• Capítulo 13 •

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Neguinho🕷

Garota sensacional.

Nunca conheci uma mina tão legal como ela, a mesma me entende, eu entendo ela e sempre estamos de bem.

Eu sempre olhei pra ela com outro olhar, mas nunca com aquele de que já queria.

Era uma amizade, agora tá virando outra coisa muito forte, o que me deixa receoso tá ligado. Vai que dá merda.

Jéssica: Estou louca para saber se é menina ou menino.

Neguinho: Se vir um muleque vou por juízo na cabeça dele e se for menina, vai ser gatinha que nem a mãe.

Jéssica: Obrigada mesmo Ricardo, realmente eu só tenho você, sempre fui sozinha. Sem família...

Neguinho: Tu sabe que pode contar comigo com o que precisar, agora tu tem eu e teu cria aí.

Jéssica: Pena que vai demorar muito tempo para nascer.

Neguinho: Vish, esses meses passam rápido, daqui a um tempo ele tá correndo pela casa aí.

Jéssica: Sou louca pra isso acontecer.

Vi ela sorrir de orelha a orelha, mordi meus lábios vendo os seus lindos em meio ao sorriso.

Eu ainda estou respeitando ela, nunca tentei nada pra não estragar o clima de amizade que existe entre a gente.

Por enquanto ela mora comigo, eu obriguei ela a vir.

Não quero deixar ela grávida sozinha em casa, ela é praticamente sozinha, os pais morreram e mal sabe do resto da família.

Então achei melhor cuidar dela e do menorzinho.

Já que o imprestável do Gaab, fez aquilo com ela.

Jéssica: Compra duas melancias partidas no meio, quatro chips, umas dez fini, nutella, uma coxinha ali na lanchonete e uma fanta laranja.

Neguinho: Eu falei que iria fazer a compra do mês.

Jéssica: Essas coisas também fazem parte da compra do mês, só que essas coisas são para mim.

Neguinho: Mó egoísta tu.

Ela ignorou jogando no meu celular, beijei sua testa e peguei a chave do carro e sai de casa.

Fui até o mercadinho que tinha ali perto mesmo e compre as bagaças que a mina pediu, fiz as compras do mês também e fui logo pagar.

Depois levei tudo pro carro, fechei ele e fui até a padaria em frente.

A nêga adora um mussi, aproveitei e comprei um de chocolate e outro de limão que ela havia me cobrado.

Voltei pra casa e ela estava com cara de puta olhando para o espelho da sala.

Sempre é assim.

Um surto do nada, eu verdadeiramente não entendo essas mulheres.

Neguinho: Qual é o problema dessa vez?- perguntei depois de ter deixado as bolsas na cozinha.

Jéssica: Tô me sentindo uma verdadeira ogra, me sentindo gorda, feia...

Neguinho: Viajou, falô? Tu tá linda do mesmo jeito, não tá gorda, e mesmo se engordar vai ficar linda. Não tem que ficar se rebaixando dessa forma, tu é gatinha do jeitinho que tu é.

Abracei sua cintura olhando pra ela pelo espelho enquanto suas lágrimas escorriam pelo seu rosto.

Jéssica: Você não tá falando isso pra mim, pra eu ficar feliz, né?

Neguinho: Não, quero dizer, também. Mas eu tô falando a verdade, pode ter certeza que até esse cria aqui vai ser lindo que nem tu.- lhe fiz cócegas.

Jéssica: Para Ricardo- ela começou a rir.

Neguinho: É esse sorriso que eu gosto, é esse sorriso que tem que permanecer no seu rosto.

Ela fechou o mesmo, mas abriu em seguida de lado.

Beijei sua bochecha e ela revirou os olhos feito debochada, peguei na sua mão e acompanhei a mesma até a cozinha.

Jéssica: Hm... Mussi!- pegou a colher enfiando o alimento na boca.

Sorrir encarando seu rosto lambuzado, peguei uma água e bebi a mesma.

Neguinho: Eu vou passar na boca, mais tarde eu volto.

Jéssica: Não você vai ficar.

Neguinho: Não posso nêga, tem um monte de parada louca pra resolver lá, Kalego nem hoje tá, por isso eu tenho que ir.

Jéssica: Hoje é domingo e outra, pede pro Vitinho pra fazer as coisas por você. Mas tu fica comigo.

Neguinho: Tu não pode me mandar ficar.

Jéssica: A não?

Saiu correndo e fui atrás, a mesma trancou a porta e pegou a chave.

Neguinho: Me dá a chave Jéssica, eu tenho que ir nêga, posso dar mole no meu trampo não.

Jéssica: Não Ricardo.

Guardou a chave dentro do peito e saiu andando de volta pra cozinha.

Se eu pudesse eu pegava dentro do peito dela, mas eu ainda não vou fazer isso, sei que ela ainda está pensando em outra pessoa.

Nem quero magoar ela.

Quero fazer o bem pra ela e cuidar da mesma com meu carinho todo.

Mas quero dar um tempo para ela pensar, tá ligado.

Neguinho: Tá bom, eu fico.

Jéssica: Maratona de filme?

Neguinho: Só porque tu tá carentizinha hoje, porque por mim, eu iria colocar meu jogo.

Ela riu pegando aquelas doces e me puxou para irmos pra sala.

Ela ligou a TV colocando num filme de comédia romântica, nem sabia qual era, nem questionei.

Vai que ela começa a chorar.

Chora por tudo também.

Ela deitou no meu peito e abriu sua fini, me ofereceu uma e comi.

Fiz cafuné na mesma sentindo aquele momento tá ligado.

Eu gosto dela, mas mem posso admitir agora, ela ainda não tá preparada, vou esperar o momento certo.

Eu tô mó disposto à criar uma família com ela tá ligado, eu vou ser o pai pra essa criança, o pai que ela nunca teve. Vou tratar as duas como minha própria vida sabe, quero ver alguém tocar.

Coração bandidoOnde histórias criam vida. Descubra agora