Verdade ou desafio?

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Os adolescentes giravam a garrafa posta ao meio de sua pequena roda e outrora respondiam perguntas ou cumpriam desafios. 

– Agora eu giro – Malina anunciou, em sua mão esquerda estava uma long neck e na direita a garrafa de vodka que deveria girar.

E ela girou. Girou. E mais uma vez. Até que finalmente parou. Fundo pergunta, boca responde. De um lado estava Finn Wolfhard e do outro Gaten Matarazzo.

— Verdade ou desafio, querido amigo? – Matarazzo perguntou, já estava grogue.

— Desafio – o cacheado respondeu.

Gaten olhou em volta, para os móveis, as bebidas e os amigos, então, seus olhos pousaram sobre a garota Brown.

— Sete minutos no paraíso com a Millie.

Os olhos da garota se arregalaram. Tudo bem que ela estava bêbada, mas ainda não tinha perdido total juízo.

— Eu não vou não.

— Se você não for, o nosso amigo aqui – bateu no ombro de Finn. – vai ficar careca, Millie.

Ela dá de ombros.

– E eu lá me importo?

Wolfhard arqueia uma de suas sobrancelhas em direção a ela.

Ele se levanta.

— Vamos lá, eu não vou ficar careca e nem vou te atacar, garota – ele estende a mão para que ela a segure e se levante em seguida.

— Mulheres nunca tem vez de decidir algo, né?

— As mulheres têm, você não, Machadão.

— Você é péssimo, Wolfhard. Péssimo.

— Tá bom.

Os dois jovens se dirigem a uma das salas mais próximas. As luzes estavam apagadas e escuridão chegou ainda mais quando a porta por onde entraram, foi fechada do lado de fora por Gaten.

Millie se recostou em uma das paredes e cruzou os braços em frente a seus seios e custou a se acostumar com a falta de claridade, mas no momento que seus olhos se adequaram aquela situação, pôde ver a silhueta de Finn ao seu extremo oposto.

— Quanto tempo falta? – ela indagou para o garoto que havia acabado de pegar seu celular e agora estava sendo iluminado pela luz do mesmo.

Parecia que estavam ali há uns cem anos.

Ele mirou-lhe a lanterna, para que pudesse vê-la.

— Não faz nem dois minutos – respondeu indiferente.

Brown revirou os olhos.

— Merda – murmurou.

— Nós temos duas opções.

Ela o encarou com desdém.

— Quais?

— Ou nós podemos conversar ou podemos aproveitar bem esse momento.

— Nós temos mais uma opção.

— Que seria? – a encarou sugestivo.

— Cada um pode ficar no seu celular até dar a merda dos sete minutos no inferno do paraíso.

O cacheado riu e desligou sua lanterna.

Caminhou lentamente em direção a ela.

— Opa! O que você tá fazendo? Por que está vindo para cá? – perguntou ela percebendo que ele estava a se aproximar.

Une Belle Rebelle - FillieOnde histórias criam vida. Descubra agora