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Liona

Quatro dias depois

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Quatro dias depois.

Quatro dias que tudo aquilo se passou. Meu corpo estava respondendo melhor aos cuidados que vinha recebendo. Já não sentia mais as tonturas nem as dores de cabeça que me atormentavam. Estava tudo bem... quase tudo. Até aquele dia, eu não conseguia entender o comportamento de Jungkook.

Ele estava cada vez mais próximo de mim. Parecia que o sentimento existente na época de quando éramos adolescentes havia retornado. Depois daquela noite, ele insistiu ainda em dormir novamente comigo, "só para ter certeza" Era o que ele dizia. O engraçado é que eu não conseguia me convencer disso.

─ Trouxe seu chá, Liona.

Margaret adentrou o quarto com a bandeja em mãos, que trazia a minha rotineira xícara de chá calmante. O médico disse precisar relaxar o máximo possível e me manter longe de fontes de estresse.

A duquesa não deixava-me fazer quase nada, ela dizia serem ordens de Jungkook, eu não deveria me esforçar muito. Achava isso um exagero, mas não estava tão disposta a contrariar uma ordem dele.

─ Obrigada. Eu ainda não consigo me acostumar a esse tratamento.

Tomei um gole. Ela se sentou ao meu lado na cama e sorriu como se soubesse a resposta de tudo aquilo.

─ Sabe que todos nesta casa se preocupam com você. Já devia estar ciente disso.

Sabia que alguns ali tinham um carinho por mim, mas chegar a tal ponto já era cabuloso demais para minha limitada imaginação.

─ Sei disso, mas a maneira que eles me tratam agora está um pouco fora... do normal? Antes de tudo, sou uma criada, eu...

Ela rapidamente pousou o dedo em meus lábios ao calar-me.

─ Você é muito mais que isso, e pode ter certeza, logo se tornará o ápice de seu mérito.

Às vezes eu pensava que Margaret sonhava demais acordada. É, devia ser por causa disso que ela era tão feliz.

─ Optarei a isso, obrigada.

Brinquei e depois de uma longa conversa, fomos interrompidas por uma batida na porta. Ela se abriu e mostrou o motivo de minhas confusões.

Era Jungkook.

Sempre assim. Ele chegava do trabalho e a primeira coisa que fazia era ir me ver. Margaret quem havia me contado. Nem se dava ao trabalho de tomar ao menos um copo de água, não, ele sempre ia me ver. Se eu gostava daquilo? Claro que sim, mas não entendia as reais intenções dele.

Seria algum sentimento de culpa ou simplesmente ia por consideração? Não conseguia e, no fundo, não queria encontrar a real resposta daquilo, eu apenas queria continuar vendo seu olhar preocupado sobre mim, já que ele não me amava, pelo menos ele se preocupava comigo.

DONZELA • jjk Onde histórias criam vida. Descubra agora