Capítulo 9.

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Não ficaram por muito tempo na sorveteria, logo indo para suas devidas casas

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Não ficaram por muito tempo na
sorveteria, logo indo para suas devidas casas. Oliver finalmente lembrou da flor que planejou dar a Maxine naquela noite. Quando chegou em casa, já era tarde demais; talvez desse a flor no dia seguinte, caso ela não estivesse morta, o que lhe deixava desanimado ao pensar nessa última probabilidade, porém não tanto quanto a conversa que havia tido com o outro. Não tinha mais o que ser dito, o diálogo havia tido seu ponto final e Maxine não estava mais ali, e nem possuía uma máquina de rebobinar o tempo.

Questionou-se o que aconteceria se tivesse ousado negar aquele pedido, e a resposta lhe fez notar que talvez tenha feito o certo. Não queria mais magoar Maxine em relação àquele assunto, e pretendia não retornar para aquele mesmo ponto tão cedo, porque era estressante. Agora, o mais difícil seria realmente fazer o que lhe foi dito e caso não fizesse, poderia dizer ao menos que tinha tentado, contudo precisava ser sincero caso não conseguisse realizar a tarefa, não queria mentir ou fingir que não havia conseguido. Era um risco necessário, porque preferia tomar aquela atitude do que distanciar-se de Maxine por tempo indeterminado, por mais que agora estivesse totalmente confuso, banhado pelo medo do que tinha de fazer.

Deitou-se no sofá, soltando um longo suspiro e fechando os olhos, não querendo pensar mais sobre o assunto, apesar de estar ciente que seria impossível. Pegou seu celular, pôs uma música, abriu um jogo e nada lhe distanciou daqueles pensamentos. Precisava firmar melhor a ideia de se assumir para o seu amigo, para no fim, concluir; entretanto, como poderia fazer algo assim quando sabia que Noah era cristão e além disso, seu único amigo naquela cidade? Era complicado não deixar suas inseguranças virem à tona naquela situação.

Não pôde se concentrar em nada naquela noite, nem mesmo em seu próprio sono, acabando por ir dormir tarde, após um banho frio. Quando conseguiu adormecer, fora em cima do sofá enquanto assistia algum documentário chato que nem sequer sabia o nome.

No dia seguinte, ao notar a sala se tornar mais clara pela luz do dia que invadia as frestas das janelas, banhando as plantas da casa, despertou lentamente, antes mesmo do despertador tocar, porque seu sono estava leve demais para se incomodar com qualquer movimento diferente ou luz. Permaneceu um bom e longo tempo deitando ali, refletindo em como faria para encontrar Noah no trabalho e não pensar que deveria se assumir para ele, achando-se ridículo por pesquisar dicas para tornar o fato de se assumir mais comum; nem sequer chegou a ler, apenas desligou a tela do celular. Somente tirou o celular de cima do peito outra vez quando o aparelho vibrou com algumas notificações, que eram as mensagens de Maxine.

"Hey, o que eu disse ontem... não se sinta pressionado, de verdade, só espera que entenda meu lado... Porque acho justo te dizer o que anda me incomodando, da mesma forma que espero que você também me diga o que anda lhe incomodando..." foram as primeiras palavras da mensagem, e logo depois veio: "uma hora ou outra vai ter que acontecer, você só está indo aos poucos e precisa disso... não tenha medo, Noah é um cara legal e nem todo cristão odeia gays..." Oliver suspirou com aquilo; era como se Maxine estivesse lendo seus pensamentos no momento, porque como ele poderia saber que estava pensando sobre isso logo tão cedo?

Cactus - CONCLUÍDO.Onde histórias criam vida. Descubra agora