• Capítulo 30 •

13.2K 665 286
                                    

Kalego☠

Talvez eu tenha vacilado mesmo com a mina, mas ela demorou demais, achei que ela tinha desistido.

Duvido que ela olhe na minha cara, mesmo que não temos nada ela ficou mal.

Eu não resisti, pensei que ela tinha esquecido, então aproveitei e fui viver minha vida.

Neguinho: Tú vacilou, entendeu? Custava esperar mais? Sei que ela também tava errada em te fazer esperar, mas porra. Ela pediu um mês, não passou nem a metade. Tú já foi atrás de mulher, ainda mais a que sempre quis afastar cês dois.

Kalego: Eu sei caralho, ela disse que tava tudo bem, porque não tavamos juntos.

Neguinho: Tú realmente não conhece ela, ela sempre fala isso, mas no fundo ela sempre está mal. Eu te avisei para tú não magoar ela, se liga da próxima.

Kalego: Agora tú não diz pra ela que ela também me machucou, né? Ela me enrolou e demorou demais, nunca fui de correr atrás de mulher, só corri atrás dela e ela me ofereceu isso.

Neguinho: Fala isso pra ela, não sou pombo correio.

Ele me ignorou e saiu indo na direção das meninas indo falar com Jéssica.

Acendi meu cigarro encarando a Malu, ela já estava bêbada, mais uma vez, ela sempre fica bêbada.

Acho que não será bom eu falar com ela hoje, ela não tá bem para isso.

Yara: Vejo que ganhei, né?- ouvi a Yara falar com a malu.

Malu: Garota, vai chupar o filho da puta que te come e me esquece, tá legal? Aqui não é galinheiro.

Yara: Vagabunda- elas começaram a se bater.

Levantei indo até elas atirando para o alto,  elas não se importaram e Vitinho e Neguinho separaram as duas.

Yara: Você vai pagar, piranha!

Malu: A suja falando da mal lavada, garota se enxerga você não tem mais futuro. Você é piranha e sempre continuará piranha.

Yara: Cala a boca!

Kalego: CALA A BOCA AS DUAS! EU NÃO QUERO BRIGA NA MINHA FAVELA.

Malu: Você não quer é que batem na sua protegida, não é mesmo? A sua prostituta preferida.- falou com ironia.

Kalego: Vitinho, tira a Yara daqui e Malu vem comigo, namoral- falei ignorando o que ela falou.

Malu: Você não manda em mim.

Kalego: Agora, entendeu?

Ela se soltou do Neguinho e desceu da laje batendo pé.

Logo voltaram com o som e neguinho me encarou com outro olhar, dei de ombros e desci atrás da mina.

Entrei na cozinha e ela tomava água, logo se virou para sair e a puxei.

Malu: Me solta Kalego.

Kalego: Vinícius...- ela me encarou e soltei ela e a mesma entrou na cozinha novamente.

Malu: O que você quer, de verdade? Eu não tenho motivo para brigar com você, mas eu não consigo guardar a dor que estou sentindo. Então melhor você me dizer logo o que tem pra dizer e me deixar ir.

Kalego: Tem motivo sim, eu tinha que ter esperado mais, mas eu não aguentei mais e não resisti. Eu tinha que ter esperado mais, tinha que ter resistido.

Malu: Não aguentou por que a piranha se ofereceu. Como sempre, mas tudo bem, não tínhamos nada e não teremos nada.

Kalego: Porra bora começar, começar daqui e ir em frente pô. Vai desistir agora? Podemos recomeçar e sermos felizes. Tú quer mesmo esquecer de mim e viver assim como se nada tivesse acontecido?

Malu: Você me deu mais um motivo para pensar, ou até então um motivo para mim não aceitar e te esquecer de vez.

Kalego: Amanhã à noite, se tú ainda quiser, me encontra na laje lá de casa. Mas se não quiser, acaba o que não começou aqui mesmo.

Ela saiu da cozinha sem falar mais nada, voltei para a laje e fui até a mesa aonde estava os cara e voltei a beber.

Logo Malu foi embora, passou por mim me encarando.

Talvez ela vai, mas também é muito provável que ela não vai. Ela é imprevisível com as atitudes.

>>>

Dia seguinte

Tati: Você até vacilou, ela pode ser minha amiga, mas ela também errou um pouco em ficar indecisa e fazer você esperar. Ambos erraram, mas sei que vocês vão se entender e se resolver.

Kalego: Assim espero.

Tati: Agora eu vou lá ver ela um pouco, vou ajudar a Gaby para cuidar da Malu, ela não está nada bem.

Kalego: Beleza.

Ela beijou minha testa e saiu do meu quarto, tirei o resto da minha roupa e entrei no banheiro para tomar uma ducha.

Ainda tinha jogo agora, pelo menos isso me distrai.

Vesti uma cueca box, uma bermuda preta de moletom, joguei uma camiseta no ombro, amarrei minha chuteira.

Peguei meu celular colocando no bolso da minha bermuda.

Sai de casa e fui até a quadra, os menor já estavam lá, fui ao encontro deles para fazermos as tals apostas antes do jogo.

MB: Aposto 1mil que faço sete gols antes do segundo tempo.

Kalego: Perdeu vagabundo, aposto 5mil que tú não consegue fazer nem cinco gols no primeiro tempo.

MB: É o que nós vamos ver.

Vitinho: Aposto que nenhum dois vão ganhar - o resto dos caras riram da gente.

Kalego: Também aposto que tú vai perder tua rola antes que aposte alguma coisa- ele fechou a cara e riram.

Entramos na quadra e jogo começou, eu estava pensando ainda na Malu. Se ela negar desta vez, não vai ter segunda e nem terceira vez.

Coração bandidoOnde histórias criam vida. Descubra agora