"Lembra daquele rapaz que você nem dava bola que escrevia eu te amo nas paredes da escola"
Junho de 2008
— LIPPE, LIPPE, VEM AQUI. — Ainê corria empolgada até o melhor amigo que como de costume estava no campo do bairro.
— Diga Nênezinha — Philippe disse se levantando de onde estava e andando até a garota. Ainê o olhou feio, odiava quando ele chamava ela daquela forma.
— Me chama de novo desse jeito que eu acabo com seu sonho de ter filhos. — Philippe fez uma careta. Ok, levar um chute no saco não era uma opção. — Mas escuta.. Sabe aquele garoto que eu tava afim? O Matheus da rua de cima? — Philippe fechou a cara. — Ele disse que quer ficar comigo e eu não sei o que eu faço, eu preciso que você me ajude — Ainê disse de forma rápida e tensa.
Philippe com 16, Ainê com 15. Estavam na fase das experiências, das curiosidades e com os hormônios a flor da pele. Ainê já era bastante disputada entres os meninos, mas ela nunca se importava, só queria saber de Matheus. Já Philippe? Este pouquíssimo era, pois só queria saber de jogar futebol no Vasco, que era seu clube do coração, e de sua "melhor amiga" por quem matinha um pequeno grande amor, obviamente, em segredo.
— E por que isso tudo? Vamos lá Ainê, você sabe bem mais que eu da fama dele. — Philippe disse de maneira ignorante. — Ele quer pegar você pra depois te colocar como mais um troféu que ele conquistou, como ele faz com todas. — dizia isso porque sabia que Matheus, que morava em uma rua atrás da que ele e Ainê moravam, pegava todas as meninas possíveis e depois as abandonava com o coração completamente partido, e ele não queria isso para sua garota. Jamais.
— Ah Philippe! Você de novo com essa história? Desde quando você entende de sentimentos? Aliás dos MEUS sentimentos? A única coisa que você entende é correr atrás dessa porcaria de bola. — Ainê disse rápido e nervosa que não percebeu o quanto aquilo havia magoado o amigo. — Você nunca me entende, então não pode me julgar.
— Então é isso? Se eu nunca te entendo então por que você veio me pedir ajuda e veio me atrapalhar de correr atrás da "porcaria da bola"? — Philippe disse enquanto fezia aspas com as mãos — Vai ficar com ele porra! — Philippe sabia que tinha sido ignorante e ele não gostava de tratá-la assim mas de forma alguma ele sairia daquele assunto magoado.
— Nossa Philippe, calma, também não precisa ser assim. — Ainê se afastou um pouco querendo já chorar.
— Você só me estressa porra, olha o que você vem me falar, Ainê. — o moreno passou a mão pelo cabelo suado respirando fundo tentando não aumentar a merda que ele tinha provocado, já que não dava mais pra evitar.
— Quer saber, vai se fuder, Coutinho! Eu volto quando você estiver mais calmo e deixar de ser um escroto ignorante comigo — disse secando algumas lágrimas que insistiram em cair.
— Obrigada, Nênezinha. — ironizou.
Philippe observou Ainê se afastar do campo e apesar de estar muito puto com ela e com toda a história, não conseguiu resistir e desceu o olhar para analizar sua bunda enquanto a garota andava pisando forte. Inferno! Como ela era maravilhosa e irritante. E que bunda era aquela?
Ele sabia que o que havia ocorrido instantes atrás foi apenas uma mais uma discussão por causa daquele babaca e que logo mais eles estariam melhor que nunca, mas ele estava cansado. Havia horas que ele desconfiava que Ainê sabia dos seus sentimentos por ela mas ignorava só para não estragar a amizade, e isso deixava Philippe puto, já que até os bancos da praça tinham consciência que ele amava Ainê Maria.não deixe de me avisar caso encontre algum erro :)
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Romântico Anônimo || Philippe e Ainê Coutinho
General Fiction"Como um amor que veio da infância, uma fase tão inocente da vida, me levou ao auge e depois me deixou em pedaços? Por que tinha que acontecer aquilo com ela? ou melhor, com nós.." Amar muito as vezes pode machucar, e quando Philippe percebeu, ele j...