Capítulo 32

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[Dylan Fox]

Enquanto dirijo o mais rápido e seguro que eu posso até a minha casa, vejo o quão perigoso está ficando estar nessa chuva, ainda mais de moto. Estou com uma jaqueta cobrindo meu corpo, enquanto o capacete já está todo encharcado. Mal consigo abrir meus olhos, por conta das gotas de chuva caindo, mesmo estando com o capacete fechado. Porém, freio bruscamente a moto ao ver que havia um cãozinho na chuva, de cabeça baixa e tremendo. Ele também estava muito encharcado e eu não podia deixá-lo ali, no frio, sozinho e abandonado.

Peguei ele no colo e vi um jeito melhor de esperar a chuva passar a ajudar esse cachorrinho. Como a casa da minha noiva e da minha cunhada eram mais próximas do que a minha casa, eu decidi esperar lá. Ao estacionar a moto com cuidado, deixei ela embaixo de uma árvore, para não molhar tanto. Corri até a porta da casa das meninas e bati na porta, logo ouvindo o som da mesma abrindo.

Marina estava com uma camisola e meio confusa por eu ter aparecido lá repentinamente.

— Entra! — ela diz, puxando meu braço e fechando a porta rapidamente. — Tadinho... — ela se aproxima, acariciando seus pêlos que estão bem molhados.

— Eu encontrei ele na chuva e não pude deixar ele lá. Amanhã eu levo em um veterinário, não sei. Mas agora preciso de um lugar para ficar até a chuva passar. — eu digo, suspirando.

— Tá, tudo bem. Se quiser dormir aqui, tudo bem. A Mariana me deixou sozinha para ficar com o Nash, mesmo... — resmunga e eu dou uma risada. — Mas primeiro vamos aconchegar essa coisa fofa e depois você vai tomar um banho. Tem algumas roupas suas lá em cima. — ela fala e eu balanço a cabeça.

— Pega um pote e coloca água. Tem alguma coisa para dar para ele comer? Ele deve estar faminto! — digo, o segurando em meus braços.

— Ah, já sei! A minha vizinha pediu para eu ficar com o cachorro dela enquanto ela ia para a lua de mel dela, deixou um pouco de ração e esqueceu de buscar. Tem um pouco mas já é o suficiente. — ela fala, enquanto vai até o armário, voltando com um pacote tamanho médio de ração. A mesma pegou dois potes e assim fez: um colocou água e no outro colocou a ração. — Vou pegar uma toalha para ele... ele está tremendo, tadinho! — minha noiva diz, e eu balanço a cabeça, colocando o cachorrinho no chão e vendo ele ir meio desesperado até o pote, ao ver que era comida. Fico tão triste em saber que muitos cachorros, gatos e outros animais estão abandonados, quando poderiam distribuir amor por todo o mundo.

Marina volta com uma toalha azul em mãos e parecia que ela não usava a mesma. Coloquei em volta do cachorro, enquanto o mesmo comia e bebia.

— Agora você... vai lá em cima tomar um banho e escolher uma roupa, que eu cuido dessa coisa linda. — fala e eu sorrio, antes deixando um selinho em sua boca. A mesma sorri e eu subo as escadas, indo em direção ao banheiro do corredor.

Após estar devidamente tomado banho, sai do banheiro, enrolado em uma toalha, e peguei uma roupa, que não foi difícil achar. Eu dormi aqui algumas muitas vezes e deixei roupas, então... Me visto e desço novamente as escadas, vendo minha namorada encantada com o peludo de quatro patas.

— Você vai... colocar ele em um abrigo ou algo do tipo? — ela indaga, cruzando os braços, claramente com frio.

— Eu ia ficar, mas se você quiser ele, vai ser melhor ainda... — digo e ela sorri.

— Tá, eu vou ficar com ele. Ela é tão lindo e fofo! — diz, se aproximando. Beijo-a e seguro seu maxilar com minhas mãos, sentindo seus lábios contra o meu. Ela pôs suas mãos em meus braços e eu sorri entre o beijo, antes de me separar dela.

Em relação ao casamento e o atraso do acontecimento dele, Marina ficou doente, durante um bom tempo. Ela era a pessoa principal que estava ajeitando as coisas para o casamento e afins, e eu não ia pensar em casamento quando ela estava doente. Cuidamos dela e ainda bem que ela está bem melhor. Mas aos poucos estamos resolvendo as coisas para o acontecimento do casamento.

No rules {2} Onde histórias criam vida. Descubra agora