Drácula - Entre as sombras do amor

Capítulo 2

Voltei!!! Vamos começar mais um Capítulo? Boa leitura a todos.

Ariele Özdemir

Eu estava dormindo com a cabeça apoiada nas grades da carroça quando foi acordada com um sobressalto, a carroça avia parado diante de um castelo sombrio e aterrorizante. Olhei para Sofia que dormia tranquilamente com a cabeça em meu colo, quando cruzamos a ponte e adentramos no patio do castelo um soldado se a aproximou de nós e abriu a porta da cela nos mandando descer, acordei Sofia que logo olhou assustada para o lugar onde estávamos, ela se abraçou a mim visivelmente com medo, então na tentativa de lhe passar segurança coloquei minhas mãos em suas costas lhe mantendo firme ao meu lado.

Assim que todos nós descemos da carroça fomos levados em fila para dentro do Castelo que era um lugar totalmente Sombrio e apavorante. Tudo ali era escura ou pouco iluminado o que dificultava muito o nosso caminho mas para os guardas isso não parecia fazer a menor diferença, continuamos andando até que paramos diante de uma enorme porta dupla onde tinha um guarda em cada uma de suas extremidades, não tivemos que esperar muito pois logo a porta foi aberta nos dando a visão de um amplo salão que apesar de estar na total penumbra era nítido todo luxo daquele ambiente.

No canto que ficava de frente para porta era o local mais escuro de todo o salão, mas era possível identificar um grande trono com um homem sentado sobre ele, devido a escuridão só víamos a sua sombra, mas aquela sombra não deixava a menor dúvida de quem estava sentado ali, era o príncipe Drácula. Um dos soldados se pois ao centro do salão e começou a falar o porquê de estarmos ali, ele foi chamando um a um e dizendo os seus crimes enquanto aquela voz forte e potente vinda das sombras decretava sua sentença. Alguns eram mandados para servir no castelo como escravos e outros para as masmorras para servir de alimento.

Logo chegou a vez da Sofia que teve um sobressalto quando escutou seu nome ser proferido pelo soldado, ela se agarrou mais a mim sem querer ir, o que não adiantou de muita coisa pois como um raio de luz um soldado a tirou de mim e ela levou parar o centro do salão, o primeiro soldado começou a citar o seu crime enquanto a pequena se tremia de medo.

- Sofia, órfão, fugiu do orfanato em que vivia e foi pega roubando, uma pequena delinquente arruaceira. - Eu queria ir até ela e abraçá-la para acalmá-la, falar em sua defesa mas eu sabia que se fizesse isso só iria piorar as coisas para ela. - tem algo a dizer em sua defesa?

- eu só estava com fome, por favor não me machuque.

Ela pediu em um tom de súplica com o rosto banhado de lágrimas, eu também podia sentir as lágrimas descendo dos meus olhos enquanto pedia a Deus para protegê-la já que naquele momento eu não tinha capacidade nem de proteger a mim.

O príncipe demorou alguns minutos que pareciam mais uma eternidade ate que finalmente ele falou.

- Nada justifica um roubo, cortem as mãos dela e a joguem numa cela sem comida e sem bebida.

- NÃO!

Eu me vi gritando e correndo para junto dela assim que ele terminou de falar, mas para minha infelicidade um soldado me segurou enquanto o outro arrastava Sofia para fora do salão que gritava o meu nome pedindo ajuda em desespero.

Não, não era possível o que havia acabado de acontecer ali, ela era apenas uma criança, não era justo, isso é algo monstruoso não tem perdão.

Eu tentava me soltar do Soldado que não fazia o menor esforço para me manter no lugar, quando olhei para onde estava o príncipe me surpreendi, ele havia se levantado e caminhava em minha direção, saindo do escuro revelando a sua aparência que era diferente de tudo que eu tinha imaginado, ele era alto acho que 1,90 de altura, seu corpo era robusto e muito musculoso, seus cabelos claros chegavam um pouco abaixo da nuca, mas o que era mais assustador era os seus olhos, um vermelho sangue vivo que deixava nítido que ele era diferente de todos ali presente, quando ele finalmente ficou diante de mim pude sentir sua aura dominadora e perigosa, todos os meus extintos gritavam para que eu me mantivesse o mais longe possível dele, eu com certeza teria me afastado dele se não fosse o soldado atrás de mim mantendo-me presa.