Capítulo 2

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 Olhei para ele e lancei-lhe um olhar ameaçador.

  -Imbecil. – ele não disse nada, mas o Marcel riu-se, parando de imediato quando o Harry olhou para ele com ódio.

  -Queres ver o teu quarto? – perguntou Marcel amavelmente.

  -Claro.

Gostava do Marcel, era muito simpático e a sua roupa de avô não me incomodava minimamente. Nunca me tinha preocupado com a aparência das pessoas e o Marcel parecia ser o único responsável dos três. No entanto entre o tarado, o cavaleiro das trevas e o esquisito, aqui não havia nenhum normal.

 O Marcel agarrou novamente na minha mala enquanto o Harry olhou para ele divertido e bufou.

 -Pelo amor de Deus, Marcel – disse Harry a rir-se e aproximou-se do seu irmão. – Dá-me a mala, vais cair das escadas por seres tão fraquinho.

  Revirei os olhos, já iam começar.

 -Cala-te, Harry. – disse Marcel.

 -A mim não me mandas calar, esquisitóide – disse o Harry pondo-se à defensiva.

 -Não quero acabar nas urgências porque partiste a cabeça. – disse Harry e Marcel lançou-lhe um olhar ameaçador.

 O Harry começou a caminhar e o Marcel olhou para mim divertido.

 -Se ele quer levar a mala só para impressionar, tudo bem. – disse eu revirando os olhos.- Que "macho".

 O Marcel riu-se e negou com a cabeça.

 -Agradas-me.-disse ajeitando os óculos.

-Tu também me agradas.

O Marcel não disse nada e o Harry parou à frente da porta para olhar para mim com um olhar atrevido.

- Bem –disse Harry, sorridente. – Este é o teu quarto.

Abriu a porta para deixar ver um quarto simples mas bonito, com umas letras na parede que diziam "The nights we felt alive". A cama era grande, de casal. Sentei-me nela, o Harry e o Marcel entraram no quarto.

- Gostas? – perguntou o Marcel colocando bem os óculos. Afirmei.

- Sim, é perfeito. – disse e vi como Harry tinha um sorriso enorme

-Eu sei. – disse ele maliciosamente. – E o que vai acontecer nele também.

Bufei. Já estávamos nisto novamente. Ele não se cansava? O Marcel abanou a cabeça negativamente.

- Sim, o perfeito estalo que te vou dar se te aproximares de mim outra vez. Anormal.

O Harry voltou ao mesmo de sempre, mas eu ignorei-o. Estava cansada devido à viagem e a única coisa que tinha vontade de fazer é dormir, mas o Harry não tinha intenções de me deixar em paz mesmo que o seu irmão repetisse vezes sem conta que o fizesse.

 -Podem parar de fazer barulho? – disse Edward ao entrar no quarto. Tinha mudado de roupa. Levava um gorro de lã, uma camisola sem mangas preta, que deixava à vista as suas tatuagens, e umas calças da mesma cor. – Estão a incomodar.

-Já chegou o senhor obscuro. – disse o Harry gozando com o Edward. Este último olhou para ele de muito mau humor.

-Olha, rapaz – disse Edward aproximando-se do seu irmão. – Não estou com vontade de aturar idiotas como tu. Não me chateies, porque não me vai interessar minimamente que sejas meu irmão.

O Harry olhou para ele sério, mas não disse nada. Intimidava. O Edward intimidava muito. O seu aspeto, apesar de ser igual ao dos outros dois, era muito mais imponente. A sua linguagem corporal impunha respeito, parecia que levava um cartaz na testa a dizer "não se aproximem de mim".

Os Trigémeos Styles (tradução)Onde histórias criam vida. Descubra agora