Lucero

O aniversário de Aninha

  Lucero já estava melhor e decidiu dar um presente para Aninha como retribuição ao carinho e atenção que a menina deu-lhe enquanto ela estava doente.

— Aninha, que bom te encontrar, eu tenho uma surpresa para você. — Beija o rostinho dela.

— Surpresa? — Sorri.

— Sim, é um presente como retribuição por você ter cuidado tão bem de mim enquanto estive doente, meu amorzinho. — Diz entregando o presente para a menina.

  Aninha abriu o presente e viu uma linda caixinha de música.

— É linda. — Encantada.

— Era para ser da minha filhinha, mas agora quero que seja sua, pois me afeisoei a você como se fosse minha filha. — Sorri olhando a pequena.

— Obrigada, Lu. — Diz abraçando-a.

  Margarida que via tudo se aproxima.

— Olha mamãe o que a Lu me deu. — Mostra a caixinha de música.

— É muito linda, mas você não pode aceitar, lembre-se que você é apenas a filha da empregada, quando eu puder te compro uma. — Diz sem jeito.

— Margarida, por obséquio, deixe que a Aninha fique com a caixinha de música, faço questão de que fique com ela.

— Não senhora, a Aninha nunca teve luxo e não é nesse aniversário dela que ela vai ganhar um presente tão luxuoso, com licença, dona Lucero. — Se retira com a filha.

— Tchau, Lu. — Diz abraçando-a e sai correndo.

  Lucero ficou sem acreditar no que ouvira aquilo já passava de coincidência, Aninha fazer aniversário no mesmo dia de sua filha.

— Que foi, filha? Está pálida. — Diz preocupada.

— A Aninha, mãe, ela faz aniversário hoje, justamente no dia do aniversário da minha filha, isso já passou de coincidência.

— Filha, é só coincidência, a Aninha é um doce de menina e se ela fosse minha neta eu seria muito feliz, mas ela é filha da Margarida.

  Mãe e filha se abraçam, mas Lucero ficou pensando em toda aquela situação.