Capítulo 8

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Como se estivesse no piloto automático, Regina pegou o telefone do xerife, ignorou o confuso questionamento de Henry.

- Para onde você está indo?

E se aproximou da loira que estava debruçada sobre o balcão conversando com Ruby.

Tudo o que Regina viu foi vermelho. O vermelho da jaqueta de Emma. O vermelho de suas bochechas corando de raiva, confusão, vergonha e algo completamente diferente. Ela cravou as unhas ao redor do braço de Emma e praticamente a arrastou para longe de uma Ruby estupefata e os olhares chocados dos clientes.

- Ow! Deus, Regina, o que você está fazendo? - Emma chorou tentando arrancar o aperto da mulher mais velha de seu braço. Certamente haveria cinco vergalhões perfeitos ao redor dos bíceps de Emma, tamanho a força da prefeita.

Os olhos de Regina brilhavam como se Emma tivesse a audácia de falar.

- O que diabos é isso? - Ela empurrou o telefone da xerife em seu peito, onde Emma pegou automaticamente.

- Meu telefone? - Ela examinou o dispositivo confusa.

Regina se aproximou, o hálito quente chegando até Emma acompanhado de um olhar e escárnio.

- Não seja atrevida comigo, Srta. Swan. Ou eu deveria te chamar de Knightly?

Os olhos de Emma estavam tão arregalados que podiam ser usados como um jogo de dardos, e se a raiva de Regina significasse alguma coisa, a prefeita estava mais do que com vontade para acertar os alvos.

Os lábios da loira se separaram quando ela gaguejou, uma mistura de balbucio e negação:

- Isso era algum tipo de piada de piada de mal gosto? - Regina cuspiu. - Para brincar comigo e me deixar parecendo uma idiota?

Por um breve momento, a umidade obscureceu a visão de Regina antes que ela habilmente afastasse o olhar de mágoa de seu rosto, deixando apenas uma mulher irada e traída. Sua voz era baixa, enquanto olhos cor de avelã perfuravam os verdes, mas nem ela conseguia parar a tremedeira enquanto falava.

- E eles me chamam de má.

Com um sorriso de escárnio, ela se virou para pegar Henry antes que seu braço fosse mantido para ficar.

- Não, Regina, espere. Deixe-me...

- Explicar? - cuspiu. - Como diabos você poderia explicar isso? Você esperava pegar meus segredos e usá-los contra mim?

- Não, eu...

Regina fez uma pausa em seu discurso e pensou por um momento. Quando ela falou, suas palavras saíram lentas e deliberadas.

- Você sabia que era eu o tempo todo?

Emma engoliu em seco, mas acenou com a cabeça uma vez.

- Sim.

Regina deu um tapa nela.

O som reverberava nas ruas tranquilas, e se a sua partida brusca e gritante do restaurante não atraíra a atenção dos fregueses, aquela bofetada com certeza atrairia.

Emma cambaleou para trás pelo impacto, segurando a palma da mão na bochecha avermelhada enquanto se segurava na cadeira do pátio para recuperar o equilíbrio. Ela se endireitou, movendo a mandíbula e esfregando a bochecha, balançando a cabeça e apontando para Regina:

- Ok, eu mereço isso.

- Oh, acredite em mim, Srta. Swan, isso é o mínimo que você merece - a morena rosnou. - Fique longe de mim e do meu filho.

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