Fernando chega na igreja e é recebido pelo padre.
Na igreja...
— Padre, onde está a Aninha? Sinto que ela está aqui. — Sem fôlego.
— Ela está lá no meu quarto.
— Por que o senhor não avisou a gente que ela estava aqui? — Tenso.
— Porque ela chegou aqui agora pouco.
Fernando corre até o quarto do padre e vê a menina abraçada em seu ursinho.
— Filhinha. — Corre para abraçá-la.
— Papai, você voltou. — Corresponde o abraço.
— O que te deu para fugir de casa desse jeito? Sua mãe e eu quase morremos de preocupação.
— Vocês brigaram, se separaram e nem se importavam mais comigo. — Cabisbaixa.
— Não é verdade, nós te amamos, papai saiu do país, mas não te esqueceu. — Se sente culpado.
— Mas vocês brigaram por bobagem, a mamãe não teve nada com aquele homem, ele subiu com ela desacordada nos braços, eu vi, juro.
— Como assim, filha? — Sem acreditar.
— Aquele homem é irmão da Margarida, eu vi fotos dele quando morava com ela, papai.
— Foi uma armação como não percebi antes. — Se dá conta de tudo. — Vamos para casa agora, pois sua mãe está preocupada com você. — Pega a menina no colo.
Não demora muito e Fernando chega na residência de Lucero com a filha.
— Filha, que susto você me deu. — Diz Lucero abraçando-a.
— Desculpa, mamãe, prometo nunca mais fugir de casa. — Olhos marejados.
— Dona Fabiana, poderia levar a Aninha para tomar um banho?
— Claro. — Pega a neta no colo e subindo.
Fernando estava sem jeito, não sabia como assumir seu erro então decide ir direto ao ponto.
— Te devo desculpas, Lucero.
— Pelo quê? — Confusa.
— Por ter te julgado mal naquele dia que te peguei na cama com aquele homem, descobri que foi uma armação, eu devia ter acreditado em você.
— Fernando...
— Adeus, diga a Aninha que deixei um beijo para ela. — Se retira.
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Lucero
Fiksi PenggemarAté onde chega a maldade de um pai que não queria o amor da filha rica com um homem simples?