Capítulo 10

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- Ei, Ruby - Emma murmurou baixinho na extremidade do balcão do restaurante, escrevendo rapidamente na parte de trás de um recibo. - Você pode dar isso para Regina?

A morena levantou uma sobrancelha divertida.

- Você ainda está fazendo isso?

Emma olhou confusa.

- Sim, por quê?

-Já faz um mês, Emma - a garçonete argumentou.

- E daí?

- Ela não fez nada sobre isso.

- Ela falou comigo de novo, naquela reunião - apontou o xerife.

- Sim, uma vez e isso foi há uma semana. Ela entrou em contato com você desde então? - Ruby perguntou.

- Ela só precisa de algum tempo - Emma argumentou.

- Sem ofensa, xerife, mas você não está realmente dando esse tempo a ela.

Emma franziu os lábios para a nota entre os dedos.

- Quando eu devo agradecer de novo?

Ruby sorriu.

- Quando você me ouvir e deixar a prefeita esfriar. Ainda quer que eu dê?

Emma olhou para o bilhete e depois para a morena, lendo um jornal na mesa perto das janelas. Ela esvaziou o resto do chocolate quente e ficou de pé, embolsando o papel.

- Lembre-me de demiti-la quando isso não funcionar.

Ruby riu e gritou quando a loira se dirigiu para a saída.

- Você não vai me demitir. Quem vai pegar o seu queijo grelhado no almoço?

Emma deu uma revirada de olhos exagerada, forçando-se a olhar para frente e não olhar para Regina.

Foi oficial. Emma era uma viciada. A droga dela? Regina Mills. Embora ela não tivesse falado com a morena desde a interação do e-mail durante a reunião do orçamento, pelo menos Emma sabia que Regina receberia seus bilhetes.

Seguindo o conselho de Ruby, Emma parara de deixar os "ovos de Páscoa" para a prefeita encontrar. Depois de se distanciar da tarefa por doze horas inteiras, Emma franziu o rosto em profunda contemplação. Puta merda, ela era obsessiva. Ela revirou os olhos. Sua colega tinha razão.

Eram apenas oito e, fiel à sua palavra, Emma se manteve longe de Regina. Isso incluía evitar entrar na sua conta de bate-papo, precisamente, entre 8 às 10 da noite apenas para ver se Regina voltaria a fazer login. Se a loira tivesse cumprido sua agenda rigorosa, ela teria testemunhado exatamente isso.

Regina estava no mínimo nervosa. Já eram meio-dia e nenhuma mensagem de Emma enfeitava seu caminho. Ela ficou surpresa quando não conseguiu uma naquela manhã no restaurante. Ela poderia jurar que viu Emma rabiscando em um pedaço de papel com o canto do olho, não que ela estivesse olhando, mas depois que ela se levantou e Ruby riu sobre não ser demitida, Regina ainda permanecia sem bilhetes.

Ela esperou uns dez minutos a mais depois de receber sua conta para ver se um dos muitos conspiradores apareceria e até começou a observar os movimentos de Ruby para ver se ela voltaria para sua mesa, mas ninguém veio.

Sem bilhetes. Nenhuma palavra enigmática em seu jornal. Nenhuma saudação de manhã em sua xícara de café.

Sentindo-se bastante perdida, Regina pagou pelo café da manhã e dirigiu-se para o carro.

Quatro horas depois, Regina estava sentindo ansiedade apenas esperando que algo surgisse. Quão inteligente a loira realmente poderia ficar depois de tudo?

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