suddenly lovers┊moonsun (G!P). mamamoo.

07┊capítulo sete.

[N/A]: Como estou feliz hoje, terá atualização dupla! Estão com sorte que este capítulo tem mais de 8.000 palavras... 

Nos vemos lá embaixo! 

SOLAR.

Na manhã seguinte despertei com ruídos fortes batendo com precisão nas janelas do meu quarto. Demorou cerca de dez segundos até meu cérebro associar aquilo a uma chuva pesada que resolvera cair de uma só vez em uma manhã de sábado.

Aos poucos, a brisa gélida que entrava pelas frestas mal fechadas das persianas batia em meu rosto, fazendo-me acordar para a realidade na mesma velocidade. Abrindo as pálpebras devagar, deixei que minhas córneas se adaptassem a claridade que o horário das sete trazia, conforme me fora informado pelo despertador ao meu lado.

Coube a mim não mover um músculo sequer enquanto tentava travar uma batalha inutilmente épica contra os fios negros que atrapalhavam minha vista clara. Após recobrar a consciência, notei o quanto meu corpo reclamava de dor enquanto tentava rolar pela cama até ficar com a barriga para cima.

— Malditos ombros...

Notando que minha voz saíra em um sussurro sem que eu desejasse, praguejei a mim mesma outra vez. Optei por continuar na posição em que estava, ainda de bruços, já que ficar estática parecia ser a única opção e ação que me restava a desempenhar sem sentir meus músculos doerem.

Focando no barulho agradável que era advindo do lado de fora, e sem querer gastar raciocínio tão cedo, me encontrei sendo constantemente embalada por aquele som calmo. E eu poderia jurar que o que seriam indícios de um sonho iniciando sua formação em minha mente, o som estridente de um trovão me fez abrir os olhos outra vez, agora assustada.

— Mas que droga!

— Hmmmmmpf.

Não saberia explicar como o fiz, mas o tamanho susto que eu senti com aquele murmurar fez com que eu me virasse sobre a cama mais rápido do que desejava. As dores em meu corpo logo se manifestaram em contrapartida, sem qualquer piedade, no entanto não fora nada o bastante para que eu desviasse meus olhos da silhueta que, também de bruços, mexia-se de forma acanhada ao meu lado, ainda com as pálpebras seladas.

As madeixas loiras daquela mulher estavam, ainda que achasse impossível, mais desalinhadas do que o habitual. A face estava quase inteiramente enfiada nos travesseiros aconchegantes ao seu redor, e somente um lençol fino e brilhante a acobertava dos quadris para baixo, deixando seus seios pequenos livres de censura.

Encarei aquela cena por um tempo que meu cérebro não definiu por ainda estar processando sua primeira informação importante do dia. E só quando digeriu aquilo, flashes rápidos da noite anterior chegaram até a minha memória.

— Eu não acredito nisso. Não é possível.

E como se eu fosse capaz de contestar a realidade, levei meus dedos até a pele da descoberta das minhas pernas, deixando ali um beliscão forte. A dor massiva que eu mesma causei viera como uma resposta que eu já sabia, mas não queria aceitar que era verdade.

Moonbyul estava mesmo dormindo no meu quarto, na minha cama, embaixo dos meus lençóis e em cima dos meus travesseiros. O pior não era nem essa parte, e sim com a companhia que ela tinha ao lado:

Eu.

Por poucos segundos imaginei que ela fosse ficar irritada em ter que acordar na cama de uma prostituta, porém isso já era mais do que inevitável. Deveria despertar a qualquer depois disso, me encontraria ao seu lado, iria se recordar do que aconteceu na noite passada e sairia do The Hills o mais rápido que seus pés pudessem ser.