Lucero

Um dia após o outro

  Era uma bela manhã de segunda-feira, Lucero acorda cedo e após fazer suas higienes desce para tomar café com a mãe.

— Bom dia, filha. — Sorri.

— Bom dia, mãe. — Séria.

  Após Lucero sentar-se Maria serve o café da manhã delas.

— Mas o que significa isso? Esse café está horrível, Maria. — Limpa a boca irritada.

— Desculpe senhora, vou fazer um novo agora mesmo. — Recolhe o café e sai sem jeito.

— Filha, essa não é você, não desconte sua raiva pelo que aconteceu a tanto tempo na Maria que cuida de você desde que você era menina. — Pega na mão da filha.

— Não se meta, mãe e não me lembre o que aconteceu, tudo foi culpa do meu pai, ele causou minha transformação. — Se retira irritada

  Lucero pega o carro e vai até a sua empresa onde encontra alguém muito especial de seu passado.

— Suzana? — Diz surpresa.

— Minha menina. — Sorri e a abraça.

— Já faz tempo que não nos vemos. — Séria.

— Sim, desde... — É interrompida por Lucero.

— Não mencione o que aconteceu, quero esquecer, pois não há outro remédio. — Abalada. — Mas como está o...

— O Nando está bem, tentando se recuperar do que aconteceu e sentindo sua falta, ele está voltando para o país em breve. — Sorri.

— Que ótimo, preciso ir agora e obrigada pelas informações. — Séria.

— Você está diferente, mais fria e distante. Como está sua relação com o seu pai?

— Aquele homem não é meu pai, ele me transformou nessa mulher que a senhora está vendo. — Séria e se retira sem dar tchau.

  Assim que chegou no carro Lucero desabou em lágrimas, lembrando de seu passado e de sua dor, Suzana era como sua mãe e sempre apoiou a união do filho e dela, revê-la foi uma surpresa para Lucero, depois de dois anos seu passado voltou com tudo para assombrá-la.