PRÓLOGO

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Em 1450 a Romênia foi invadida pelos turcos que escravizou o povo romeno,
os turcos obtiveram ajuda dos nobres romanos que ganhavam lucro explorando seus compatriotas.
Diante de tanto caos, destruição e derramamento de sangue, surgiu um príncipe romeno, ele conseguiu erguer um exército para combater e expulsar os turcos do seu país.
Muitos diziam que ele havia sido enviado por Deus, o Messias, que veio para salvar aquele povo da destruição, já outros diziam que ele foi enviado pelo próprio demônio, o anti-cristo, que se disfarçaria na paz, mas traria apenas destruição.
O nosso príncipe Vlad Drácula ficou conhecido como Vlad o empalador,  pois ele pegava os traidores do reino que se aliaram aos turcos e os empalavam em praça pública, para que eles pudessem servir de exemplo. Drácula era imbatível nos campos de batalha e não tinha a menor compaixão por seus inimigos.

O exército de Drácula estava voltando vitorioso de mais um campo de batalha, ele havia mandado todos de volta pro castelo para um descanso merecido.
Montado em seu cavalo com toda sua magnitude Drácula pegou outra direção, ele partia junto com seu fiel escudeiro e quatro dos seus melhores cavaleiros para casa de um nobre romano traidor.

(…)

Assim que chegaram aquela esplendorosa casa encontraram logo na estrada soldados turcos, para defender o traidor que ali vivia.
Isso jamais o impediria de colocar as mãos naquele traidor, esses soldados era apenas um aperitivo antes do banquete.

Rapidamente Drácula derrotou aqueles soldados, isso foi mais fácil do que ele pensava.
Enquanto os seus soldados se distraíam lutando contra os turcos, ele andava por toda a casa à procura de seu alvo.

Drácula o encontrou em seu quarto de joelhos rezando a Deus, para ele isso era um completo sacrilégio, na hora de escravizar seus compatriotas e ganhar lucro  através disso, não se lembrava dos ensinamentos bíblicos.
Quando o Nobre por fim se deu conta da presença de Drácula em seus aposentos olhou aquelas íris escuras e frias como a noite desgarrada de qualquer emoção ou sentimento, sem saída o nobre começou a implorar por sua vida.

— Por favor meu príncipe clemência! Clemência!

As suas súplicas jamais o tiraria do destino que Drácula emporia para ele. Apontando sua espada para aquele traidor Drácula começou a falar.

— Você é um traidor, e eu não perdoo traidores.

Suas palavras eram calmas e frias, tirando qualquer esperança de sobrevivência daquele homem, que mesmo assim continuava a suplicar.

— Eu não fiz nada vossa alteza.

Que homem covarde pensou Drácula, aliás, todos aqueles traidores eram, ele faziam qualquer coisa para salvar a sua pele imunda.
Drácula guardou sua espada e se aproximou do homem a Passos lentos e intimidadores enquanto falava.

— Tem razão, não fez nada enquanto os turcos escravizavam seu próprio povo, e agora você vai agonizar até a morte.

Drácula segurou aquele homem e o jogou aos pés de Dimitriu que observava tudo a soleira da porta.
Dimitriu já sabia o que fazer, aquele homem seria empalado em praça pública, para servir de exemplo e de aviso para os traidores que ainda não foram pegos.

(…)

Assim que Drácula passou pelos muros do castelo encontrou o Padre Miguel e seus missionários a sua espera.
Drácula desceu do seu cavalo e caminhou em direção a eles, assim que ele se aproximou os missionários se benzeram fazendo sinal da cruz, ele já sabia o porquê, tinha noção dos boatos, boatos que ele não fazia nem um esforço para desmentir. Assim que Drácula ficou diante deles o Padre Miguel começou a falar.

— Lhe escrevi várias cartas, e você não respondeu nem uma.

O Padre Miguel era o único que não se benzia em sua presença e nem abaixa a cabeça diante dele.

Drácula - Entre as sombras do amorOnde histórias criam vida. Descubra agora