Romântico Anônimo || Philippe e Ainê Coutinho

11 • Campeão pela minha família.

Ano de 2021

      Barcelona finalmente havia sido campeão de uma Champions League, e Ainê não via a hora de entrar no campo para abraçar seu marido e parabenizar todos os seus colegas de time de Philippe. Leo e Antonela, Luisito e Sofi, Jordi e Romarey, Sergio e Elena, Semedo e Marlene, e obviamente seus amigos brasileiros, Arthur e Malcom, eram os que eles mais tinham intimidade. Desde que Ainê e Philippe chegaram a Barcelona, eles sempre saiam juntos e seus filhos eram super amigos.
     
      Philippe fez dois dos gols do 3x2 contra o Real Madrid, com o outro gol sendo do amigo, Lionel Messi, que provavelmente estava em sua última UCL para tristeza de todos os fãs. Philippe obviamente era um e sempre deixava isso muito claro.

      Coutinho não parava de ser parabenizado. Uma virada contra o Real Madrid com ele fazendo dois gols e sendo decisivo ficaria para história, mas ele preferia lembrar como um coletivo. Todos fizeram muito para chegar naquele objetivo.

       Ele não pode evitar a risada ao imaginar o quão puto Davi deveria estar com tudo, mas Philippe iria dar um jeito. Falaria com Zidane e com Sérgio Ramos, autor de um dos gols, mais tarde pedindo um autógrafo para seu parceiro. Logo esqueceu tudo quando ouviu as vozes inconfundíveis de suas filhas gritando por ele e sua mulher com uma barriga enorme de 8 meses vindo em sua direção.

      Ainê e Philippe tinham um combinado: vamos ter mais de três filhos, mas todos eles teriam que fazer aniversário próximos uns aos outros. Tudo isso para diminuir o trabalho de fazer mais de uma festa no ano. Ainê não tinha mais paciência para estresses. E não era nem com a própria festa, era com Philippe que reclamava de tudo.
    
      Bom, não deu muito certo e ela teriam que procurar um novo calmante. Maria e Esmeralda completariam 6 e 3 anos respectivamente no fim do ano, e Micael nasceria aproximadamente no fim de julho.
 
      As apostas haviam se iniciado entre as famílias, e a dúvida era se Micael viria para jogar bola junto a Philippe e Maria ou apenas torcer como Ainê e Esmeralda, que não gostavam muito de praticar o esporte.

      Philippe logo parou de brincar com suas filhas usando a bola do jogo que ele havia ganhado e foi até Ainê retirando a medalha do seu pescoço e colocando no dela, a olhando com carinho e lhe dando um selinho logo em seguida. Ela merecia aquilo e muito mais. Philippe ganhou por ela e por seus filhos. Acariciou sua barriga dando um beijo ali também, e juntou suas meninas para tirar foto com a taça.

     Ele estava feliz em ter ganhado uma Champions League no clube que ele sonhava em jogar desde que corria nas ruas do Rocha chutando uma garrafa pet, mas nada se comparava a felicidade que sentia por estar junto com sua família. Seus quatro troféus que valiam muito mais que aquele ouro da medalha que Ainê carregava no pescoço.