• Capítulo 06 •

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Kalego☠

Sinceramente rapaz, ser traficante é um completa desafio, enfrentar os medos e consequências.

Hoje tu pode tá vivo, amanhã tu pode tá sendo enterrado numa cova fei.

Tem que ter consciência de que um dia tu não vai olhar por onde anda, vai tropeçar e vai cair num poço sem fundo.

Já tropecei umas três vezes, mas acabei dando a volta e fugindo da prisão, nunca deixei pra lá.

Eu sempre consigo o que eu quero.

Tubarão: Tu sabe mano, a partir de semana que vem o Bope vai tá mais informado da gente. Então o certo é fazer um assalto de imediato, pega tudo que é deles.

Kalego: Tô ligado, mandei os mano ir levar os vapores para o galpão de treinamentos. Pra atirar e tudo, caso os verme aparece e mete bala.

Tubarão: Chegou algumas bombas lá na Vila Cruzeiro, eu mando trazer algumas pra cá e nós utiliza no assalto.

É assim, Bope deu um sinal nois dá o bote, acaba com tudo antes deles.

Se esse morro for pacificado vai acabar com tudo, ainda mais vai acabar com o do Vila Cruzeiro também, com todo o tráfico que construímos tá ligado.

Neguinho: Fei tu não sabe quem tá morto. - entrou fechando a porta.

Kalego: Quem?

Neguinho: O Cobra, dono da Penha.- eu levantei na mesma hora- O novo dono de lá agora é o Taturão.

Kalego: Fudeu, merda, caralho tinha que ser o Taturão? Porra ele vai querer vingança, eu matei o pai dele, que merda.

Tubarão: O Caranguejo?- assenti- Aquele lá era brabo, ninguém conseguia enfrenta-lo, tu teve muita sorte.

Kalego: Eu tinha que fazer algo, ele matou meu coroa fei, merecia muito mais. O caso agora é, vigiar o Taturão em cada passo que ele der contra mim.

Neguinho: Pode pá, ele tá no papo.

Tubarão: Pode contar comigo falô? Qualquer coisa, eu venho e te ajudo com o maluco lá.

Kalego: Beleza- fiz toque com ele- Topa uma gelada?

Tubarão: Só vamos.

Levantamos da cadeira e saímos da boca principal e fomos na direção do bar do Claudecir.

Pedi já dois litrão de brahma, sentamos na mesa do lado de fora e ficamos bebendo enquanto discutia assuntos importantes e dentre outros menos impotantes.

Vitinho logo chegou putão da vida, nem quis dá explicação e sentou pra tomar com a gente.

>>>

Tubarão: Vou colar em casa, bora? Minha entiada e minha mulher tão lá para a gente almoçar.

Kalego: Dispenso não.

Neguinho: Eu vou ver as contabilidades- assenti e ele desceu.

Montei na minha moto e ele sentou na garupa.

Subi o morro e entrando entre becos e vielas, subi a ladeira e demos direto na casa.

Ele foi entrando e entrei logo atrás.

Fomos nos encaminhando até a cozinha, dei logo de frente com a Malu, viada, mora aqui.

Patrícia: Oi amor- deu um selinho no seu marido- Oi Kalego, como vai?

Coração bandidoOnde histórias criam vida. Descubra agora