Chegar e dizer que ama é fácil, difícil é provar. Se ama mesmo, prove, não deixe que outra pessoa chegue e faça isso para você. Não seja bobo, vá atrás de quem verdadeiramente ama.
Malu: Fique animada, você vai conhecer novas pessoas e vai que você desenrola com algum vapor?- brinquei.
Gaby: Posso ser sua irmã, mas não sei ser safada a esse ponto.
Malu: Louca, eu não sou safada. Só estou dizendo, você mesmo não me disse que terminou o namoro e está solteira? Homem é o que não falta aqui.
Gaby: Por isso mesmo, eu gosto do Marlon ainda, só terminei por conta da distancia. Mas com o tempo eu vou perdendo o interesse e me envolvendo com novas pessoas...
Malu: Sei, eu vou me arrumar. Depois a gente vai.
Gaby: Ok.
Sorri deixando ela terminar de guardar as roupas no seu guarda roupa.
A gente já tinha saído, conversado bastante para nos conhecermos melhor.
Hoje vai ter uma resenha na casa do Vitinho, uma festa com churrasco daqueles que só ele consegue fazer.
Chamei Gaby, assim ela conhece novas pessoas e se inturma com todos.
Eu decidi que vou falar com o Kalego, me abrir para ele e me declarar de uma vez ao invés de ficar me machucando e machucando ele.
Estou mesmo disposta e pronta para amar alguém e fazer ele feliz.
Sai do banheiro com a toalha na cabeça, vesti minha calcinha e sutiã de renda, sequei meu cabelo e em seguida passei uma prancha.
Roupa:
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(óculos também)
Calcei meu tênis branco, coloquei meu celular no bolso do meu short.
Passei mais perfume e sai do meu quarto, passei no quarto da Gaby e ela não estava, fui para a sala e a mesma estava lá.
Gaby: Bora?
Malu: Opa, bora.
Ela sorriu feliz.
Saímos de casa e tranquei a porta, entreguei a chave para ela que guardou na pequena bolsa dela.
Fomos direto para a casa do Vitinho, a casa estava cheia aliás.
Puxei Gaby para subirmos para a laje aonde ultimamente todos ficam, passei meu olho pelo lugar e avistei as meninas.
Tati: E aí?- nos abraçou.
Gaby: Parece que está o morro inteiro aqui, de tão cheio.
Tati: Realmente, Victor é desses, de ficar chamando um monte de gente para vir aqui na festa.
Jéssica: Mas todos são de confiança, fica tranquila.
Gaby: Tô tranquila, aliás, estou na minha nova casa. Aonde vou morar para o resto da minha vida.- elas riram.
Eu procurava o Kalego, mas não o achava de forma alguma.
Eu tinha que falar com ele, eu necessitava de falar com o mesmo, não posso esperar por tanto tempo.
É agora ou nunca.
Gaby: Quem você procura, irmã?
Malu: Ninguém- peguei a cerveja da mão da Tati que me ofereceu assim que voltou do freezer.
Jéssica: Esse ninguém Gaby, se chama Kalego.
Gaby: Quem é esse?
Tati: Meu irmão, o dono do morro que é completamente apaixonado por ela e ela também. Só que Malu está de cu doce para ele.
Jéssica: Até então, eles não estão juntos.
Malu: Eu não estava de cu doce, eu estava com medo de me magoar em mais relacionamento.
Gaby: Entendo, mas você também tem que dar chance para quem tá se esforçando e te mostrando o amor infinito.
Malu: Sei disso, por isso mesmo estou procurando ele, pra aceitar ao pedido que ele me fez.
Tati: Até que em fim, senhor.
Jéssica: Agora vai!- elas riram.
Malu: Só vai se eu encontrar ele e se ele aceitar, talvez ele tenha desistido de tanto que eu enrolei.
Tati: Não creio que meu irmão faça isso, ele gosta mesmo de você.
Gaby: Vai atrás dele.
Olhei para ela e em seguida para as meninas, e as mesmas concordaram com a cabeça para mim ir atrás do mesmo.
Sorri para elas e sai atrás do Kalego.
Na laje ele não estava, desci e fui em todos os lugares a procura dele. Fui até neguinho, perguntei sobre ele mas ele não soube me dizer onde ele está.
Entrei no banheiro e acabei presenciando uma cena desagradável.
Kalego: Malu?- se afastou da Yara e me olhou e sai dali no mesmo momento secando as mínimas lágrimas.
Não tenho motivo para chorar.
Ainda não estávamos namorando mesmo, fui até a cozinha e peguei um copo de água.
Kalego: Malu, desculpa...
Malu: Desculpa por que? Você é livre, não temos nada demais. Você pode ficar com quem quiser, não posso culpar você.
Kalego: Não chora, para, tá legal? Tú tinha me pedido um tempo, tú demorou e achei que tinha desistido. Tú sabe que tô tendo direito.
Malu: Isso mesmo que eu estou falando, acabei não aguentando. Eu vou subir, depois a gente se fala.
Passei por ele, vi Yara me olhando de longe sorrindo vitoriosa.
Ignorei e subi, fui até as meninas e peguei a vodka da mão da Tati e virei o copo inteiro na minha boca.
Jéssica: Ei, calma maluca. Quer ficar bêbada mais uma vez?
Malu: Sim, isso me faz bem.
Fui até o freezer pegando uma tequila, peguei um copo em cima da mesa e despejei a bebida. Voltei até as meninas começando a dançar com as mesmas. Não vou culpar o Kalego, não tínhamos nada mesmo, mas se me machucou? Machucou muito de verdade. Mas não posso pensar mais nisso...
