Capítulo 41

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-Bella, anda. - disse Gemma espreitando pela porta do meu quarto. - Os meus pais chegaram.

Ajeitei o cabelo nervosa. Meu Deus, os pais. O que diriam de mim quando vissem que só falo com o Edward e mal? Quando vissem que ultimamente não era muito bem-vinda entre os trigémeos? Porque depois de discutir com o Harry, da situação com o Marcel e tendo o Edward como sempre contra mim, as coisas não estavam bem. Nada bem.

Pus bem a camisola e olhei-me outra vez no espelho antes de sair do meu quarto nervosa. Quase não tinha saído desde a manhã anterior quando discuti com o Harry. E este não fez sequer o esforço de falar comigo, ainda que obviamente eu também não tinha feito nem tencionava fazer. Nem sequer o tinha visto, mas uma raiva profunda crescia no meu interior cada vez que pensava nele.

Fui à sala de jantar e encontrei a Gemma sentada no sofá, enquanto o Marcel abraçava um homem e o Harry a uma mulher. E o Edward, bem, o Edward estava a olhar para eles com indiferença. Que novidade.

Olhei para o Harry e afastei o olhar rapidamente. Não estava preparada para o ver, ainda que soubesse que aconteceria. Não conseguia sentir nada para além de ódio ao olhar para ele. Porém, admito que me sentia um pouco estranha por não o ter colado a mim o dia todo. Cruzei os braços e olhei para a situação com boa cara. Mesmo que não a quisesse pôr. 

-Já chega. - disse Edward separando o Harry da sua mãe. - O menino da mamã já demonstrou o quanto sentiu a falta da mãezinha. - a sua mãe negou com a cabeça divertida. Para ser sincera, era lindíssima. Agora já percebia o porquê dos seus filhos serem umas obras primas. O Edward abraçou a sua mãe e esta fez o mesmo. - Mãe, esta casa precisava de ti.

-Já estou a ver que o menino da mamã és tu. - disse Harry em tom de gozo mesmo antes de que o seu irmão lhe desse um pontapé nas costas. - Au. - queixou-se.

-Cala-te, caralho. - disse Edward.

A mãe do Edward separou-se do abraço e olhou seriamente para ele.

-Eddie. - disse ela. - Cuidado com a linguagem.

-Mãe, tinha saudades de te ouvir dizer isso. - disse Edward divertido e abraçou de novo a sua mãe. Ela riu e depois separou-se do seu filho.

Mordi o lábio e a mulher, a qual ainda não sabia o nome, aproximou-se de mim. Engoli em seco nervosa, sentindo-me por primeira vez em muito tempo uma estranha na casa dos Styles. Era uma sensação estranha, dessas que são tão incómodas que a única coisa que desejas é desaparecer. Eu só queria agradar.

Olhei-lhe nos olhos, como normalmente fazia com toda a gente. Gostava de fazer isto, porque dessa maneira sentia que me ligava mais às pessoas.

Ela sorriu amavelmente e eu imitei o gesto.

-Olá. - disse ela. - Tu deves ser a Bella, certo?

-Sim. - respondi. - Prazer.

-Sou a Anne, a mãe destes desastres. - disse ela divertida. - Os três falaram-me muito bem de ti, sabias?

Os três? Mas se eu não me dava com nenhum deles. Achei aquilo estranho, mas de qualquer maneira agradeci o gesto.

-Sobretudo o Edward. - disse baixinho e eu arregalei os olhos.

-O Edward? - perguntei incrédula e ela assentiu divertida.

Bem, isto é muito estranho. Pelos vistos o cavaleiro das trevas elogiava-me à sua mãe.

-Sim. - disse ela. - Ele consegue ser muito carinhoso. - fez uma careta. - Mas isso acontece tão poucas vezes que podes contá-las com apenas uma mão.

Os Trigémeos Styles (tradução)Onde histórias criam vida. Descubra agora