ataque ao ver com quem ele estava. Não que a pessoa que o acompanharia seria realmente reconhecido, mas o mercenário era muito ciumento (mesmo que para o Homem-Aranha eles fossem apenas amigos) e nunca o permitiria andar ao lado de um homem tão bonito.

Tal pensamento fez com que o menor corasse ao se imaginar ao lado do mesmo e que o havia achando tão bonito. Esquecendo os pensamentos rapidamente colocou seu uniforme de herói e se dirigiu rumo ao seu trabalho, parando rapidamente para deter mais um ladrão de banco qualquer e ajudar uma velinha a atravessar a rua. Quando o mesmo chegou a um dos laboratórios Stark deu de cara com Bruce Banner mais corado do que os cabelos da Viúva Negra.

– O que foi Bruce? – o menino estava preocupado com seu amigo, tanto normal como quando um mostro verde e raivoso – Você esta bem?

– Peter? – disse meio confuso – Estou sim só o Tony com mais uma de suas brincadeiras que me fez querer vir tomar um ar.

O menor conhecia bem Tony Stark, este também seu amigo, tinha completa certeza de que não era apenas uma brincadeira e que de irmãos da ciência estava começando a se tornar "amantes da ciência". Coisa que tanto ele quanto Natasha torcia mais que qualquer coisa. Quando o menino fazia um ano que havia conseguiu entrar para os vingadores a ruiva deu a ele uma camisa com um desenho fofo do Homem de Ferro e do Hulk abraçados e em cima escrito: Time BruTony. Ainda achando que deveria ter um nome melhor para o casal.

– Você sabe que ele não estava brincando não é – comentou se afastando.

– O que?! Peter espere! – gritou o doutor entrando correndo no prédio fazendo os dois morenos rirem – Tony – sussurrou o mesmo constrangido – Ah... Acho que vou tomar café, tchau – despediu-se saindo.

– Ele fica tão lindo constrangido – comentou o bilionário – Ele é um gênio, mas dependendo do assunto é mais tapado que o Thor e mais lerdo que o Capitão – e depois riu de sua comparação.

– Melhor os dois nem saberem que você disse isto – riu o garoto logo começando mais um dia no seu trabalho.

Mais tarde o mesmo novamente colocou seu uniforme, despediu-se do casal da ciência que estavam bem, mas bem perto mesmo um do outro (oportunidade da qual o Stark se aproveitou para um beijo e que Parker aproveitou para bater uma foto e mandar para sua ruiva favorita).

O mesmo partiu ao encontro de seu colega para lhe mostrar a cidade. Claro que antes de qualquer coisa o mesmo parou para impedir um roubo do Homem Areia, que foi bem fácil. Despistou um cara estranho de vermelho que ele achou ser Deadpool. E o próprio mercenário que o parou quando este estava se trocando em um beco.

– O que você quer Wade? – quis saber atrasado – Fala logo que eu estou sem tempo!

– Normalmente eu simplesmente iria te seguir e ver quem é este cara que você esta levando para passear como pedido de desculpas – afirmou o Wilson fazendo o garoto revirar os olhos – Mas eu tenho trabalho Baby Boy e quero que se cuide, não esqueça que eu te amo – falou o avermelhado o forçando a dar um selinho em si ainda com sua mascara cobrindo todo seu rosto – Tchau!

E o mesmo sumiu deixando para trás um Peter Parker vermelho de pura raiva e pensando seriamente em matar aquele ser abusado que nem sequer o respeitava mais. Suspirando fundo o mesmo riu um pouco pelo amigo maluco e se dirigiu para o café onde pode ver o mesmo cego o esperando sentado em uma das mesas comendo um biscoito. Que aos seus olhos era extremamente fofo.

– Desculpe pelo atraso mais meu chefe me prendeu para ajuda-lo com o amor da vida dele – riu o mesmo da piada interna.

– Parece ser um chefe bem chato por te fazer isto – riu o outro ouvindo quando o mesmo se sentou ao seu lado.

– Tony Stark é um bom chefe quando quer – riu o garoto.

– Você trabalha para Tony Stark? – quis saber impressionado com o mesmo.

– Sim, ajudo ele e o Bruce nos laboratórios – riu o menino – Adoro aqueles dois desmiolados – riu novamente.

– Quantos anos você tem garoto? – quis saber o Demolidor totalmente surpreso e encantado – Claro, caso permita perguntar.

– Eu acabei de fazer dezoito anos e estou com eles desde os meus quinze, mas apenas ontem fui contratado – riu o mesmo.

– Entendo... Então vamos?

E assim os dois passaram a tarde toda: juntos, rindo e se divertindo. Cada vez mais Matt estava encantado com seu companheiro e sentia raramente uma estranha coisa em sua barriga quando tinha o menor tão perto de si. Ele tinha se divertindo tanto que havia esquecendo-se de perguntar ao mesmo como encontrar o Homem-Aranha, coisa que provavelmente nunca lembraria perto daquele que lhe tirava o ar. Tudo ia bem até que o mesmo pode sentir um cheiro conhecido por perto que o fez sorrir.

– Um campo de flores? – perguntou ao seu acompanhante que soltou uma leve risada divertida – Sabe eu não gosto muito de flores – comentou – Elas são frágeis e delicadas, qualquer coisa as quebra.

– Eu já as acho impressionantes, as mesmas tem sua própria maneira de se defender mesmo que não aparente, tem uma beleza extraordinária e tem um ótimo perfume – falou rindo.

– Assim como você – sussurrou.

– Como eu? – perguntou o Parker meio confuso.

– Sim, pois você tem um cheiro maravilhoso se me permite dizer – e logo o temido Demolidor estava corado como nunca.

– Fico feliz que goste do meu perfume, foi minha antiga namorada que me deu – respondeu meio melancólico.

– Vocês terminaram? – quis saber com uma estranha esperança em seu coração.

– Ela morreu – sussurrou baixo, mas graças à audição ampliada do outro pode ouvir.

Logo ambos estavam em silencio apreciando a companhia um do outro. Quando começou a escurecer se despediram e cada um tomou seu rumo. O Demolidor foi à procura de Pool e a aranha e o Peter foi ter uma maravilhosa noite de sono sem nenhum inimigo o perturbar por enquanto. Perturbação esta que Matt sentia ao se lembrar do garoto, que frequentemente se pegava pensando.




"Tudo tem seu apogeu e seu declínio...
É natural que seja assim, todavia, quando tudo parece convergir para o que supomos o nada, eis que a vida ressurge, triunfante e bela!...
Novas folhas, novas flores, na infinita benção do recomeço!"

(Chico Xavier)


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