capítulo 10

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Olá meus amores!
Espero que o Natal de vcs tenha sido ótimo.
Como prometido, estou trazendo mais um capítulo novinho pra vcs, espero que gostem.
Boa leitura.


Ariele Özdemir

— Desculpe‐me, não foi minha intenção assustá‐la, a senhora estava em um sono pesado.

Sono? Eu estava dormindo?

— Não percebi quando peguei no sono.

— A senhora precisava descansar, são muitas coisas rondando essa cabecinha. — Ela falou passando a mão no meu cabelo — venha, vou te ajudar a se banhar.

Ainda meio confusa seguir Cecília até o banheiro.

Ainda não consigo acreditar que tudo aquilo foi um sonho, parecia tão real, eu consigo me lembrar de cada detalhe, tudo. E o Drácula... É impossível de acreditar que aquele rosto humano era dele.

— Drácula já foi humano?

A pergunta saiu antes que eu pudesse pensar.

Cecília que estava lavando meus cabelos parou e virou sua cabeça em minha direção.

— Por que a pergunta senhora?

Não sei porque, mas algo me dizia para não falar do meu sonho... ou sei lá o que possa ter sido aquilo.

— Apenas uma curiosidade

Ela respirou fundo antes de conta.

— O princípio Drácula já foi um grande herói em nossa terra, ele era um grande cavaleiro, lutava bravamente pela liberdade da Romênia e para nos proteger dos turcos, muitos diziam que ele era o salvador da Transilvânia que tinha sido enviado pelo próprio Deus, até que um dia... — Ela deu uma pausa antes de continuar — a sua amada esposa morreu e ele perdeu totalmente à sua fé, se voltando para o lado escuro, colocando seus desejos sombrios acima de Deus. A igreja o condenou, e coordenou uma emboscada junto aos turcos para matá‐lo. Na hora da morte Drácula abominiu a Deus e abraçou as trevas, deixando sua alma mortal para ser o que é hoje.

Escutei tudo com atenção, e quando ela terminou um nome veio em minha cabeça, Mylla... Será ela é a princesa de quem Cecília falou? E se for ela, porque eu tive a quele "sonho" tão estranho.

— É difícil de acreditar que um mostro como Dracula já tenha amado alguém.

— Acredite, ele amava a sua princesa com toda sua alma.

Ela falou isso com calma e certeza na voz o que me fez lembrar da queles olhos castanhos tão humanos e paixonados.

Minha cabeça borbulhava com tudo que aconteceu, então resolvi não tocar mais no assunto por hora.

Não demorou muito para terminar o banho. Cecília como sempre muito cuidadosa me ajudou com o vestido e o cabelo.

Quando terminou parou diante de mim e perguntou.

— Sente-se melhor? fiquei muito preocupada com o seu incidente.

— Estou bem obrigada.

— Que bom, não faça mais esse tipo de besteira, por favor. Esse castelo está cheio de criaturas demoníaca que não se inportariam em te fazer mau.

Ela falou segurando minha mão e olhando nos meus olhos. Ela me olhava com carinho e doçura e isso me deixava sem entender o porquê dela trabalhar aqui.

Ela era muito diferente de todos.

— Por que trabalha com essas criaturas?

— Há muitas coisas que você ainda não entende.

Drácula - Entre as sombras do amorOnde histórias criam vida. Descubra agora