Quando Oliver decide se mudar para Rouen, na França, após a morte de sua mãe, ele acredita de que é possível deixar seu passado inteiramente para trás enquanto segue sua vida ao se dedicar a floricultura em que trabalha, porém tudo retorna à tona qu...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Certo tempo passou, exatamente uma semana e meia, chegando rapidamente a segunda-feira, onde Oliver pôde notar que Maxine realmente não possuía tempo para lhe acompanhar no almoço, já que ele sempre furava o compromisso por algum motivo; algo sempre dava errado, ou surgia alguma tarefa a ele. Acabou ficando sem ânimo no fim de contas, mas não culpava Maxine, aliás ele não tinha culpa de absolutamente nada, estava apenas cumprindo a sua rotina. Porém confessava que sentia uma falta incabível de não ter mais Maxine ali às três horas da tarde de vez em quando, e até de escutar música na hora do expediente; na verdade, conseguia sentir saudades até das provocações chatas de Noah que não retornaram a acontecer já que Maxine não passava mais lá, e se passasse não era mais necessário a desculpa de que seu cacto não crescia, pois ele sempre dava-lhe um update sobre.
Preparava-se para dar uma pausa no expediente, não custando para finalmente sair, mas daquela vez tendo a surpresa de ver Maxine do outro lado da rua lhe aguardando, claramente inquieto. Os olhares se cruzaram, resultando em curtos sorrisos estampados nos lábios de ambos, portanto Oliver tratou logo de atravessar a rua, sem deixar o outro esperando. Entretanto, assim que chegou à calçada, recusou disfarçadamente em segurar a mão do outro como ele lhe ofereceu, pois estavam em público, e não deveria passar por algum risco logo ali. Enfim, o loiro soltou um suspiro com aquele ato, não demonstrando sua minúscula frustração, porque no fundo realmente o compreendia em relação a hesitação de andar de mãos dadas com alguém do mesmo sexo; já era 2018, mas as pessoas não haviam evoluído tanto como esperado.
Sem mais delongas, tentaram formar algum assunto ao mesmo tempo que andavam em direção a um restaurante simples que fosse perto. E ainda em relação aos assuntos que formavam: não era mais difícil como no começo, sabiam fazer aquilo tão facilmente ao ponto de soar que se conheciam há mais tempo do que realmente chegavam a se conhecer.
Sentaram em uma mesa, e Maxine tratou logo de sair para que fosse comprar café ao lado, pois era sua preferencia do dia, pelo motivo que não tinha se segurado em comer algo logo antes de Oliver. Não custou tanto tempo para voltar como julgou, enquanto o moreno se distraía com a rua e todo o movimento das doze horas da tarde.
— Eu te contei que consegui um papel na apresentação que vai ter daqui a três meses? – Maxine comentou repentinamente; Oliver já com seu prato em mãos que tinha montado do self-service.
— Sério!? Parabéns, eu sabia que você ia conseguir. – sorriu, tomando suco.
— É, mas eu tô mais preocupado com o resultado da audição que ainda não saiu. – Contorceu os lábios, dando um gole nervoso em seu café gelado só de pensar na possibilidade de não ter passado.
— Ei… – Tomou coragem para passar os dígitos entre cabelos loiros de Maxine, deslizando por seu braço. — Você sabe que é ótimo, não se preocupe, sim? – Não era o melhor em dar conselhos, nem sequer sabia como resolver seus problemas internos, mas quis ao menos confortar Max.
