Termino de cozinhar e provo. Está bom, apesar de não ter todos os ingredientes que eu gostaria.
Caminho pelo castelo até encontrar o quarto do príncipe, seguindo as instruções que ele me deu. Bato na porta e a abro devagar.
Lá dentro, encontro Taehyung sentado de pernas cruzadas, encarando o vazio. Uma mulher está falando com ele, mas ele parece distante, absorto em seus pensamentos.
— Com licença... — falo, insegura. Taehyung sai do transe e olha rapidamente na minha direção.
— Entre — ele diz, com uma expressão séria e a postura firme que mantém em público.
— Sua janta. Espero que goste. Não tinha todos os ingredientes, mas eu fiz o meu melhor. — Coloco a bandeja na cama ao lado dele.
— O príncipe não quer saber de detalhes, plebeia. — a mulher comenta, sem esconder sua antipatia. Ela veste trajes da realeza, com cabelos perfeitamente arrumados, claramente uma figura importante.
— Chaeyoung, não fale assim com o povo do meu reino. — Taehyung repreende, mas sua voz soa hesitante.
Eu fico em dúvida se devo sair ou permanecer, então mantenho a cabeça baixa enquanto eles discutem.
— A partir de amanhã, será nosso reino. — Chaeyoung responde com um ar de superioridade. Surpresa, levanto o olhar para eles, mas rapidamente volto a olhar para o chão, sentindo um pouco de medo. Não sei como devo agir.
Ouço Taehyung suspirar profundamente.
— Estou indo, já que você não responde nada do que eu digo e parece não querer me conhecer melhor. — Chaeyoung ergue o queixo, demonstrando toda sua arrogância.
— Esse casamento serve para unir dois reinos poderosos, não para sermos um casal. Eu não sinto... — Taehyung hesita, como se lutasse para encontrar as palavras certas. — Enfim, gosto da cor vermelha. Use-a amanhã.
Sem dizer mais nada, Chaeyoung sai, batendo a porta ao sair.
Olho para Taehyung, que parece exausto. Ele pega a comida que eu trouxe e coloca no chão, com as mãos levemente trêmulas.
— Não vai comer? — pergunto, preocupada. Ele está pálido.
— Perdi a fome. — Ele faz uma leve careta, como se estivesse enjoado.
— Você precisa se alimentar. Seu reino precisa de você... e eu me esforcei fazendo essa comida. — Tento convencê-lo.
Ele me encara por um momento, depois suspira e pega a bandeja novamente. Prova o arroz, mas faz outra careta.
— Primeiro, seu jeito de falar é esquisito. Ninguém falaria assim com um príncipe. E segundo, o que é isso que você me serviu? Nunca comi algo assim.
— Tentei fazer comida japonesa, mas como não tinha vinagre de arroz, usei soju. Não gostou?
— O que diabos é "japonesa"? — Ele pergunta, confuso. — É bom, mas tem um gosto estranho. Nunca provei nada parecido. — Ele começa a comer com mais pressa, visivelmente faminto, apesar da estranheza do prato.
— O mundo não é só Coréia e China. Eu não posso te explicar tudo em detalhes, porque poderia causar problemas... — Tento cortar o assunto, mas acabo me complicando.
— Eu quero saber em detalhes. — Taehyung insiste, enquanto termina de comer.
De repente, sentimos o chão tremer, primeiro de forma leve, depois com mais intensidade.
— Terremoto! — Ele exclama, se levantando rapidamente e se apoiando nas paredes para manter o equilíbrio. Taehyung segura meu pulso e começa a correr para fora do quarto, com dificuldade devido aos tremores cada vez mais fortes. Vemos muitas pessoas correndo em direção ao quarto do príncipe, mas ao perceberem que ele já tinha saído, todos seguem para fora da vila.

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Silla Kingdom - Kim Taehyung
Fiksi Penggemar|CONCLUÍDA| Yoobin é uma cientista que, desde a infância, sonha em criar uma máquina do tempo. Nos últimos tempos, ela tem tido sonhos repetitivos com Taehyung, o príncipe do reino de Silla, em 660 d.C. Após anos de estudos e tentativas, Yoobin fina...