Yeoseot

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Muito obrigada pelos comentários e favs! Isso me mantém motivada demais a postar e escrever mais histórias!
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Taehyung começou a tirar minhas vestes, mas eu o interrompi imediatamente.

— Por que não?

— Eu não posso ter filhos, Taehyung. Sei que nesta época não existe camisinha, e eu não trouxe nenhuma de casa. Vamos ficar apenas no beijo.

— Camisinha? O que é isso?

— É uma película que você coloca nesse seu amiguinho aí — apontei para as partes dele — para evitar que eu engravide.

— Isso também faz parte da tec... tecnia... droga, deu para entender.

— Faz sim — confirmei.

De repente, sentimos outro tremor, mais forte do que o anterior. O chão sob nossos pés tremeu violentamente, e o som de madeira rangendo ecoou pela casa. Eu olhei para Taehyung, e o terror refletido em seu olhar fez meu coração acelerar ainda mais.

— Temos que sair! — gritei, puxando-o em direção à porta, mas o tremor era tão intenso que nenhum de nós conseguia manter o equilíbrio.

As paredes começaram a rachar, fissuras se espalhando como se a casa estivesse se despedaçando em torno de nós. Um barulho ensurdecedor reverberou quando uma parte do teto começou a desmoronar. O medo tomou conta de mim, e eu quase perdi a voz.

— Tae, rápido! — eu implorei quando ele caiu no chão, desequilibrado.

Tentamos correr, mas o chão continuava a tremer, e a casa parecia estar viva, lutando para permanecer em pé. Com um estrondo, um pedaço de telha caiu bem ao nosso lado, e eu não consegui conter um grito. O caos parecia engolir tudo ao nosso redor.

— Precisamos sair agora! — Taehyung gritou, se apoiando nas paredes em direção à porta.

Antes que pudéssemos alcançar a saída, a casa cedeu de vez. Um estrondo ensurdecedor ecoou enquanto as vigas desabavam, e eu fui arremessada para o chão. Tudo ficou escuro, e a dor me envolveu como uma sombra. Eu apaguei.

(...)

Acordei sentindo uma pressão imensa. Havia madeira e telhas em cima de mim, sufocando-me. Eu tentava me mexer, mas era quase impossível. O desespero tomou conta de mim, e minha cabeça latejava de dor.

— Tae! — chamei, mas ele não respondeu. — Taehyung! — gritei mais alto, tentando empurrar a madeira, mas ela mal se movia. — Alguém, ajude o rei! — implorei.

Não demorou muito até que os reforços chegassem, mesmo em meio à guerra. Várias pessoas começaram a retirar os escombros de cima de Taehyung, e depois de mim. Eu estava completamente dolorida, mas o que mais me preocupava era ver que Taehyung estava desacordado.

Acompanhei os quatro homens que o levaram para uma casa impregnada de cheiro de incenso. Um médico começou a tratar de nós dois, embora estivesse mais focado no rei. Ele tirou a túnica do tronco de Taehyung e começou a fazer acupuntura, provavelmente para aliviar as dores que ele sentiria ao acordar.

Depois de pouco tempo, um soldado de Silla chegou, perguntando como Taehyung estava. Ele parecia muito preocupado, e eu me perguntei se ele era o tal Jeonghan que Taehyung havia comentado antes.

— Aqui costuma ter essa quantidade de terremotos? — perguntei, sem me lembrar de ter lido sobre isso nos livros da escola.

— Desde que eu nasci, apenas presenciei três. Um faz anos, e os outros dois há pouco tempo. Acho que com tanta guerra, o mundo não está aguentando — falou o médico, que aparentava ter uns cinquenta anos.

Silla Kingdom - Kim TaehyungOnde histórias criam vida. Descubra agora