Desabafando

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  Lucero depois de descansar um pouco pediu para Margarida chamar a mãe.

Filha, a Margarida disse que você queria falar comigo. — Diz adentrando o quarto.

Eu quero desabafar, não aguento mais me fazer de forte, mãe. — A abraça com os olhos marejados.

Como assim, querida? — Confusa.

Eu sai para correr como todos os dias, mas hoje eu encontrei o Fernando. — Olhos marejados.

E o que aconteceu, meu amor?

Ele me contou porque não esteve comigo quando a minha filha nasceu e depois disso ele me beijou como nos velhos tempos.

Como você reagiu?

Eu o rejeitei e ele disse que não ia mais insistir e que não iria mais me perturbar.

Você ainda o ama e está com medo de tê-lo perdido depois de rejeitá-lo, é isso? — Pergunta acariciando o rosto da filha que estava com a cabeça deitada em seu colo.

Sim, mãe, tenho muito medo de perder o Fernando, continuo amando ele, mas eu o machuquei ao falar o que aconteceu com a nossa filha de modo tão frio.

Fica calma, se ele te ama de verdade nada vai separar vocês. — Tenta acalmar a filha.

Eu me tornei um monstro mãe, eu afastei o Fernando de mim e a Aninha tem medo de mim. — Olhos tomados de lágrimas.

_Você não é um monstro, mas tanto sofrimento que o seu pai te causou te deixou assim, mas você está voltando a ser aquela Lucero boa e doce de antigamente. —  Acaricia o rosto da filha. — Tenho um conselho para você, fale com o Fernando e juntos falem com seu pai e tentem descobrir o que ele realmente fez com a sua filha, pois dúvido que ele seria capaz de acabar com a própria neta.

— A senhora tem razão mãe, vou falar com o Fernando e contar sobre os meus sentimentos, obrigada. — Abraça a mãe agradecida.

  Lucero foi jantar com a mãe e no dia seguinte iria falar com Fernando.

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