Lucero

Marcela Junqueira

Era hora da visita aos presos, Margarida estava em sua cela quando um guarda apareceu.

— Você tem visita.

— Visita, para mim? Quem é? — Curiosa.

— Vai logo, não tenho o dia todo. — Irritado.

O policial arrasta Margarida para uma sala de visitas reservada, quando chegou a mulher ficou surpresa.

— É você irmão. — O abraça.

— Você me chamou para que eu me vingue da Lucero por você e eu vim. — Corresponde o abraço da irmã.

— E o que você tem em mente?

— Primeiro, vamos tirar você daqui. — Responde sorrindo.

— Como pretende fazer isso? — Ansiosa para ouvir o plano.

— Você vai saber na hora certa, tudo está pronto, amanhã de manhã você foge daqui.

— Confio em você, faço tudo para sair daqui, ver a Lucero destruída e reaver a minha filha. — Segura na mão do irmão e sorri.

O irmão de Margarida vai embora, no dia seguinte de manhã durante o banho de sol das detentas, uma briga começa e os policiais correm para impedir, nisso uma falsa policial remove Margarida do pátio e após driblar a segurança, ela leva Margarida até o irmão no carro.

— Aqui está ela.

— Obrigado, você nunca me desaponta, Desi. — Sorri vitorioso pela liberdade da irmã.

— Maninho, agora você vai me contar o seu plano.

— Não posso ainda, vou te levar para o apartamento e a Desi vai te transformar para que você possa sair em público.

Quando chegaram ao apartamento Desi começou a transformação de Margarida.

— Margarida minha irmã, você está ireconhecível. — Chocado com a mudança.

— Obrigada maninho, mas Margarida morreu, diga olá para Marcela Junqueira.

— Olá, a Desi vai cuidar de conseguir seus documentos falsos, com ela você estará em boas mãos, agora preciso ir. — Se despede da irmã e da parceira e se retira.

Marcela agora estava feliz, pois tudo começava a dar certo para ela.