Capítulo 38

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[Marina]

Vou deixando rastros de beijos desde a sua boca até o seu pescoço. Ele suspira em resposta e me seguro com mais firmeza, se levantando e indo até o nosso quarto. Dylan me prensa na parede e eu sorrio, bagunçando os seus cabelos com minhas unhas grandes e bem cuidadas. Sinto um arrepio percorrer meu corpo e então ele tomo meus lábios em um beijo apressado, mas com vários sentimentos envolvido. Após o ar ficar em falta, meu noivo desce seus beijos para o meu pescoço, desencostando-me da parede e indo em direção à nossa cama.

Ouvimos a campainha tocar, mas Dylan não dá a mínima, continuando com seus beijos em mim. Provavelmente é a vizinha chata mais uma vez pedindo para nós pegarmos a bola do filho dela que caiu no nosso quintal. Não ligo para a campainha, até que ouço uma voz gritando meu nome e o de Dylan. Mariana...

— Dylan, é a minha irmã. Preciso atender... — digo, vendo ele suspirar e cair no meu lado na cama. Rio e me levanto, sendo seguida por ele, que me abraça por trás e morde o lóbulo da minha orelha. Sorrio, descendo as escadas e indo até a porta. — E aí?! — digo sorridente, segurando a maçaneta da porta. Porém, após ver o rosto vermelho e o semblante triste dela, rapidamente arregalo os olhos, puxando ela para dentro de casa. — O que aconteceu? — indago.

— Eu e o Nash brigamos. — diz suspirando e fungando o nariz. Dylan aparece da cozinha e sorri para minha irmã.

— Eita, o que houve? — ele pergunta, claramente percebendo o quão mal ela estava.

— Eu vou subir com ela. Ela precisa de mim agora, tudo bem? — digo para Dylan e ele balança a cabeça, assentindo. Vamos andando até o meu quarto e eu fecho a porta, suspirando e vendo Mariana de sentar em minha cama.

— Ajeita esse cabelo bagunçado, Marina. — ela diz e eu rio sem graça, olhando pelo espelho da minha penteadeira e ajeitando-o.

— Agora me explica... — digo.

— O Nash foi de surpresa me buscar no hospital. E aí quando ele chegou, eu estava conversando com o Mark no refeitório. Eu disse que antes de ir tinha que ir buscar minha bolsa e Nash ficou esperando lá no refeitório. Só que aí, em meio a essa minha busca pela minha bolsa, Nash e Mark ficaram conversando. Pelo o que eu entendi, Mark ficou provocando Nash, dizendo que vários caras já deram em cima de mim e que Nash tinha que ficar mais de olho. Babaca! — ela respira fundo, antes de continuar. — E aí... discutimos, ele não gostou nada de Mark ser meu amigo, mesmo ele ja tendo dado em cima de mim. E foi isso... eu disse que era para ele me deixar em paz e sabe-se lá onde ele foi. — ela diz e eu engulo em seco.

— Eu nunca fui com a cara daquele Mark. Não sei o porquê. — digo, me sentando ao seu lado.

Mariana suspira e se deita em minha cama, abraçando o pequeno travesseiro que tinha ali.

— Eu odeio ficar brigada com o Nash. Mas eu sou orgulhosa demais para ir falar com ele. — diz, olhando para o nada.

— Mas dessa vez, quem está errado é ele. — digo, começando a aconselhá-la. — O Nash tem ciúmes, assim como qualquer outro namorado. Mas ele tem que confiar em você, e colocar na cabeça dele que você não seria capaz de fazer tal ato de traí-lo. Todo esse chilique dele por pouca coisa foi bem sem noção e é ele quem deve desculpas a você. Não chora, por favor... — digo, após ver que em seus olhos se formavam lágrimas. A abraço brevemente e acaricio seus cabelos, tentando de alguma maneira fazer com que ela se sinta um pouco melhor.

— E se o Nash não vier se desculpar? Você sabe o quanto ele é orgulhoso. — ela diz, rouca, me encarando com os olhos pequenos e rosto molhado pelas lágrimas.

— Mais orgulhoso que você... duvido! — exclamo, tentando fazer com que as coisas não ficassem tão tensas, mas falho miseravelmente.

Meu celular toca, interrompendo nossa conversa. O pego em cima da minha penteadeira e vejo que é o "só faz merda" do meu cunhado. Penso em não atendê-lo, mas tenho certeza que ele está atrás da minha irmã.

— Quem é? — ela pergunta baixo e eu sorrio fechado, respondendo-a:

— Ah, é uma amiga do trabalho. Volto já... — digo e desço as escadas, indo até a cozinha, lugar que ela não escutaria minha voz.

Eu e Nash conversamos brevemente, mas tenho certeza que ele percebeu que eu estava BEM brava. É bem melhor eles conversarem quando as coisas ficassem mais normalizadas. E essa viagem para a casa dos nossos pais vai ajudá-la, disso eu tenho certeza.

Subo novamente as escadas e vou até o meu quarto, encontrando ela chorando ainda mais. O Nash está ferrado na minha mão!

— Mariana... — falo, me aproximando e acariciando seus cabelos.

— Não se preocupa. Sério... eu vou ficar bem. É só que, como eu disse, eu não gosto de ficar brigada com ele. — diz, passando as mãos em seu rosto e se levantando. — Vou tirar as malas do carro. — ela diz e eu assinto. Ela vai andando e eu suspiro.

Mariana é minha irmã, e tendo essa ligação, quando ela está mal, eu também fico mal. Eu não posso ver ela sem o típico sorriso no rosto e as piadas sem graça dela. Eu amo ela e não quero que ninguém a faça mal. Se bem que, as vezes, eu quero guardá-la em um potinho, mas em outras vezes eu quero jogá-la da janela do meu quarto. Porém, apesar disso, eu a amo muito!

Ela volta, com as malas em mãos e coloca no quarto. Sairemos daqui de madrugada e minhas malas já estão prontas.

— Má notícia para mim... esqueci uma mala. — diz e eu me surpreendo. Será só um dia e ela vai levar três malas. Ela trouxe a casa dentro das malas?

— Vai buscar agora ou quando formos para o aeroporto? — indago.

— Quando formos o aeroporto. — ela responde e eu assinto com a cabeça.

— Tudo bem. Se quiser descansar um pouco antes da viagem... Com toda essa turbulência de acontecimentos, você merece um descanso. — digo e ela assente, suspirando fundo e se deitando em minha cama. A cubro com um lençol quente e fecho a porta do quarto, descendo as escadas.

— Ela está melhor? — Dylan indaga, encostado no balcão da cozinha e bebendo água.

— Está, sim. Foi uma briga com o Nash. Ciúmes... — digo, me aproximando dele. Ele põe o copo em cima da pia e eu suspiro.

— Ciúmes sempre atrapalhando os relacionamentos... — ele diz e eu concordo com a cabeça. Abraço seu tronco, sentindo ele acariciar meus cabelos.

— Você vai me ajudar a arrumar a casa antes de eu viajar. — falo, erguendo um pouco da minha cabeça e o encarando.

— Eu tô tão cansado... — ele diz, me encarando, com o típico drama.

— Engraçado, que quando estávamos no nosso momento antes da minha irmã chegar, você não estava cansado... — digo, sentindo sua mão descer até a minha cintura, a apertando.

Ele apenas deu aquele sorriso de canto que eu não consigo resistir e atacou meus lábios, mordendo-os e me fazendo sorrir em seguida. Fechei meus olhos após sentir sua boca em meu pescoço. Uma mordida foi deixada no lóbulo da minha orelha e eu suspirei. Dei impulso para subir em seu colo e senti suas mãos segurando minhas pernas. Logo, eu já estava sentada no balcão, enquanto Dylan estava entre as minhas pernas.

No rules {2} Onde histórias criam vida. Descubra agora