• Capítulo 36 •

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Um mês depois

Neguinho🕷

Neguinho: Desculpa cara, eu te amo pra caralho e também vou amar demais essa menina que vai vir. É coisa de momento, sei que também não tenho que ficar satisfeito, até porque o filho não é meu.

Jéssica: Eu te perdoo, mais para de graça, você é pai dessa menina sim. Pai não é quem faz e sim quem cria, você é pai dela sim.

Neguinho: Por isso eu te amo, tú sempre falando certinho- peguei ela pela cintura beijando seu ombro.

Jéssica: Idiota- sorriu.

Neguinho: Bora ir pro quarto pra gente ficar juntinhos? Tô com falta do teu cheiro.

Jéssica: Só um pouco, depois eu tenho que ir fazer unha, faz mó tempo que eu não faço- falou olhando para as unhas.

Neguinho: Tá me largando?

Jéssica: Dramático, eu quero ficar bonita seu feioso.

Neguinho: Tua buceta que sou feioso, sou mó gostosinho no azeite. Otária- recebi seu tapa.

Jéssica: Você é gostoso sim, agora para de drama e vamos pro quarto antes que eu desista.

Resmunguei e ela me puxou pela mão, fomos na direção do nosso quarto.

Deitei na cama e ela foi até o banheiro, escovou os dentes e logo voltou até mim me beijando da barriga até minha boca.

Fiz ela deitar do meu lado enquanto eu a beijava.

Neguinho: Qual nome tú vai colocar?

Jéssica: Sei lá, pensei em vários, mas quem decide é você. Estou te dando essa oportunidade.

Neguinho: Tú tá ligada que sou péssimo com nomes, né? O nome do meu cachorro foi piroca.

Jéssica: Credo vida.- ela fez careta.- Sei que você vai conseguir dá um nome bonito, e se for feio eu vou mudar.

Neguinho: Eu tava pensando em Lia, era o nome da minha mãe tá ligada. Sinto mó falta dela.

Jéssica: Eu acho lindo, vai ser esse mesmo, se você gosta e te faz lembrar sua mãe e te faz bem.

Neguinho: Amo bagarai tú.

Jéssica: Também te amo feioso- puxei ela até mim beijando ela calmante.

Liguei a TV e coloquei em alguma coisa pra gente assistir.

Liguei o ar e nos cobrimos para ficar mais gostosinho, segurei na barriga dela que já estava grandinha.

Eu vou dá meu máximo para dar o melhor para essa menina, na verdade, pras duas. Elas são minha vida.

Se o babaca lá do outro não quis assumir a responsabilidade.

Eu vou assumir com todo o orgulho.

>>>

Depois de cobrar alguns maluco aqui do morro eu piei pra boca.

Vi logo o Kalego dando o pagamento de todos os vapores, me enfiei logo na frente dele pegando minha parte.

Ele mandou todos irem embora.

Contei minha grana e guardei dentro do meu bolso e acendendo um baseado.

Kalego: Se resolveu com a mina?

Neguinho: Graças ao paizão lá- apontei pro céu.- Ela sabe que eu não fiquei bravo, e sim um pouco magoado. Mas essa menina que tá vindo aí vou amar da merma forma.

Kalego: Tá certo, Jéssica é dez tá ligada, tem que ser muito babaca pra magoar ela tá ligado.

Neguinho: Visão, e aí? As ameaças do Taturão pioraram?- entramos no escritório dele.

Kalego: Pararam nada mano, tão só piorando. Tô é com medo dele ameaçar as meninas, minha coroa. Eles tem essa mesma mania de ameaçar a família, isso me irrita pra caralho.

Neguinho: Ele não vai encostar nelas não fei.

Kalego: Por isso eu tava pensando da gente invadir a Penha. Tentar matar ele de uma vez e tomar o morro pra gente.

Neguinho: Boa idéia, mas tú tem que pensar direito antes de tomar essa decisão. Num sabemos os contatos dele, se ele é tão bom quanto o tio e o pai.

Kalego: Verdade, mas temos que arriscar ao invés de ficar esperando o ataque dele.

Neguinho: Tú tem razão, quer que marca a invasão pra semana que vem?

Kalego: Não, primeiro coloca um homem nosso lá na Penha para vigiar tudo lá para a gente e nos avisar. Depois a gente analisa a parada e marca a invasão no momento certo.

Neguinho: Pode pá, vou mandar o MB, ele é bom e sabe das coisas.

Ele concordou guardando o resto do dinheiro dentro do cofre.

Mandei radinho pro Mb e o mesmo veio até a boca, explicamos para ele e o mesmo concordou e disse que amanhã mesmo já vai.

Depois aproveitamos o tempo livre e fomos pro bar tomar algumas.

Vitinho: Caralho, quase fiquei solteiro agora.- se jogou na cadeira.

Kalego: O que tú fez?

Vitinho: Por que tú já acha que a culpa é minha e não dá tua irmã?

Kalego: Tem que te dar motivo mesmo? Desembucha cara, o que tú fez agora pra vocês quase terminarem?

Vitinho: Aquela maluca da Dhandara de novo, sei que a Tati já mostrou que não se importa com as putas daqui. Mas caraca, aquelas mina tiram a paciência dela. Daí a Tati inventou de raspar o cabelo de uma das putas e quando fui fazer ela parar, ela me bateu e foi embora.

Neguinho: Ela também tá errada aí, ela tinha que falar com o Kalego que ele resolveria. Aqui não é lugar de barraco, todo mundo sabe.

Vitinho: Eu falo isso pra ela, mas a demonia não me escuta.

Kalego: Vou bater um lero com ela, tú não tem culpa nisso não, mas tú também devia manter essas putas no lugar delas. Tú não é qualquer um nesse morro, também tem botar ordem, confio em tú.

Vitinho: Tô ligado, vou nem ligar pra mina, se não ela termina mesmo.

Neguinho: A história é, a gente e as mulheres- eles riram.

Em seguida continuamos a beber, quando deu minha hora piei pra casa para não estressar a surtada não. Cheguei e a mesma cozinhava, beijei ela e fui tomar uma ducha pra jantar.

Coração bandidoOnde histórias criam vida. Descubra agora