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O silêncio irrompeu o espaço e, incrivelmente, fora ensurdecedor para os ouvidos não escutarem nada. Um zunido agudo e consistente se instalou em seus tímpanos, deixando um fino fio de sangue escorrer pelo contorno do rosto — com a manga grande da blusa, a jovem limpou o fluído e, com o outro braço, tentou apoiar-se na parede para manter-se em pé. 

A vista embaçada se ajustou a grande luminosidade do sol e o ouvido, aos poucos, parou de zunir, embora seus sentidos ainda estivessem levemente desnorteados. Destiny estava na fachada de uma casa simples, mas bonita,  com tons esbranquiçados e angelicais. Instintivamente, sua mão direita foi ao encontro da porta, dando batidas esganiçadas. 

— Por Deus, não sabe atender a merda do walk tal... O que aconteceu com você? — um rapaz de cabelos cacheados e com os dentes curtos falou. Seu tom era afobado, tão quanto a respiração de Destiny. 

— Olá para você também, Dustin. Onde estão os outros? — questionou ao entrar na casa, ouvindo vozes vindas do porão. 

— Você está pálida. O que houve? 

Ignorando Dustin, rumou para a escada em paços apressados, encontrando Max, Mike, Lucas, Eleven e Will no porão escuro e com cheiro de mofo. 

— Que merda ela está fazendo aqui? — rosnou Mike, levantando-se de indignação. 

— Cale a boca. Não tenho tempo para suas provocações idiotas! — revidou, tirando forças do ódio que nutria em seu coração. 

Por alguma razão desconhecida, Mike não suportava ter Destiny Kish no mesmo ambiente. Todas ás vezes que ficavam juntos, o ar parecia se tornar denso e pesado para seus pulmões. 

Slenderman? —  perguntou Eleven. Um tom preocupado permeava sua voz e seu olhar. 

— Ele irá vir — disse de uma vez, sentindo os lábios e a garganta secarem. O silêncio pairou e olhares naufragados em desentendimento era tudo o que Destiny via em seus amigos — Slenderman está vindo nos levar... 

— Isso é impossível! Pare de mentir — foi o que disse Mike, cravando com força sua mandíbula.

— Para de falar merda, seu estúpido — gritou Max —  Acha que ela gosta de passar informações ruins? Acha que gostamos de toda essa situação?... Patético — disse, por fim, indo em direção a escada e sumindo de vista. 

Dando de ombros e expirando intensamente, Lucas rumou em direção a escada. Mas, antes que subisse os degraus, sussurrou para Kish:

— Nós estamos com você! — e então, assim como Max, sumiu do campo de vista. 

— Acho que ela gosta de nos foder... só estamos nessa situação por culpa dela! — disse Mike, mais para si do que para os demais. 

Uma dor atingiu o peito de Kish. Mike não estava mentindo e, muito provavelmente, a jovem estaria arrastando seus amigos para uma encruzilhada sem volta. Seria esta a razão pela qual Mike a odiava tanto?

— A culpa é do Slenderman — retrucou Dustin, sentando-se no braço de uma poltrona. 

— A culpa é sua em primeiro lugar, Milke! — disse Will de uma forma áspera. 

— Minha? E eu posso saber o por quê? —  os braços cruzaram a altura do peito. 

—  Se não tivesse trazido Eleven para este exato lugar alguns anos atrás, nada, absolutamente nada disso estaria acontecendo! Você é o culpado!

E raivoso, quase soltando faísca pelos olhos, Will subiu as escadas, deixando Mike pela primeira vez em um completo silêncio, com os olhos naufragados em o que Destiny chutava ser um misto de sentimentos e lembranças. 

— Qual é o seu plano? —  disse Mike, com um tom mais amistoso e a crista mais baixa. 

Destiny lançou um meio sorriso e, quando ia começar a falar, o chão desfez em baixo de seus pés, fazendo-a cair num limbo escuro e, em seguida, seu corpo fora de encontro á água e imergiu. Lutava para chegar a superfície mas, aparentemente, não existia uma. 

Seus pulmões lutaram bravamente para não deixar o ar comprimido e resguardado ser substituído pela água, porém não houve escapatória. A jovem se debatia, como se acreditasse haver alguém ali para lhe salvar, mas nada havia além de Destiny e a água; além de seus pulmões e o pouco ar guardado; além da linha tênue entre a vida e a morte. 

E então, quando a água entrou em suas vias aéreas queimando seus pulmões como as fitas cassetes queimaram a casa dos Rogers, de uma forma tão intensa e devastadora, seus olhos se fecharam. Não havia pelo o que lutar. E quando uma luz forte alcançou suas pálpebras fechadas, a menina podia jurar que estava no purgatório ou no inferno, mas a luz era intensa demais para estar na morada do capeta - pensou. Mas então, o som da voz de sua mãe preencheu seus ouvidos. 

—  Destiny! 

Destiny inspirou o ar intensamente, percebendo que não estava morta, nem no purgatório, mas num lugar que poderia ser facilmente assemelhado ao inferno; estava em casa. Ainda de olhos fechados, a garota suspirou. Havia tido mais uma daquelas visões.








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Bom dia, boa tarde, boa noite e boa madrugada. Como vocês estão? Andei refletindo durante bastante tempo e resolvi retomar a reescrita da fanfic definitivamente. Talvez haja uma atualização por semana ou um pouco mais, depende do engajamento dos capítulos. Portanto, peço que interajam nos capítulos o máximo que conseguirem. 

Qualquer crítica ou sugestão, basta deixar nos comentários! Espero que gostem e fiquem comigo para acompanhar esta nova fase da fanfic❦







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