Lucero

Viagem

Fernando acorda no dia seguinte ao rompimento com Lucero, toma banho, faz suas higiênes e desce para tomar café com a mãe.

Na residência Colunga...

  Suzana fica surpresa ao ver a reação do filho.

— Bom dia, mãe.

— Como passou a noite? — Preocupada.

— Não vou negar que passei uma noite horrível. — Se serve de café.

— E essa mala?

— Eu pensei muito e decidi passar uma temporada fora do Brasil, minha passagem já está comprada. — Toma seu café.

— Para onde vai?

— Não vou dizer. — Frio.

— Não acha que estás agindo precipitadamente? Como fica a sua filha? — Tensa.

— Não estou agindo precipitadamente, quanto a minha filha, quando eu voltar me entendo com ela, agora vou indo para o aeroporto. — Beija a testa da mãe pegando a mala e saindo.

  Minutos depois Fernando já havia embarcado e uma linda mulher loira e elegante se aproxima.

— Com licença, meu acento é esse perto da janela. Será que posso me sentar?

— Claro. — Sorri educado.

  A mulher se senta e ajeita o cabelo e Fernando fica encantado pela beleza dela.

— Me chamo Fernando Colunga.

— Muito prazer Fernando, me chamo Marcela Junqueira. — Sorri e aperta a mão dele.

— Tenho certeza que seremos bons amigos.

— Alguma razão especial para sua viagem? — Coloca uma mecha de cabelo atrás da orelha.

— Tentar esquecer uma decepção amorosa, minha noiva me traiu.

— Poxa que chato, mas ainda bem que você descobriu antes do casamento.

— Verdade.

  Eles conversam bastante e logo o avião decola rumo a Paris.

Na residência Colunga...

  A campainha toca e Suzana abre, dando de cara com Lucero.

— Bom dia, Suzana, o Fernando está? Preciso falar com ele.

— Meu filho viajou hoje mais cedo, não sei para onde e nem quando volta, mas disse que ia te esquecer e matar o amor dele por você, porque você o traiu.

— O quê? Logo quando eu vim tentar explicar o que aconteceu. — Olhos marejados.

— Eu tenho certeza que tudo não passa de um mal entendido e que você é inocente, mas meu filho cabeça dura do jeito que é achou que você o traiu. — A abraça.

— Eu juro que sou inocente, Suzana. — Olhos marejados.

— Eu acredito em você, agora entre e tome uma água com açúcar para se acalmar.

  Elas entram e ficam conversando.