Atropelamento

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  Aninha brincava no jardim da mansão e Lucero observava de longe, pois sabia que se Margarida a visse brincando com a menina iria tomar medidas drásticas.

Por que não vai brincar com ela? — Se aproximando.

— Porque a Margarida pode querer tomar alguma atitude radical para afastar a Aninha de mim. — Encosta a cabeça no marco da porta.

Então espera aí que eu vou resolver isso.

  Pouco depois que Fabiana entrou, Margarida saiu com uma sacola e foi falar com a menina que brincava.

Filha, a mamãe vai sair para fazer compras para dona Fabiana, mas não quero você perto da dona Lucero, essa mulher é doida. Estamos entendidas?

Sim. — Diz triste.

Está bem, vou confiar em você, daqui a pouco estou de volta. — Dá um beijo na cabeça da menina e sai.

  Margarida sai, Lucero sorri alegre e se aproxima da menina que brincava.

Oi, meu amorzinho.

Não posso falar com a senhora. — Se levanta e se afastando.

Não faça isso comigo, eu tenho imenso carinho por você e jamais te faria mal, Aninha. — Olhos marejados.

Eu sei, mas não posso desobedecer. — Se afasta mais.

  Lucero cabisbaixa vai até a mãe que estava observando da porta da mansão.

E então? — Pergunta séria.

Ela não quis conversa, com certeza a mãe dela disse para que ficasse longe de mim. — Cabisbaixa.

Não fica assim, filha. — Consola a filha.

  Lucero entra correndo e se tranca no quarto, ela só sai depois de ouvir um grito de desespero da mãe e vai desesperada ver o que havia acontecido.

O que houve, mãe? — Desesperada.

A Aninha do nada correu para rua e... — Diz sem conseguir terminar a frase.

  Lucero corre desesperada até a rua e após adentrar em meio a multidão, ela viu Aninha caída, machucada e toda ensanguentada, sem pensar duas vezes pegou a menina no colo a colocou no carro e foi para o hospital.

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