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— Bom dia luh.

— Bom dia angel, o de sempre? 

— Sim luh, e dessa vez coloca uma branca no meio por favor.

—  Claro é pra já, enquanto ela sai para pegar o meu pedido me vem na memória a primeira vez que vim aqui. 

  ( Flash back on)

— momomoça um buquê de rosas azuis por favooor, falo em prantos para uma mulher no balcão da floricultura.

— Meu deus, vem aqui dentro vou te dar um copo de água para tu se acalmar, ela me leva por uma porta que tem atrás do balcão,vou caminhando em passos lentos por meus olhos estarem embaçados pelas  lágrimas que não param de cair.

— Pode se sentar ai no sofá volto em um minuto.

— Aqui está bebe um pouco, coloquei um pouco de açúcar, ela estende um copo de água com açúcar em minha direção.

— Obrigada moça, vou tomando aos poucos até o copo estar vazio e percebo minhas lágrimas cessarem um pouco. — Você sabe o porque colocam açúcar na água quando a gente esta nervosa?, perguntei para a moça sentada do meu lado, eu sei que essa foi um pergunta meio aleatória mais minha cabeça estava um caos e isso foi a única coisa que passou pela minha cabeça.

— Meu nome é Luiza mais pode me chamar de luh, olha essa é uma ótima pergunta que infelizmente eu não sei a resposta, ela me responde de um jeito brincalhão que me faz esquecer momentaneamente a dor dilacerante no meu peito.

— Obrigada novamente luh, meu nome é angel, agora pude olhar com pouco mais de atenção a mulher na minha frente que me olhava de um jeito acolhedor, ela tinha uma aparência de mais o menos 30 anos fiquei a encarando por um momento pelo fato dela ser o oposto da minha mãe,não tinha maquiagem no rosto nem saltos nos pés e vestia roupas meio "masculinas" dita assim pela sociedade mais que combinava perfeitamente nela e mesmo assim ela estava linda, gostaria que minha mãe fosse assim também sem impor as regras que a nossa sociedade estabelece.

— Não precisa me agradecer angel isso era o mínimo que eu tinha que fazer, você entrou daquele jeito eu jamais poderia deixar você sair em prantos por ai sozinha, se tu quiser conversar um pouco sou toda ouvidos. Ela abriu um sorriso sem qualquer julgamento ou piedade mal sabe ela que já me ajudou muito eu não suportava mais todos me olhando com dó.

— Obrigada por tudo quem sabe algum dia eu não faça isso, mais agora preciso ir já estou atrasada e se não for pedir muito quero um buquê de rosas azuis por favor.

— Claro que não é pedir muito,  lembra aqui é uma floricultura"rs" só um minuto e pode deixar é por minha conta.

     ( Flash back off ) 

— Pronto está aqui angel e como você esta? 

— To bem luh e como você sabe amanhã já estou indo e só volto nas férias.
Dou a volta no balcão e a abraço forte. — Obrigada por tudo você e a Paula me ajudaram muito vocês me acolheram como uma filha só tenho a agradecer.
termino de falar já com lágrimas descendo livremente pelo meu rosto, depois do dia que a conheci acabei voltando e contei o que estava acontecendo na minha vida foi quando ela me levou para sua esposa paula que é psicóloga o que foi um anjo em todo o processo da depressão e que muitas das vezes me socorreu na hora dos meus surtos.

— Você sempre vai ser como uma filha pra nós e pode mandar notícias sempre viu porque já estamos no século 21 e o zap zap ta aí pra matar um pouquinho da saudade, ela fala também com lágrimas escorrendo e como sempre com seu bom humor me fazendo rir.

— Claro né luh, passei essa semana lá no consultório pra me despedir da Paula e foi uma choradeira danada sabe como ela é manteiga derretida, manda um beijão pra ela e vocês podem me mandar mensagem também, quero notícias de como andam as coisas por aqui e sabe aquele favor que eu te pedi então se não puder fazer não tem problema viu.

— Claro que dá, uma vez no mês estarei lá baixinha,as vezes ela me chama assim por eu ter 1,63 e ela com seus 1,80 , dei um beijo estalado em sua bochecha e me despedi indo direto para aquele lugar já tão conhecido por mim.

Luiza .

Luiza

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Paula.

Paula

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Universos paralelos(romance lésbico)Onde histórias criam vida. Descubra agora