• Capítulo 03 •

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Tati🐞

Kalego: Não fica andando com qualquer um aí não piveta. Tu ainda tem uma mente muito pequena.

Tati: Eu tenho 19 anos já, será que você e a mamãe ainda não perceberam, eu sei o que acontece e o que deixa de acontecer se eu fizer isso e aquilo.

Kalego: Então, acabou o assunto.

Tati: Não acabou, eu quero que você mande ela para o forno e acabe com o cabelo dela, vulgo peruca.

Kalego: Faz isso você, nem quero sujar minhas mãos.

Cruzei meus braços implorando apenas com um olhar direto nele que nem prestava atenção.

Ele e seu vicio no joguinho de celular.

Tati: Você é um chato.

Kalego: Chato é o cara que consegue te aguentar falando e reclamando, tu fica assim também na cama?- perguntou me puxando e me batendo com travesseiro.

Tati: Na cama eu só gemo.

Kalego: Ô mãe, oia o que tua filha tá falando aqui, hein.

Comecei a rir com suas mãos pesadas me fazendo cócegas absurdas.

Kalego é o meu irmão, quero dizer, o meu melhor irmão do mundo. Só tenho ele, mas eu garanto que ele é.

Pode falar a mil na minha cabeça quando acabo errando.

Mas é sempre me dando concelhos bons, no final acabo me dando super bem nas minhas situações.

Eu só conto para ele, a pessoa que eu mais confio, eu também confio na minha mãe, mas ele é diferente.

É quem me entende e me ajuda.

Rafaela: Seus bezerros, bora descer, almoço tá pronto.

Apareceu na porta nos chamando.

Kalego: Mãe, tu não sabe o que a Tatiana acabou de confessar para mim- ele desceu correndo atrás dela.

Tati: Cala a boca viadinho.

Kalego: Ela tá trazendo homem aqui pra casa pá dar umas catucadas lá no quarto. Tá virando piriguete.

Rafaela: Você não sabia? O quarto dela é do meu lado Vinícius, escuto toda vez ela gritando que nem cachorra morrendo.

Tati: Credo mãe, que absurdo.

Ela riu e nos sentamos na mesa para comermos.

Sempre fomos muito próximos, sempre temos aquelas brigas que acabam com a gente. Mas logo voltamos a nos falar, normal.

Os motivos sempre são os surtos do meu irmão.

Mas também minha mãe, até porque, mãe é mãe né. Elas sabem o que fazem.

Depois de almoçarmos Kalego voltou pra boca, minha mãe foi pro serviço dela, a mesma é uma ótima costureira e vendedora de roupas daqui do morro.

Coração bandidoOnde histórias criam vida. Descubra agora